Cake Circle chegou a ter duas unidades, uma no Iguatemi Cake Circle chegou a ter duas unidades, uma no Iguatemi Foto: /CLAITON DORNELLES /JC

A decis�o de fechar uma empresa de sucesso

Cake Circle chegou a ter espa�o nobre no Shopping Iguatemi

A Cake Circle, tortaria de Porto Alegre que usou um sistema similar ao do Subway para a montagem de suas iguarias, em que o cliente escolhia os recheios no balcão, fechou as portas. O negócio de Patrícia Mesquista de Almeida e seus sócios começou tímido, no bairro São João, até que teve um boom de demanda. Chegou a gerar filas na calçada e ter de contratar funcionários para atender o grande volume de pedidos. A empresa cresceu e, inclusive, ganhou um espaço no Shopping Iguatemi - feito inatingível para muitos pequenos empreendedores, devido aos custos elevados. Conversamos com Patrícia para saber o que deu errado.
GeraçãoE - O que motivou o fechamento da Cake Circle?
Patrícia Mesquita de Almeida - Iniciamos o projeto a partir de uma ideia e uma equipe de empreendedores com especialidades complementares: negócio, confeitaria e tecnologia. A sócia responsável pela produção optou por deixar a sociedade e, com isso, a empresa ficou descoberta na área da confeitaria. A partir daí foi necessário estar mais próximo da operação, o que nos afastou muito da estratégia e da evolução do negócio como um todo, inclusive do plano de formatação de franquias, que sempre foi nosso principal objetivo como negócio. Quando nos demos conta, optamos por encerrar momentaneamente as operações e repensar o modelo.
GE - O negócio teve momentos de grande procura de clientes e chegou a expandir para o Iguatemi. Que lição fica desse processo?
Patrícia - Fica a sensação de dever cumprido e confiança no nosso negócio, visto que o modelo teve repercussão nacional, chamando a atenção dos principais veículos de mídia do País e ainda tendo a possibilidade de se estar em um dos maiores shoppings de Porto Alegre. A experiência nos trouxe a validação do nosso modelo de operação de franquias.
GE - Qual a ideia para o futuro?
Patrícia - Estamos focados em encontrar um parceiro de negócio que faça parte do projeto Cake Circle, nos ajudando a desenvolver a franqueadora e a rede de franquias. Acreditamos muito no potencial de expansão da marca em nível nacional, iniciando por Porto Alegre, e também em nível internacional. Em viagem recente que fizemos aos Estados Unidos também conseguimos vislumbrar boas oportunidades na Flórida. Depois dessa experiência nos apaixonamos pela arte de empreender, a partir da nossa bagagem de erros e acertos, nosso propósito é ajudar outros empreendedores a validar o seu modelo de negócio e tirar a sua ideia do papel. Para tal, lançamos em janeiro deste ano a Start Factory, que assessora quem empreende na construção do modelo de negócio, atuando desde a análise da solução até a estruturação da entrada do produto no mercado. Através de uma metodologia própria e do nosso hub de parceiros, preparamos a startup para entrar no mercado em menos de três meses.
GE - Teria feito algo diferente?
Patrícia - Certamente. Quando encerramos as operações, nosso primeiro passo foi buscar auxílio de uma consultoria que nos ajudasse a entender melhor o que funcionou, o que não funcionou. A partir deste trabalho, surgiram muitas oportunidades de melhorias e muitas novidades a serem implementadas. Podemos dizer que estamos mais preparados e prontos para colocar a Cake no mercado novamente.
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