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Esportes

- Publicada em 02 de Setembro de 2020 às 20:51

Encerramento da Divisão de Acesso muda rotina dos clubes do Interior gaúcho

Sem bola rolando, direção do São Paulo-RG aproveita para fazer obras

Sem bola rolando, direção do São Paulo-RG aproveita para fazer obras


/São Paulo de Rio Grande/Divulgação/JC
Deivison Ávila
O encerramento da Divisão de Acesso não foi unanimidade entre os clubes participantes. Desde que a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) anunciou o término da atual edição, a rotina nos clubes do Interior é de busca de recursos para a rescisão de contratos de atletas e de mobilização na comunidade para reformas pontuais nos estádios, já pensando no planejamento para a temporada 2021.
O encerramento da Divisão de Acesso não foi unanimidade entre os clubes participantes. Desde que a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) anunciou o término da atual edição, a rotina nos clubes do Interior é de busca de recursos para a rescisão de contratos de atletas e de mobilização na comunidade para reformas pontuais nos estádios, já pensando no planejamento para a temporada 2021.
Dos 16 clubes que iniciaram em março, alguns não concordaram com o encerramento das disputas em virtude da pandemia de coronavírus, depois de apenas três rodadas disputadas. Estavam na briga pelas duas vagas na elite gaúcha: Brasil de Farroupilha, Glória, Veranópolis, Tupi, União Frederiquense, Passo Fundo, Cruzeiro, Igrejinha, São Paulo-RG, Bagé, Gurany-Ba, Guarani-VA, Inter-SM, São Gabriel, Avenida e Lajeadense.
O Jornal do Comércio conversou com alguns presidentes para ter um panorama da realidade vivenciada pelos clubes. O presidente do São Paulo, Deivid Pereira, era um dos que acreditava ser inviável a continuidade do campeonato. "Não teria como voltar com os portões fechados. Cerca de 90% da receita do clube vem da bilheteria. Sem receita não teríamos como honrar com as despesas habituais. Soma-se ainda os custos dos rigorosos protocolos sanitários que seriam adotados. Nós não teríamos condições", resume. Agora, a diretoria do Leão do Parque está mobilizada em realizar obras pontuais no estádio Aldo Dapuzzo, por meio de uma campanha com a colaboração do torcedor.
Na mesma linha, o mandatário do Cruzeiro, agora de Cachoeirinha, Dirceu de Castro, também reforçou a ideia de encerrar a competição. "Após alguns meses de suspensão, chegamos a um momento crucial que não tínhamos mais como continuar com o torneio. Os clubes sem dinheiro, já que gastaram o orçamento de um campeonato que era para ter e não teve. A pandemia nos deixa impossibilitados de fazer qualquer tipo de protocolo em função dos custos, além do risco de se ter contaminações", aponta. O clube aproveitará o restante do ano para seguir com as obras do novo estádio e poder liberar 50% da capacidade.
Por outro lado, algumas equipes acreditavam ser possível manter a disputa da segunda divisão. O presidente do Brasil de Farroupilha, Elenir Bonetto, lutou até o último momento para que os jogos seguissem. "Lamentamos muito que a maioria das equipes decidiu pelo encerramento. Acho que seria possível, adotando os protocolos de saúde, que o campeonato tivesse continuado. Agora, já estamos trabalhando para que o time sub-20 retorne para a disputa do torneio previsto para outubro", planeja. A equipe da Serra também segue com o time feminino, que está na disputa da Série A2 do Brasileiro.
O Inter de Santa Maria também compartilha da ideia de que era possível seguir jogando, com a adoção de todas as medidas de segurança sanitárias. O presidente Jauri Daros argumenta que a manutenção do campeonato seria uma maneira de ajudar jogadores, funcionários e torcedores, mesmo sem a presença de público. "Estamos com uma situação bem delicada, pois temos contrato com atletas até o final de novembro. Caso tenha a disputa de uma Copinha, iremos participar. A segunda divisão precisa de um apoio financeiro maior, com isso o futebol gaúcho poderia crescer", prevê.
A Divisão de Acesso retornará em 2021, com os mesmos clubes, em data ainda a ser definida pela FGF. Em princípio, a competição deve ter início após o término do Gauchão.
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