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Esportes

- Publicada em 04 de Maio de 2021 às 08:11

Rival do PSG, City gastou muito até mostrar defesa sólida na Champions

Pep Guardiola pode levar o clube inglês à primeira decisão europeia na história do City

Pep Guardiola pode levar o clube inglês à primeira decisão europeia na história do City


ANNE-CHRISTINE POUJOULAT/AFP/JC
Mentor de Pep Guardiola, o holandês Johan Cruyff (1947-2016) disse certa vez que nunca viu um saco de dinheiro fazer um gol. Era uma metáfora sobre a possibilidade de times mais pobres vencerem os mais ricos.
Mentor de Pep Guardiola, o holandês Johan Cruyff (1947-2016) disse certa vez que nunca viu um saco de dinheiro fazer um gol. Era uma metáfora sobre a possibilidade de times mais pobres vencerem os mais ricos.
No caso de Guardiola à frente do Manchester City, a frase, se adaptada para uma ótica defensiva, poderia resumir, em parte, as tentativas do treinador de encontrar os defensores ideais e evitar que marquem gols na sua equipe.
Desde que chegou ao clube, em 2016, o técnico catalão gastou sacos e mais sacos de dinheiro na contratação de atletas de defesa. Um investimento que superou os € 500 milhões (R$ 3,2 bilhões na cotação atual) para reforçar a retaguarda. Mas só agora, após quatro temporadas, o time parece ter atingido a solidez tão buscada pelo técnico.
Dono da melhor defesa da Champions League, o City recebe nesta terça-feira (4) o Paris Saint-Germain (FRA), na Inglaterra, pelo jogo de volta da semifinal. Na partida de ida, os ingleses venceram por 2 a 1, em Paris.
Se a sua equipe não for vazada, Guardiola garantirá uma vaga na decisão europeia, feito inédito na história do clube azul de Manchester. Além da boa vantagem, há a confiança - também inédita - no sistema defensivo do time comandado por Pep, que colaborou para a ótima campanha até aqui no torneio.
Em toda a atual disputa da Champions, o Manchester City sofreu apenas quatro gols. O desempenho não é elogiável apenas ao olhar para esta edição, mas considerando principalmente as anteriores com o técnico.
De 2016 para cá, basta contabilizar os gols sofridos nos mata-matas da competição europeia para se ter uma ideia da melhora defensiva: seis em 2016/2017 (parou nas oitavas de final); sete em 2017/2018 (parou nas quartas); seis em 2018/2019 (parou nas quartas); e cinco em 2019/2020 (parou mais uma vez nas quartas).
Há um nome que se destaca como o líder da defesa do City. Não à toa foi a contratação mais cara de Guardiola no clube: Rúben Dias, que custou € 68 milhões e chegou a Manchester em setembro do ano passado. O zagueiro português não somente tem atuado em alto nível como também melhorou o rendimento de seus companheiros da linha de trás.
Titulares ao lado de Dias, o zagueiro John Stones e os laterais Kyle Walker (direito) e João Cancelo (esquerdo) foram outros que chegaram a pedido de Pep. Todos contratados por valores acima dos € 50 milhões.
No jogo de ida da semifinal, os ingleses sofreram com algumas descidas do PSG nos primeiros 30 minutos de partida. Os franceses, voltados para o contra-ataque e para a velocidade de Neymar e Mbappé, jogaram confortavelmente e abriram o placar, com Marquinhos.
Com a mudança de Guardiola no intervalo, liberando João Cancelo para atacar pela esquerda e trazendo Gündogan -que vem atuando como falso nove - para uma posição de volante organizador, o City ganhou a luta pelo espaço (e o jogo).
Em vez de colocar o time todo para frente de forma desenfreada, ocupou o campo adversário, dominando a posse de bola ao mesmo tempo que não ofereceu os contra-ataques ao rival.
Mais do que os gastos com defensores, que nem sempre surtiram o efeito desejado, o equilíbrio defensivo e o domínio dos espaços explica a solidez que coloca o Manchester City a um passo da final em Istambul. Este último, de preferência, sem sofrer gols.
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