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Tênis

- Publicada em 11 de Janeiro de 2022 às 15:25

Austrália investiga informações de Djokovic em formulário de viagem

Não vacinado contra a Covid-19, o tenista havia ganhado uma isenção de vacina concedida pela organização do torneio e pelo governo estadual de Victoria

Não vacinado contra a Covid-19, o tenista havia ganhado uma isenção de vacina concedida pela organização do torneio e pelo governo estadual de Victoria


KELLY DEFINA/POOL/AFP/DIVULGAÇÃO/JC
Novak Djokovic iniciou nesta terça-feira (11) sua preparação em Melbourne para disputar o Australian Open a partir da próxima semana, mas ainda não está livre da ameaça de deportação do país.
Novak Djokovic iniciou nesta terça-feira (11) sua preparação em Melbourne para disputar o Australian Open a partir da próxima semana, mas ainda não está livre da ameaça de deportação do país.
O gabinete do ministro da Imigração, Alex Hawke, disse que ele ainda está considerando se deve usar seu poder discricionário para cancelar o visto do tenista, após a Justiça anular a decisão anterior do governo australiano nesse sentido.
"De acordo com o devido processo, o ministro Hawke considerará completamente o assunto", afirmou um porta-voz, que se recusou a comentar mais por razões legais.
Na segunda-feira (10), o juiz federal Anthony Kelly decidiu pela liberação de Djokovic após considerar que ele teve tratamento injusto dos agentes de imigração na sua chegada ao país, na última quinta (6). O atleta não teria recebido tempo suficiente para entrar em contato com advogados e autoridades do tênis e discutir sua situação.
Ele, que não está vacinado contra a Covid-19, ganhou uma isenção de vacina concedida pela organização do torneio e pelo governo estadual de Victoria, com base em um exame positivo para o coronavírus realizado em 16 de dezembro, na Sérvia. Essa autorização, porém, é contestada pelo governo federal.
Veículos de imprensa locais relataram nesta terça que a Força de Fronteira Australiana investiga possíveis discrepâncias entre o formulário de viajante apresentado por Djokovic e seu paradeiro nos dias anteriores à chegada ao país.
No documento, o tenista assinalou "não" quando questionado sobre ter viajado nos 14 dias prévios. Mas publicações nas redes sociais mostram que ele estava em Belgrado no dia de Natal e depois treinando em Marbella, na Espanha, nos dias 31 de dezembro e 2 de janeiro.
O atleta disse às autoridades que a Tennis Australia, federação do país, completou a declaração de viagem em seu nome. Segundo o jornal The Age, dar informações falsas ou enganosas na imigração é uma ofensa grave sujeita a pena de 12 meses de prisão.
A Força de Fronteira Australiana não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da agência Reuters. Os advogados de Djokovic não quiseram comentar.
À espera de uma decisão definitiva sobre a sua participação no torneio, o sérvio tenta recuperar o tempo perdido de preparação após ter ficado detido por praticamente cinco dias em um hotel de imigração.
Nesta terça, ele foi filmado e fotografado praticando na Rod Laver Arena, em uma atividade que contou com esquema especial de segurança. O atleta também foi confirmado como principal cabeça de chave do evento, que terá o sorteio de suas chaves na quinta-feira (13).
O Australian Open começa na próxima segunda (17). Djokovic, que já venceu o torneio nove vezes, tem a chance de desempatar o recorde masculino de 20 títulos de Grand Slam que atualmente divide com Roger Federer e Rafael Nadal. O espanhol estará presente em Melbourne, enquanto o suíço ainda se recupera de cirurgia.
/Folhapress
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