A 21ª rodada do Campeonato Brasileiro, no próximo final de semana, pode ser boicotada por 17 dos 20 clubes da Série A. O descontentamento tem uma única causa: o Flamengo. Após conseguir uma liminar junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), liberando a presença do público nos jogos no Rio de Janeiro, o clube carioca deve começar a venda de ingressos nesta quinta-feira (16) para o jogo contra o Grêmio, no domingo (19), no Maracanã. Diante desta possibilidade, Inter e Grêmio estão de mãos dadas contra o clube carioca. Os únicos dois clubes que não seguem os demais são Atlético-MG e Cuiabá.
No entanto, esse boicote não é simples. Os cubes esbarram diante de uma Confederação Brasileira de Futebol (CBF) inoperante, que se cala e dá indícios de não se opor ao posicionamento rubro-negro. Além disso, as 19 equipes dependem do apoio e da concordância dos patrocinadores e da emissora de tevê que detém os direitos de transmissão das partidas.
Na semana passada, em uma reunião na sede da CBF, com a presença de todos os clubes, apenas o Flamengo não esteve presente. Na ocasião, as agremiações decidiram manter os portões fechados para a torcida até o próximo encontro, no dia 28 deste mês. Até lá, a ideia é seguir em contato com as autoridades sanitárias de cada cidade até a liberação do público em todas as praças onde está sendo disputado o Brasileirão, contando com o aumento da vacinação contra a Covid-19 no País.
Os clubes contrários enviaram um pedido tentando derrubar a liminar do Flamengo, que
acabou sendo deferida pelo STJD. Um novo documento será enviado à entidade pedindo a derrubada da decisão. Desta vez será direcionado ao relator designado para cuidar do caso no Pleno, o auditor Felipe Bevilacqua. A solicitação é por um efeito suspensivo ou revogação da liminar.
Os clubes articulam outras possibilidades. A primeira, é forçar a CBF a desmarcar a rodada se o Flamengo não voltar atrás em sua decisão. A segunda é transferir apenas a partida que envolve o clube carioca. O pedido para adiar a rodada está na mesa da CBF. Agora é aguardar a decisão da entidade e a postura rubro-negra diante deste cenário.