O Grêmio entra em campo neste domingo contra o Palmeiras para os primeiros 90 minutos de uma decisão que pode fazer o clube gaúcho retomar a hegemonia na Copa do Brasil. Segundo maior vencedor da história do torneio, o Tricolor já levantou a taça cinco vezes, atrás apenas do Cruzeiro que foi campeão em seis oportunidades.
Relembre como foram as cinco conquistas tricolores da Copa do Brasil:
1989: O primeiro campeão
Com gols de Assis e Cuca, Tricolor bateu o Sport em casa (Foto: Grêmio Flickr/Divulgação/JC)
O Grêmio percebeu a importância do torneio desde a sua primeira edição. Em 1989, a Copa do Brasil era uma novidade e ainda não atraia tanto a atenção de torcedores, clubes e imprensa. O Tricolor, porém, tratou de buscar a taça já em sua primeira edição. Com uma campanha na qual eliminou pelo caminho o Ibiraçu (ES) na primeira fase, o Mixto (MT) nas oitavas de final, o Bahia nas quartas de final e o Flamengo na semifinal, os gaúchos encararam o Sport na decisão. Após empatar em 0 a 0 no jogo de ida, na Ilha do Retiro, em Recife, o time comandado por Cláudio Duarte venceu por 2 a 1 no estádio Olímpico, gols de Assis e Cuca, e levantou a taça.
1994: O bicampeonato que levou à reconquista da América
Centroavante Nildo marcou o gol do título contra o Ceará (Foto: Grêmio Flickr/Divulgação/JC)
O título de 1994, o segundo da Copa do Brasil, teve um gostinho especial, pois foi com a conquista que o Grêmio obteve a vaga na Libertadores da América do ano seguinte, quando Tricolor faturou o título mais uma vez. Na primeira fase, o time eliminou o Criciúma. Nas oitavas de final, a vítima foi o Corinthians. Nas quartas, quem ficou pelo caminho foi Vitória. O Vasco foi o eliminado nas semifinais. A decisão foi contra o Ceará. Na primeira partida, empate sem gols no estádio do Castelão, em Fortaleza. No jogo da volta, no Olímpico, o Tricolor de Felipão suou a camisa para obter a vitória por 1 a 0, com gol do centroavante Nildo.
1997: O tri calando o Maracanã
João Antônio e Carlos Miguel silenciaram 100 mil no Maraca (Foto: Grêmio Flickr/Divulgação/JC)
A campanha do tricampeonato em 1997 foi difícil. O time comandado por Evaristo de Macedo pegou na primeira fase o Fortaleza. Na sequência, foi a vez de encarar a Portuguesa (que havia sido vice-campeã brasileira no ano anterior, perdendo para o próprio Tricolor) nas oitavas de final. Nas quartas de final, o adversário foi o Vitória e, nas semifinais, o poderoso Corinthians foi o oponente gaúcho. Na decisão, o Grêmio teria de encarar um Flamengo recheado de craques como Sávio e, principalmente, Romário, um estádio do Maracanã com 100 mil pessoas empurrando o rubro-negro. No primeiro jogo, no Olímpico, empate em 0 a 0. No duelo da volta, no Rio de Janeiro, um novo empate, desta vez em 2 a 2 – gols de João Antônio e Carlos Miguel – deram o tricampeonato ao clube.
2001: O tetra pelas mãos de Tite
Marinho marcou o primeiro na vitória contra o Corinthians em SP (Foto: Mauricio Lima/AFP/JC)
Em 2001, o Grêmio já era bem diferente daquele montado por Felipão e que conquistou praticamente tudo. Reformulado, sob o comando de um iniciante Tite, o Tricolor mesclava jovens como Tinga, Anderson Polga e Eduardo Costa, com experientes como Zinho, Danrlei, Mauro Galvão, Roger e Marcelinho Paraíba. Nas duas primeiras fases do torneio, o time bateu o Vila Nova (MG) e o Santa Cruz. Nas oitavas de final, quem ficou para trás foi o Fluminense. Nas quartas, o time superou o São Paulo com duas vitórias. Na semifinal, a vítima foi o Coritiba. A grande final foi contra o Corinthians de Vanderlei Luxemburgo. O Grêmio apresentava ao Brasil o esquema 3-5-2 e sofreu para conseguir um empate em 2 a 2 no Olímpico após sair perdendo por 2 a 0 (Luís Mário marcou duas vezes para o Grêmio). No jogo da volta, no Pacaembu, um passeio gaúcho. Com ampla superioridade, o time venceu os paulistas por 3 a 1 - gols de Marinho, Zinho e Marcelinho Paraíba – e gritou “é campeão” pela quarta vez.
2016: O penta para quebrar o jejum
Capitão Maicon ergueu a primeira taça na Arena (Foto: Jefferson Bernardes/AFP/JC)
A conquista de 2016 teve um gosto especial. Depois de 15 anos, o Grêmio voltava a conquistar um título de expressão. Para isso, contou com a estrela de seu maior ídolo que retornou ao clube em setembro para levantar a taça no começo de dezembro. O Tricolor estreou já nas oitavas de final, enfrentando o Athletico-PR. Após vencer por 1 a 0 em Curitiba, o time perdeu por 1 a 0 na Arena, na reestreia de Renato na casamata gremista. Nos pênaltis, vitória gaúcha por 4 a 3. Nas quartas de final, o adversário foi o Palmeiras. Vitória na Arena por 2 a 1 e empate em 1 a 1 em São Paulo. Nas semifinais, o duelo foi contra o Cruzeiro. Após uma vitória por 2 a 0 no Mineirão, o Grêmio garantiu a vaga na decisão com um empate sem gols na Arena. Na finalíssima, o Tricolor enfrentou o Atlético-MG. No primeiro jogo, em Belo Horizonte, uma atuação de luxo com dois gols de Pedro Rocha e um de Everton Cebolinha garantiu a vitória por 3 a 1. Na Arena, bastou um empate em 1 a 1 (Bolaños marcou para os gaúchos) para que o grito preso na garganta pudesse ser solto pelos 60 mil gremistas que estavam no estádio.