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Esportes

- Publicada em 18 de Maio de 2021 às 11:00

Inter questiona déficit de R$ 882,9 milhões e reconhece dever cerca de R$ 600 mi

Para o CEO Giovane Zanardo, valores precisam ser analisados de forma individual

Para o CEO Giovane Zanardo, valores precisam ser analisados de forma individual


RICARDO DUARTE/INTER/JC
Deivison Ávila
Os balanços divulgados pelos clubes no início deste mês e analisados pela consultoria Sports Value trouxeram números preocupantes para os gestores das principais equipes do Brasil. Agravados pelo impacto da pandemia da Covid-19, os cofres apresentaram quedas em receitas de 19,5% nas 20 maiores agremiações do País. No Estado, a quantia que mais assustou foi o déficit do Inter, que soma, no total, R$ 882,9 milhões, sendo R$ 92 milhões de 2020. No primeiro quadrimestre do ano passado, quando teve início a pandemia, o Inter havia fechado com déficit de R$ 51 milhões. 
Os balanços divulgados pelos clubes no início deste mês e analisados pela consultoria Sports Value trouxeram números preocupantes para os gestores das principais equipes do Brasil. Agravados pelo impacto da pandemia da Covid-19, os cofres apresentaram quedas em receitas de 19,5% nas 20 maiores agremiações do País. No Estado, a quantia que mais assustou foi o déficit do Inter, que soma, no total, R$ 882,9 milhões, sendo R$ 92 milhões de 2020. No primeiro quadrimestre do ano passado, quando teve início a pandemia, o Inter havia fechado com déficit de R$ 51 milhões. 
Só que o Inter não concorda com o valor total apresentado e detalha a real situação financeira da instituição. De acordo com o CEO colorado, Giovanni Zanardo, a dívida total do Inter está na casa dos R$ 600 milhões e não condiz com os números apresentados pela consultoria. A principal discordância passa pelo “passivo de arrendamento seção por direitos de exploração”. Ou seja, a concessão de alguns setores do Beira-Rio à construtora que realizou a reforma do estádio.
No total, são R$ 19,5 milhões a curto prazo e R$ 252 milhões a longo prazo. “Esse valor não pode ser considerado como dívida, pois não há nenhum desembolso de caixa. Esse valor faz parte de um contrato com a Brio por 20 anos, hoje, 14, onde ela explora espaços no estádio. A cada ano que passa, são abatidos R$ 20 milhões deste montante, independentemente do uso ou não das estruturas”, explica Zanardo.
Existe uma outra conta a ser feita, que são R$ 33,5 milhões a curto prazo e outros R$ 108 milhões de receitas diferidas, que não possuem efeito caixa. Esses valores são contratos de patrocínios e direitos de televisionamento registrados à frente e reconhecidos mês a mês assim que o valor é registrado no caixa.
“Por isso que quando recebemos esse valor de mais de R$ 800 milhões de déficit, a conta não fechou. Se somarmos todos os valores mencionados, a curto e longo prazo, R$ 413 milhões não são dívidas. Nós não temos que pagar essa quantia”, garante o CEO. Quando Zanardo refere-se a curto prazo, são valores que vão vencer em 12 meses. Já, as de longo prazo, são dívidas em diferentes prazos.
Zanardo reconhece que o valor real do déficit do clube esteja na casa dos R$ 600 milhões. “O endividamento é alto? É alto. Gostaria de dever bem menos do que o valor que está aí? Claro que sim. Mas não são os R$ 880 milhões que nos foram atribuídos. E dentro destes R$ 600 milhões está absolutamente tudo: fornecedores, obrigações sociais, parte fiscal e parte bancária”, detalha. Só se tratando de dívidas fiscais, o Inter deve cerca de R$ 219 milhões.
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