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Atletismo

- Publicada em 01 de Maio de 2022 às 15:15

Gêmeas Ana e Helena dão esperança ao atletismo do Brasil e miram Paris 2024

Aos 16 anos, as irmãs paranaenses Ana e Helena Mees lideram uma nova geração do atletismo brasileiro

Aos 16 anos, as irmãs paranaenses Ana e Helena Mees lideram uma nova geração do atletismo brasileiro


ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
As irmãs gêmeas paranaenses Ana e Helena Mees, de 16 anos, lideram uma nova geração do atletismo brasileiro. Com títulos nacionais e internacionais, as jovens de Campina Grande do Sul (PR), se preparam para defender o País no maior desafio que vão ter na carreira: os Jogos Mundiais Escolares, conhecidos com Gymnasiade, em maio, na França.
As irmãs gêmeas paranaenses Ana e Helena Mees, de 16 anos, lideram uma nova geração do atletismo brasileiro. Com títulos nacionais e internacionais, as jovens de Campina Grande do Sul (PR), se preparam para defender o País no maior desafio que vão ter na carreira: os Jogos Mundiais Escolares, conhecidos com Gymnasiade, em maio, na França.
Na Europa, elas terão a companhia de jovens expoentes da modalidade lutando por pódio e índices, que poderão auxiliar na conquista de vaga para os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.
As gêmeas corredoras embarcam para Caen, na Normandia, no dia 14, e por lá ficam até o dia 22. Ana disputará a prova dos 1.500m e Helena competirá nos 3.000m. Para alcançar este degrau, as gêmeas batalharam e fizeram da carreira no atletismo a grande prioridade de suas vidas. Ao lado do pai, Anderlin Jr., que se dedica integralmente à atividade das filhas, Ana e Helena falam das suas trajetórias, revelando expectativas para o futuro e explicando a rotina que as levou ao topo.
A família conta que, quando as garotas tinham entre seis e sete anos, foram a uma loja de eletrodomésticos. Ana se perdeu dos pais por alguns instantes e ficou assistindo a uma televisão que exibia uma prova de maratona. Foi o primeiro instinto para se aproximar do esporte. Ana pediu aos pais: "Quero fazer isso, quero ser como elas". Ali começou a paixão pelas corridas. Helena seguiu os passos da irmã. As gêmeas correm e treinam juntas, sem deixar que a competitividade atrapalhe a relação entre ambas.
Atualmente, vão aos mesmos eventos, mas não coincidem em todas as provas. As características musculares de cada uma definiram quem seria fundista e meio-fundista. "Falamos com nosso pai: 'Queremos ser corredoras', e então começamos a pesquisar sobre o tema", conta Helena. Anderlin foi atrás do sonho das meninas. "Não entendia nada de corrida, precisava entender o mecanismo. Comecei a pesquisar sobre provas infantis, quais eram os treinamentos e cuidados. Consegui algumas coisas, com sites governamentais, com cartilhas de orientação sobre treinamentos com crianças. Comprei alguns equipamentos. Naquela época, vivíamos em Garopaba (SC) e corríamos na praia."
Aos oito anos, Ana e Helena contaram com uma ajuda fundamental. Moacir Marconi, o Coquinho - responsável por treinar diversos quenianos ganhadores da São Silvestre -, recepcionou as gêmeas em seu centro de treinamento, em Nova Santa Bárbara, norte do Paraná. Elas puderam acompanhar toda a rotina de treinos e ganharam elogios.
Neste início, participavam de algumas corridas do estilo "trail", nas dunas do litoral catarinense. Os resultados chamavam a atenção e começaram a surgir apoios, como o de Rosane Machado, que passou treinamentos online para elas e ajudou a melhorar o ritmo.
No início da carreira, as gêmeas só praticavam a corrida duas vezes por semana. Agora Ana e Helena dedicam cerca de seis horas diárias ao atletismo, com apenas um dia de folga. Acordam às 4h30min, fazem a rodagem - treino mais leve - no Parque Barigui, em Curitiba, onde residem atualmente. Depois, vestem o uniforme escolar no carro, vão para o colégio e à tarde têm nova rodada de atividades: musculação, fisioterapia e treino numa pista de saibro em São José dos Pinhais ou na de borracha da Universidade Federal do Paraná.
"Estamos focadas na conquista de melhores tempos, mas há dias em que essa condição varia um pouco, vai intercalando. Nesta semana, por exemplo, estamos nos dedicando aos treinos de força e velocidade", diz Ana, que foi campeã brasileira sub-20 (1.500m), em São Paulo, no último fim de semana, e tem pela frente os Jogos Sul-Americanos da Juventude Sub-18, em Rosario, na Argentina, enquanto Helena se recupera de uma pequena lesão no pé.
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