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Esportes

- Publicada em 10 de Maio de 2021 às 15:37

Perto da estreia olímpica, surfe brasileiro exibe domínio inédito na Austrália

Filipe Toledo foi o campeão da etapa em Margaret River nesta segunda-feira (10)

Filipe Toledo foi o campeão da etapa em Margaret River nesta segunda-feira (10)


ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
O ano em que o surfe fará sua estreia no programa dos Jogos Olímpicos apresentou outra novidade no circuito mundial: o domínio brasileiro na Austrália. De 2014 a 2019, período em que o Brasil conquistou quatro de seis títulos possíveis na elite masculina, foram 5 triunfos em 17 etapas realizadas nas praias australianas de Gold Coast, Margaret River e Bells Beach.
O ano em que o surfe fará sua estreia no programa dos Jogos Olímpicos apresentou outra novidade no circuito mundial: o domínio brasileiro na Austrália. De 2014 a 2019, período em que o Brasil conquistou quatro de seis títulos possíveis na elite masculina, foram 5 triunfos em 17 etapas realizadas nas praias australianas de Gold Coast, Margaret River e Bells Beach.
Após o cancelamento da temporada 2020 por causa da pandemia de Covid-19, neste ano a WSL (World Surf League) emendará quatro eventos seguidos na Austrália, três deles em locais que estavam fora do calendário havia vários anos.
Assim, entraram duas etapas na costa leste, em Newcastle e Narrabeen, e Rottnest Island se juntou a Margaret River na costa oeste. Gold Coast e Bells Beach ficaram de fora.
Diante das novidades, poderia se esperar que os atletas locais, representantes da nação mais tradicional no esporte ao lado dos EUA, levassem vantagem. Mas os forasteiros têm nadado de braçada.
Após vitórias de Italo Ferreira em Newcastle, e Gabriel Medina em Narrabeen, a etapa de Margaret River chegou ao fim nesta segunda-feira (10) com dobradinha verde-amarela de Filipe Toledo e Tatiana Weston-Webb nos circuitos masculino e feminino.
Assim, a classificação dos homens tem nas três primeiras posições Medina (28.920 pontos), Italo (24.150) e Filipinho (20.735). O quarto colocado é o havaiano bicampeão John John Florence (19.395), que sofreu lesão no joelho pela terceira temporada consecutiva e voltou aos EUA para tentar se recuperar a tempo da Olimpíada de Tóquio.
Neste ano, os cinco primeiros colocados do ranking ao fim de nove etapas disputarão o título mundial na final, no mês de setembro, em Trestles, na Califórnia.
No campeonato feminino, a gaúcha-havaiana Tatiana Weston-Webb, que representa o Brasil desde 2018 na WSL e também o fará nos Jogos Olímpicos, é a segunda colocada do ranking, atrás apenas da também havaiana Carissa Moore (29.970 pontos contra 26.495).
Em Margaret River, Tati conquistou seu segundo título na elite e o primeiro desde 2016 -também soma nove participações em finais. A oponente na decisão foi Stephanie Gilmore, australiana heptacampeã mundial.
"Eu nem consigo explicar essa sensação incrível que estou sentindo. A Steph é uma das melhores surfistas de todos os tempos, que sempre admirei muito, então foi incrível enfrentá-la em uma final. Você não costuma surfar contra uma surfista sete vezes campeã mundial e estou muito grata por ter vencido, depois de terminar em segundo lugar no último evento", contou a brasileira.
A outra representante do Brasil em Tóquio será a cearense Silvana Lima, vencedora de duas etapas na elite do circuito (em 2010 e 2017), mas fora do grupo nesta temporada.
No masculino, além do domínio na classificação, têm chamado a atenção os duelos entre alguns dos melhores surfistas brasileiros nas fases decisivas.
Na primeira etapa, no Havaí, ainda em dezembro, Medina superou Italo Ferreira nas semifinais antes de perder para John John e ficar com o vice-campeonato. O troco do potiguar sobre o paulista veio na final em Newcastle. Antes disso, Medina havia derrotado Adriano de Souza nas quartas.
Em Margaret River, Filipinho, em busca do seu primeiro título mundial, passou por Italo nas quartas. "O mais importante é ser consistente nos eventos. Não é sempre que se ganha, mas é importante estar sempre chegando às finais, ou semifinais, para me manter no top 5. Esse é o meu foco, chegar no final do ano entre os top 5 que vão disputar o título mundial em Trestles", afirmou.
Diante do limite de duas vagas por país em cada gênero na Olimpíada, ele está fora dos Jogos no Japão. Italo e Medina garantiram a classificação ao ficarem nas duas primeiras posições na temporada 2019.
A próxima parada da WSL, a última da perna australiana, começará em Rottnest Island no próximo domingo (16). Os surfistas ainda se reunirão na piscina de ondas do Surf Ranch (Califórnia) e em Barra de la Cruz (Oaxaca, México) antes de Tóquio.
Após a Olimpíada, estão previstas a etapa brasileira, em Saquarema (RJ), e a de Teahupoo (Taiti), antes da grande decisão em Trestles.
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