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Esportes

- Publicada em 11 de Junho de 2021 às 19:27

Confira os principais erros que levaram à demissão de Ramírez do Inter

Em pouco mais de três meses, Ramírez encontrou dificuldades de ser compreendido pelos atletas

Em pouco mais de três meses, Ramírez encontrou dificuldades de ser compreendido pelos atletas


RICARDO DUARTE/INTER/JC
Deivison Ávila
Nesta sexta-feira (10), chegou ao fim o curto ciclo do espanhol Miguel Ángel Ramírez no Inter. A principal aposta da gestão Alessandro Barcellos, trazendo a filosofia do futebol de imposição campeão da Copa Sul-Americana com os equatorianos do Independiente del Valle, acabou não sendo compreendida pelo elenco colorado.
Nesta sexta-feira (10), chegou ao fim o curto ciclo do espanhol Miguel Ángel Ramírez no Inter. A principal aposta da gestão Alessandro Barcellos, trazendo a filosofia do futebol de imposição campeão da Copa Sul-Americana com os equatorianos do Independiente del Valle, acabou não sendo compreendida pelo elenco colorado.
Ramírez até resistiu à perda do Gauchão e a falta de vitórias em clássicos Grenais. Entretanto, a visível queda de rendimento nos últimos jogos, com o empate cedido, em casa, para o Sport, e a goleada por 5 a 1 para o Fortaleza, no Brasileirão, somado à eliminação na Copa do Brasil para Vitória, em Porto Alegre após vencer o jogo de ida, soterraram a ideia do futebol de imposição defendido pelo espanhol.      
O treinador foi oficializado no Colorado no dia 2 de março. O início de Ramírez parecia empolgante, mas as oscilações de rendimento e o fraco desempenho na classificação às oitavas de final da Libertadores, tendo como parâmetro os adversários de seu grupo, também pesaram para a queda da comissão técnica. Nem mesmo a confiança de Barcellos na filosofia de trabalho de Ramírez foi suficiente para conseguir forças e segurar o espanhol no Beira-Rio. 
Ramírez não conviveu com o grupo nos últimos dias, já que estava afastado pois testou positivo para a Covid-19. Mesmo assim, o treinador já tinha perdido o vestiário. Nesta quinta-feira (10), na derrota para o Vitória, quem comandou o time foi o auxiliar Mantín Anselmi. Ele até mudou o esquema de jogo. O Inter criou bastante no primeiro tempo, mas não teve competência para marcar. Na etapa final, o time se perdeu após a expulsão do zagueiro Pedro Henrique, não encontrou equilíbrio e virou uma presa fácil dentro de seus domínios.
Nos três meses em que comandou o Inter, Ramírez disputou 21 jogos, com 10 vitórias, quatro empates e sete derrotas. Foram 39 gols marcados e 23 gols sofridos. O aproveitamento foi de 54%. 
Veja alguns dos principais erros que levaram à demissão de Ramírez, nesta sexta-feira (11).
Insistência em peças que não entregam
Uma das principais críticas ao trabalho de Ramírez foram as escalações da equipe, quase sempre de acordo com o adversário ou preservando titulares. Em algumas vezes, Ramírez optou por atletas que não estavam correspondendo. A persistência na escolha por nomes com baixa performance em detrimento a jovens com potencial começou a gerar questionamentos. A insistência, por exemplo, em Pedro Henrique na zaga, custou caro.
Comportamento apático em jogos decisivos
Ramírez deixou a desejar quando se trata de mobilização para partidas importantes. Mesmo com goleadas no Beira-Rio, em jogos decisivos, principalmente longe de casa, o Colorado não apresentou a mesma força. As derrotas para o Juventude, pelo Gauchão, e para o Táchira, pela Libertadores, mostraram uma apatia dos atletas dentro de campo. O desempenho no segundo tempo no primeiro Grenal que decidiu o Gauchão também mostrou um time nervoso, que não soube lidar diante da mudança do adversário.
Falta de repertório no esquema de jogo
A derrota para o Grêmio deixou clara a falta de alternativas e jogadas pelo lado esquerdo do campo. Sem contar com Patrick, lesionado, Ramírez focou o jogo no lado direito, facilitando a marcação adversária. Outra falha do treinador é o erro na leitura de jogo. O seu time apresenta atuações distintas dentro de uma mesma partida. No Grenal, por exemplo, dominou a primeira etapa e não soube reagir à mudança de comportamento promovida pelo técnico do Grêmio, Tiago Nunes.
Muita posse de bola e pouca objetividade
Raras são as partidas em que o Inter não possui mais posse de bola que o adversário. Entretanto, a bola no pé não se converte em jogadas ofensivas e domínio das ações. Toques laterais, recuadas para o goleiro e troca de passes no campo defensivo mostram que falta à equipe um jogador que quebre as linhas defensivas e organize o meio-campo. Normalmente, as goleadas aplicadas pelo colorado passaram mais pela fragilidade do adversário.
Falta de uma referência técnica em campo
Os principais jogadores do elenco não deram continuidade ao ótimo desempenho na temporada passada. Edenilson, Patrick e Rodrigo Dourado ainda não se encaixaram ao esquema do novo comandante. Taison chegou para ser essa referência técnica e de liderança, mas como não foi inscrito no Gauchão, disputou apenas nas partidas pela Libertadores. Talvez faltou ao técnico espanhol experiência para poder tirar o melhor de cada atleta que tinha em mãos. 
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