Enquanto segue em busca do tricampeonato e aguarda o retorno da edição 2020 da Libertadores, o torcedor colorado relembra, nesta terça-feira (18), os dez anos da conquista do bi da América. Apenas quatro anos após pintar o continente de vermelho pela primeira vez, o Inter chegou ao segundo título em uma jornada com episódios marcantes. Ao todo, foram 14 partidas, com oito vitórias, três empates e três derrotas. Além disso, foram 20 gols marcados e 12 sofridos. A campanha contou com o meia Giuliano como artilheiro do time, com seis gols e ainda eleito o melhor jogador da Libertadores, mesmo como reserva. Na fase de grupos, o Colorado acabou na liderança, com 12 pontos - foram três vitórias, três empates e nenhuma derrota. O Grupo 5 tinha os equatorianos do Deportivo Quito e do Emelec, e os uruguaios do Cerro.
O Gol de Giuliano
Após superar o Banfield, da Argentina, nas oitavas de final, pelo gol qualificado - já que perdeu fora de casa por 3 a 1 e venceu, no Beira-Rio por 2 a 0 -, o Colorado teve mais um argentino pela frente nas quartas: o Estudiantes. Em Porto Alegre, o time venceu por 1 a 0. Com a vantagem mínima, o Inter foi a La Plata precisando apenas de um empate. Além de jogar pouco, a equipe assistiu os atuais campeões marcarem duas vezes, garantindo a classificação até os 43 minutos da etapa final. Sob uma forte fumaça provocada pelos sinalizadores da torcida, Andrézinho fez um ótimo lançamento e encontrou o pé de Giuliano, que chutou para o fundo das redes, garantindo a vaga nas semifinais, em mais uma classificação pelo gol qualificado.
Sai Jorge Fossati, chega Celso Roth
A parada para a disputa da Copa do Mundo da África do Sul trouxe novos ares para o comando da equipe. Mesmo a dois jogos da grande final, o futebol não agradava e a direção decidiu demitir o uruguaio Jorge Fossati e contratar o questionado Celso Juarez Roth. Entre os torcedores, o técnico nunca foi unanimidade. Roth teve pouco mais de um mês para dar sua cara ao time, que contou com as chegadas do goleiro Renan, do meia Tinga e do atacante Rafael Sobis.
O São Paulo mais uma vez no caminho
Finalista da edição do primeiro título, em 2006, o São Paulo foi o adversário na semifinal. A partida ganhou ares de final, já que do outro lado da chave viria um mexicano: Chivas Guadalajara que superou os chilenos da Universidad de Chile. Com isso, o brasileiro que avançasse já estaria na disputa do Mundial de Clubes, mesmo perdendo a grande final. No Beira-Rio, o Colorado conseguiu uma vitória magra de 1 a 0, gol de Giuliano. Já no Morumbi, saiu atrás do marcador, com gol de Alex Silva. Apenas no segundo tempo, Alecsandro desviou cobrança de falta de D'Alessandro e deixou tudo igual. Ricardo Oliveira colocou o tricolor paulista em vantagem mais uma vez, mas o gol marcado fora de casa garantiu o Inter de Roth na decisão.
Um mexicano na final
O fato de uma derrota na final para o Chivas não tirar a chance de disputar mais um Mundial, não ofuscou o brilho da conquista do bi. Os dois triunfos de virada sobre a equipe de maior torcida no México fecharam com chave de ouro a participação colorada na competição. Em Guadalajara, após o gol de Bautista nos acréscimos do primeiro tempo, em três minutos da etapa final, Giuliano e Bolívar garantiram o triunfo. Em casa, com o Beira-Rio lotado, os mexicanos assustaram outra vez: Fabián marcou aos 42 do primeiro tempo. Depois da bronca no vestiário, Sobis, Damião e Giuliano decretaram o segundo título da Libertadores, que ainda teve o gol de Bravo nos acréscimos.