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Esportes

- Publicada em 10 de Outubro de 2020 às 13:01

Nadal e Djokovic fazem final de Roland Garros neste domingo

Se o espanhol Rafael Nadal vencer, iguala Federer com 20 títulos de Grand Slam

Se o espanhol Rafael Nadal vencer, iguala Federer com 20 títulos de Grand Slam


THOMAS SAMSON/AFP/JC
Agência Estado
Rafael Nadal e Novak Djokovic vão se enfrentar na decisão de Roland Garros neste domingo (11), em Paris. Nas semifinais, na sexta-feira (9), eles confirmaram o favoritismo e avançaram à decisão, mas com triunfos que tiveram grau de dificuldade bem diferentes. O espanhol, afinal, definiu o seu jogo em três sets. Já o sérvio ficou em quadra por cinco.
Rafael Nadal e Novak Djokovic vão se enfrentar na decisão de Roland Garros neste domingo (11), em Paris. Nas semifinais, na sexta-feira (9), eles confirmaram o favoritismo e avançaram à decisão, mas com triunfos que tiveram grau de dificuldade bem diferentes. O espanhol, afinal, definiu o seu jogo em três sets. Já o sérvio ficou em quadra por cinco.
Nadal reencontra Djokovic na competição para alcançar recorde de Federer. Quando venceu sua primeira partida em Roland Garros, em maio do distante ano de 2005, o espanhol não podia imaginar que estaria em 2020 brigando pelo seu 13º troféu no saibro de Paris. Longe do auge, Nadal segue surpreendendo a si mesmo no Grand Slam francês. Esta é sua 13ª final.
Incansável, o número dois do mundo vai disputar sua 28ª decisão de Grand Slam. Ele chegou à final sem perder sets pela primeira vez desde 2017. Mesmo embalado, admitiu que não vinha satisfeito com o seu jogo e que já foi mais favorito ao título. "Em outras edições de Roland Garros eu já me senti mais seguro, com uma sensação de jogo melhor", afirma o tenista de 34 anos. 
De fato, Nadal já foi mais implacável no saibro francês. No entanto, mostra evolução considerável dentro de quadra para quem ficou mais de seis meses sem jogar uma partida oficial. Diferentemente de outros grandes do circuito, o espanhol não disputou o US Open, no mês passado.
Antes de Paris, ele jogou apenas uma vez, no Masters 1000 de Roma. Na Itália, venceu duas antes de ser eliminado nas quartas de final, justamente por Schwartzman, sua vítima desta sexta-feira. O contraste entre as performances em Roma e Paris mostra mais uma vez como Nadal está habituado a vencer obstáculos. 
Nesta edição, as principais dificuldades têm sido jogar sob frio e com uma bolinha diferente, considerada por ele mais pesada. Em Paris, os tenistas têm jogado sob temperaturas bem mais baixas do que de costume nesta época do ano, girando em torno de 13 graus. O torneio, adiado em razão da pandemia, costuma ser realizado no fim de maio, com os termômetros superando com facilidade os 30 graus.
O frio e a umidade não favorecem o estilo de jogo do espanhol. "Por isso, chegar à final tem um valor importante para mim. Quer dizer que estou conseguindo me adaptar, treinar com a atitude certa, buscando as soluções para permanecer competitivo", diz Nadal. "Não se pode chegar a uma final de Roland Garros sem sofrimento."
Acostumado a sofrer, o vice-líder do ranking tem mais um desafio de peso neste domingo (11). O sdversário é Novak Djokovic, um dos maiores algozes de sua carreira. O sérvio é um dos raros tenistas que têm retrospecto positivo contra o espanhol: são 29 vitórias e 26 derrotas.
Djokovic foi um dos dois únicos tenistas que conseguiram derrubar Nadal. O surpreendente revés por 3 a 0 aconteceu nas quartas de final em 2015. Antes disso, o Rei do Saibro só havia perdido em 2009 nas oitavas de final. Seu algoz na época foi o sueco Robin Soderling, então 25º do mundo.
Somente uma outra edição teve Nadal em Roland Garros sem título. Foi em 2016, quando abandonou antes de jogar pela terceira rodada devido a uma lesão. No total, são 12 troféus em 15 edições já finalizadas. Para efeito de comparação, quem mais se aproxima dele em número de conquistas num mesmo Slam são justamente Djokovic e Roger Federer, com oito taças, no Aberto da Austrália e em Wimbledon, respectivamente.
O feito de Nadal também surpreende quando comparado ao segundo tenista que mais venceu em Roland Garros. Nas décadas de 1970 e 1980, o sueco Björn Borg levantou seis canecos, metade do que já tem o espanhol. "Nadal é incrível, seus rivais devem pensar que enfrentam um monstro, que sempre consegue devolver todas as bolas", já disse Borg. "É o melhor jogador sobre terra batida da história."
Se o espanhol faturar o 13º troféu no domingo, a celebração terá temperos especiais. Nadal chegará à 100ª vitória em Paris. Além disso, vai igualar Federer, recordista de títulos de Grand Slam, com 20 conquistas. O número de troféus costuma ser utilizado pelo especialistas para definir quem é o melhor da história.
Para entrar na briga por este status, Nadal precisou superar lesões, inclusive de origem congênita, e limitações de sua técnica, aprimorada a cada temporada, principalmente em seus primeiros anos de profissional. E Roland Garros cumpriu papel importante nesta evolução.
Foi no saibro que ele ganhou confiança para derrubar seus principais rivais, como Djokovic e Federer, outros especialistas na terra batida, líderes do ranking e até seu atual treinador, o compatriota Carlos Moyá, na edição de 2007, com direito a um "pneu" no terceiro set.
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