Direção do Grêmio inicia temporada com mudanças

O fim da temporada 2020, com a perda da Copa do Brasil para o Palmeiras, iniciou um novo ciclo no futebol do Grêmio. A segunda-feira (8) foi movimentada nos bastidores do Tricolor. Enquanto a delegação deixava São Paulo rumo a Porto Alegre, algumas mudanças já eram comentadas pelos lados do bairro Humaitá.

Conforme o técnico Renato Portaluppi havia comentado na entrevista pós derrota para o Verdão, algumas providências seriam tomadas e já estavam sendo conversadas com o presidente Romildo Bolzan Júnior. Alegando motivo de incompatibilidade de suas funções pessoais com o clube, Paulo Luz não é mais o vice-presidente de futebol. Junto a ele, deixam os cargos os diretores Celson Matte e Claudio Tavares.

Outra reformulação nos cargos diretivos gremistas passa por Carlos Amodeo. Ele deixa a função de CEO do clube, ganhando mais força no departamento de futebol, sendo delegado como executivo de futebol e diretor geral.

Um setor bem questionado ao longo da temporada 2020 foi a preparação física. O preparador Márcio Meira não é mais profissional do clube. Ele assumiu o cargo no início de 2020, por indicação do próprio Renato. Um nome especulado para substituí-lo é Túlio Flôres, gaúcho que está no Athletico-PR. Outro nome seria Reverson Pimentel, preparador do Bragantino.

Uma das principais carências no atual elenco está no camisa 1. Com Paulo Victor e Vanderlei bem abaixo da média, a direção vai ao mercado buscar um titular. Cássio, do Corinthians, que foi formando no Grêmio, deve ser procurado. Outros jogadores do grupo devem ser liberados para procurar clubes. Nomes como David Braz, Thaciano, Éverton podem estar de saída. Além disso, a base será mais utilizada por Renato.

Sem muito tempo para lamentar e em meio à reformulação, o Grêmio volta a campo na quarta-feira (10), às 21h30min, na Arena, pela pré-Libertadores. O adversário será o Ayacucho, do Peru, pela segunda fase do torneio continental. Nesta segunda-feira, a Conmebol confirmou que o jogo da volta, no próximo dia 16, será disputado no Estádio Olímpico Atahualpa, em Quito, no Equador. A partida será em solo equatoriano, já que o governo peruano adotou algumas restrições devido à pandemia de Covid-19.

Mesmo que quisesse mandar a partida em seu estádio, o Ayacucho não teria condições. O Ciudad de Cumaná não apresenta as exigências mínimas que a Conmebol pede para receber um jogo de Libertadores. Em termos de altitude, a troca tem pouca diferença. A cidade de Ayacucho tem uma altitude de 2,7 mil metros. Já Quito fica a 2,8 mil metros do nível do mar.