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Esportes

- Publicada em 17 de Outubro de 2021 às 09:41

Da NBA ao futebol, não vacinados têm problemas para assistir ou disputar jogos

Estrela do Brooklyn Nets, Kyrie Irving, principal jogador da NBA a se opor à vacinação, foi afastado enquanto não se vacinar

Estrela do Brooklyn Nets, Kyrie Irving, principal jogador da NBA a se opor à vacinação, foi afastado enquanto não se vacinar


JARED C. TILTON/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP/DIVULGAÇÃO/JC
Atletas e torcedores que não se vacinaram contra a Covid-19 têm enfrentado dificuldades para competir ou assistir aos jogos dos principais campeonatos de esporte do mundo. Do futebol brasileiro até a NBA, a imunização tanto do público quanto de jogadores tem sido motivo de debate. Em alguns lugares, virou obrigatoriedade, como para disputar as partidas da nova temporada de basquete dos Estados Unidos.
Atletas e torcedores que não se vacinaram contra a Covid-19 têm enfrentado dificuldades para competir ou assistir aos jogos dos principais campeonatos de esporte do mundo. Do futebol brasileiro até a NBA, a imunização tanto do público quanto de jogadores tem sido motivo de debate. Em alguns lugares, virou obrigatoriedade, como para disputar as partidas da nova temporada de basquete dos Estados Unidos.
Estrela do Brooklyn Nets, Kyrie Irving, principal jogador da NBA a se opor à vacinação, foi afastado da franquia enquanto não se vacinar. Algumas cidades, como Nova York e São Francisco, exigem a comprovação da vacinação de pessoas para entrarem em locais fechados. Isso limitaria a participação de Irving, que já perdeu os quatro jogos da equipe na pré-temporada, em várias partidas da temporada regular.
"Não permitiremos que nenhum membro de nosso time participe com disponibilidade apenas parcial", disse o comunicado do Nets sobre a decisão da franquia. Ou seja, Irving está fora do time até que mude de ideia em relação à imunização. Enquanto isso não acontecer, ele não joga.
A NBA não obriga a vacinação de atletas, mas os jogadores realizam testes diariamente. Estima-se que 90% dos elencos estejam completamente imunizados. A falta de vacinação também passou a afetar o bolso dos atletas. No mês passado, a liga anunciou que jogadores que não se vacinaram ficarão sem salários pelas partidas em que estiverem ausentes.
A preocupação em ficar fora das quadras fez o ala Andrew Wiggins, do Golden State Warriors, que vinha se posicionando contra a vacinação, alegando motivos pessoais e religiosos, receber a imunização contra a Covid-19 na semana passada, encerrando uma longa novela sobre o assunto. Antes da decisão, Wiggins chegou a entrar com um recurso de exceção religiosa, mas a NBA recusou a apelação.
O médico Ricardo Galotti, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, e ex-chefe do departamento médico do Santos, destacou que a vacinação geral traz segurança coletiva. "Vale a pena explicar o motivo para os atletas a importância de todos se vacinarem. Temos comprovação de que as vacinas são seguras", disse.

Gabriel Medina viveu situação parecida

Em agosto, o surfista Gabriel Medina quase se prejudicou na briga pelo título do Mundial de Surfe. O brasileiro não pôde disputar a etapa realizada em Teahupoo, na Polinésia Francesa, porque não havia se vacinado contra a Covid-19 e precisava cumprir quarentena de dez dias. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) chegou a disponibilizar doses do imunizante para todos os atletas que iriam para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
Apesar de não ter participado da etapa, Medina esteve presente nas edições seguintes do Mundial e conquistou o título em setembro. Ao Estadão, Medina disse que seguiu os protocolos de saúde e afirmou que não se vacinou à época pela agenda cheia.
"A gente estava sempre numa bolha na praia e no hotel. A WSL fez um ótimo trabalho inclusive, mas agora tenho tempo para fazer as minhas coisas. Quando eu não estava nas viagens, estava treinando e tipo já tinha outra viagem na sequência, então não queria atrapalhar isso. E eu estava sempre seguindo os protocolos. Agora tenho tempo de fazer tudo com calma", disse em setembro.

CBF exige vacinação para acesso aos estádios

No Brasil, os estádios de futebol voltaram a receber público neste mês de forma geral, respeitando o protocolo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que exige que os torcedores que queiram acompanhar presencialmente aos jogos das Série A, B e C tenham tomado as duas doses da vacina (Coronavac, Pfizer ou AstraZeneca) ou a dose única da Jansen.
Quem recebeu apenas a primeira dose do imunizante precisa ter teste PCR negativo (realizado com 48h de antecedência) ou do tipo antígeno (feito 24h antes da partida). A entidade também orienta os clubes sobre o uso obrigatório de máscara de proteção facial, higienização das mãos com álcool em gel e distanciamento físico. Para atletas, no entanto, a CBF não exige que todos estejam com a vacinação completa e mantém o procedimento de testagem regular. Há clubes que fazem os testes até três vezes por semana.
"O torcedor ficou tanto tempo sem ir ao estádio e pode ser que ele faça o que for preciso para ver o time de perto. A CBF está certa (no protocolo exigido). A vacinação está disponível para a população. Eu não soube de pessoas dentro do futebol brasileiro recusando tomar a vacina", avalia Ricardo Galotti.
No jogo da seleção brasileira masculina - empate por 0 a 0 com a Colômbia - em Barranquilla, pelas Eliminatórias Sul-americanas para a Copa do Mundo, torcedores presentes precisaram apresentar o comprovante de vacinação contra a covid-19.
O jogo entre Brasil e Uruguai, na Arena da Amazônia, em Manaus, também contou com um incentivo à imunização. Três mil ingressos foram sorteados pelo governo estadual para moradores do Amazonas com a imunização em dia (duas doses ou dose única). Quem recebeu a segunda dose menos de 15 dias antes da realização do jogo, ou seja, a partir do dia 29 de setembro, passaram por triagem com teste de RT-PCR (72 horas antes do jogo) ou de antígeno (48 horas antes). Para quem comprou ingresso, foi preciso preencher formulário epidemiológico no site da CBF, informando comprovante de vacinação contra a Covid-19. Apenas torcedores que apresentarem o comprovante tiveram acesso ao estádio.
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