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Esportes

- Publicada em 12 de Março de 2021 às 08:45

Há um ano sem público nos estádios devido à pandemia, Grêmio e Inter aprendem a se reinventar

Sem previsão de retorno da torcida à Arena e ao Beira-Rio, marketing dos clubes trabalha com conteúdos exclusivos aos apaixonados por seus times

Sem previsão de retorno da torcida à Arena e ao Beira-Rio, marketing dos clubes trabalha com conteúdos exclusivos aos apaixonados por seus times


Dievo Vara/JC e ALEXANDRE SCHNEIDER/AFP/JC
Deivison Ávila
A noite do dia 12 de março de 2020 foi histórica não apenas por marcar o primeiro clássico Grenal em Libertadores da América. A partida disputada na Arena do Grêmio foi a última com público nos estádios desde a chegada do coronavírus ao Rio Grande do Sul. Cerca de 53 mil torcedores assistiram um jogo pegado, repleto de expulsões e muita confusão.
A noite do dia 12 de março de 2020 foi histórica não apenas por marcar o primeiro clássico Grenal em Libertadores da América. A partida disputada na Arena do Grêmio foi a última com público nos estádios desde a chegada do coronavírus ao Rio Grande do Sul. Cerca de 53 mil torcedores assistiram um jogo pegado, repleto de expulsões e muita confusão.
Exatamente um ano depois, Inter e Grêmio seguem se reinventando para manter seus quadros sociais. Entre as ações, estão promoções para os torcedores em dia com as mensalidades e conteúdo exclusivo para quem conseguiu, mesmo diante da crise econômica provocada pela pandemia, seguir contribuindo com sua paixão.
Em termos de sócios inadimplentes, os números são bem parecidos. De acordo com o vice-presidente de Marketing colorado, Jorge Avancini, o clube teve uma baixa de 20% de torcedores. Já no Grêmio, Beto Carvalho, diretor executivo de marketing do clube, diz que esse número foi ligeiramente menor, com a perda de 15%.
Hoje, o Inter conta com 116 mil sócios, dos quais, pouco mais de 80 mil seguem pagando suas mensalidades. Para retribuir a fidelização desses torcedores, o Colorado desenvolveu uma camiseta exclusiva para o associado que manteve os pagamentos por pelo menos seis meses ao longo de 2020, além de outras vantagens, como descontos nas lojas oficiais.
Avancini lembra ainda que num momento tão difícil como o que a sociedade está vivendo, o torcedor se manteve ao lado do clube: "Nós tivemos uma das inadimplências mais baixas, com a perda de cerca de 20% do quadro, o que é algo extremamente aceitável diante de tudo que passamos. Existem clube pelo País que perderam metade ou até 60% das receitas sociais", revela.
Sem uma previsão de retorno do torcedor ao Beira-Rio, o clube já planeja mais ações para manter o associado próximo. O lançamento da nova camisa, que aconteceria nesta semana, foi adiado em virtude do grave momento que o RS vive com a Covid-19. "Em breve, faremos o lançamento do novo uniforme e também, mais adiante, colocaremos no ar uma campanha para trazer de volta o sócio inadimplente. Neste momento, temos que trabalhar para dar esperanças para o torcedor", ressalta Avancini.
O cenário na Arena é muito parecido. Carvalho lembra que o Grêmio foi um dos primeiros clubes no Brasil a lançar uma série de ações para os sócios que se mantiveram em dia. Ações como o dobro de desconto nas compras na GrêmioMania, enquanto não retornar o público no estádio; desconto de 10% nos ingressos para o público em geral quando houver a liberação, pelo mesmo período em que ficou sem torcida; nome eternizado em placas na Arena dos sócios com cadeira cativa; além de outras vantagens.
"Estamos permanentemente observando a possibilidade de geração de valor agregado que minimize o fato de a torcida não estar no estádio. Estamos elaborando novas ações para esta temporada. Claro que temos a sensibilidade do momento, dentro de uma exequibilidade, na qual iremos criar condições para agregar valor à marca e mais vantagens para o torcedor", explica.
Em termos de cifras, estima-se que Grêmio e Inter tenham perdido cerca de R$ 20 milhões em arrecadação com a bilheteria. Além desses valores, somam-se perdas no quadro social, patrocínios, lojas físicas fechadas e diminuição de algumas cotas dos campeonatos. A dupla ainda não fechou o balancete de 2020.
Já a volta do público aos estádios passa por uma vacinação em massa. No atual momento da pandemia no Brasil, alguns estaduais, como o catarinense, o paranaense e o paulista, já estão sendo suspensos. O Gauchão foi mantido, mas com os jogos devendo começar somente após as 20h.
Já a CBF questiona a paralisação. A entidade afirma que segue mantendo rígidos protocolos sanitários, como a realização de testes PCR em jogadores e integrantes de comissões técnicas, mesmo sem sintomas, o que garantem a integridade daqueles que fazem o dia a dia do futebol. Nesta semana, afirmou que, devido a essas medidas, o futebol consegue fazer com que estes casos, que se estivessem em casa não teriam isolamento completo, fiquem em quarentena e não contaminem outras pessoas.
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