Chico Tasca � s�cio da Churrascaria Barranco que completou 50 anos em abril Chico Tasca � s�cio da Churrascaria Barranco que completou 50 anos em abril Foto: /MARCELO G. RIBEIRO/JC

'No Brasil, o empreendedor � um her�i'

A tradição de um negócio é um dos tópicos abordados no sexto episódio do podcast do GeraçãoE. O entrevistado da série Histórias Empreendedoras é o sócio da Churrascaria Barranco, Chico Tasca. De acordo com o empresário, o restaurante, que completou cinquenta anos em abril, atende cerca de duas mil pessoas por fim de semana. Juntos, o Barranco e a extensão dele, o Barranquinho, empregam mais de cem colaboradores. A entrevista completa está disponível em: www.jornaldocomercio.com/podcasts. 
GeraçãoE - Como foi o início da Churrascaria Barranco?
Chico Tasca - Quando foi fundada, ela veio no intuito de preencher uma lacuna que havia na Avenida Protásio Alves. Desde o início foi um sucesso porque é diferente de um ambiente fechado. Poder comer um churrasco, num lugar assim, atraiu muitas pessoas. Mas começou muito pequena, a gente reformou, incluiu novos produtos. E Porto Alegre adotou o Barranco, a gente diz que não tem clientes, tem embaixadores. 
GE - Qual a importância do gestor participar ativamente da dinâmica do restaurante?
Tasca - Nós temos o entendimento de os sócios têm que estar juntos com o cliente porque a gente recebe o feedback. Nós temos nossos gerentes de atendimento, de financeiro, de TI, mas a presença do responsável é importante. O dono é o cliente. A gente passa nas mesas, nos domingos eu distribuo as fichas da fila de espera. As pessoas perguntam porque eu estou há 40 anos dando fichinhas, mas quando eu dou a fichinha, eu olho para o cliente e vejo a ansiedade dele, que é a mesma que a minha. Que ele sente rápido, que seja bem atendido, que o produto que chega na mesa seja de qualidade. Então esse feedback é na hora, não é amanhã.
GE - Qual é a receita desse sucesso?
Tasca - Nós já passamos por cinco crises econômicas. E estivemos sempre abertos. Houve um tempo, para se ter uma ideia, que fechávamos às quatro da manhã. Essa persistência em estarmos sempre abertos nos consolidou.
GE - E quais os maiores desafios encontrados?
Tasca - A gente briga muito por impostos, por uma lei trabalhista que tem que melhorar e está melhorando. Mas acredito que o abacaxi diário é vencer a ansiedade do cliente, não perdê-lo. E entregar a qualidade com preço justo. Temos que manter o negócio sempre bom. Se está mais ou menos, tu perde o cliente. A gente brinca que é como um táxi, a corrida que tu fez hoje amanhã não tem valor algum. No Brasil, o empreendedor é um herói.
GE - Qual conhecimento técnico que tu julga ser fundamental no negócio?
Tasca - O manejo da carne, produção, o Rio Grande do Sul mudou muito de um tempo para cá, o produtor melhorou muito. E estamos sempre atentos. Temos contato permanente para levar o melhor para o consumidor. 
GE - Tem algum conselho para quem está começando a empreender?
Tasca - O restaurante tem que abrir sem pressa para fechá-lo. Meu conselho é unir as pessoas que estão ao teu lado. Ter persistência. Parece clichê, mas se tu gostar do que tu fazes tu não trabalhas.
Este foi o sexto episódio da série Histórias Empreendedoras, o podcast do GeraçãoE. Os episódios são disponibilizados às terças-feiras nas seguintes plataformas: Spotify, Google Podcasts e https://www.jornaldocomercio.com/podcasts. As entrevistas são de aproximadamente 30 minutos. A gente te espera!
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