Paris Saint-Germain e Istanbul Basaksehir retomaram, nesta quarta-feira (9), o jogo da última rodada da fase de grupos da Liga dos Campeões, suspenso, um dia antes, após atletas das duas equipes terem deixado o campo. O ato foi um protesto contra uma ofensa racista do quarto árbitro, o romeno Sebastian Colescu, a Pierre Webó, membro da comissão técnica do clube turco.
No campo, os parisienses golearam por 5 a 1 e garantiram a liderança do Grupo H da Champions.
Neymar, em grande atuação, marcou três vezes e Mbappé fez os outros dois. Topal fez o gol de honra dos turcos.
Com 12 pontos, mesma pontuação do RB Leipzig, o time francês terminou na primeira colocação pelos critérios de desempate - na soma dos confrontos diretos com os alemães, as equipes empataram em 2 a 2, mas os franceses marcaram um gol fora de casa.
Antes de a bola rolar, jogadores dos dois times se aqueceram no gramado do Parque dos Príncipes com uma camiseta que levava a inscrição "Não ao racismo", em inglês. Webó, ex-atacante com passagens por Osasuna, Mallorca e Fenerbahçe, também entrou em campo com a camiseta.
Durante a execução do hino oficial do torneio, os atletas se ajoelharem no círculo central do gramado, com os punhos erguidos. Até o árbitro, o holandês Danny Makkelie, se juntou ao protesto - toda a equipe de arbitragem foi trocada pela Uefa depois do ocorrido na terça.
Nas arquibancadas, banners com os distintivos de PSG e Istanbul e faixas colocadas por torcedores também carregavam mensagens antirracistas. Uma delas dizia: "Apoio a Webó - Orgulho dos jogadores - Contra o racismo".
Na terça-feira (8), Webó foi vítima do quarto árbitro romeno, que recomendou a sua expulsão ao árbitro principal, referindo-se ao africano como "aquele negro". Na sequência, o juiz foi encarado pelo atacante senegalês Demba Ba, que pediu respeito.