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Esportes

- Publicada em 06 de Agosto de 2020 às 17:02

MP-RS denuncia ex-vice-presidente Jurídico do Inter e outras seis pessoas

Fraudes lesaram os cofres colorados em, pelo menos, R$ 260,9 mil

Fraudes lesaram os cofres colorados em, pelo menos, R$ 260,9 mil


NÍCOLAS CHIDEM/JC
O Ministério Público do Rio Grande do Sul informou nesta quinta-feira (6) que ofereceu denúncia contra o ex-vice-presidente Jurídico do Internacional, Marcelo Domingues de Freitas e Castro, que atuou no biênio 2015 e 2016 da gestão de Vitório Piffero. O ex-dirigente é acusado de estelionato, lavagem de dinheiro e por embaraçar investigação relacionada a organização criminosa. Outras seis pessoas também foram denunciadas por envolvimento em acordos fraudulentos, entre elas o ex-jogador da dupla Grenal Christian Correa Dionísio.
O Ministério Público do Rio Grande do Sul informou nesta quinta-feira (6) que ofereceu denúncia contra o ex-vice-presidente Jurídico do Internacional, Marcelo Domingues de Freitas e Castro, que atuou no biênio 2015 e 2016 da gestão de Vitório Piffero. O ex-dirigente é acusado de estelionato, lavagem de dinheiro e por embaraçar investigação relacionada a organização criminosa. Outras seis pessoas também foram denunciadas por envolvimento em acordos fraudulentos, entre elas o ex-jogador da dupla Grenal Christian Correa Dionísio.
Os outros denunciados são Leonardo Laporta Costa, advogado do atleta Danny Bittencourt Morais; Henrique Gershenson, administrador de empresas; Georgio Chies, gerente de empresas; e as advogadas Sinara Farias Lorenz e Kelly Cristina Rodrigues Fonseca.

Caso Danny Morais

Conforme investigação decorrente da Operação Rebote, entre os dias 16 de julho e 26 de agosto de 2015, o então vice-presidente Jurídico do clube, Marcelo Castro, em acordo com Leonardo Laporta Costa, induziu o Inter em erro e obteve, para si, em decorrência dessa conduta, a quantia de R$ 138.750,00. Os denunciados combinaram e colocaram no acordo firmado pelo Colorado com Danny Morais uma cláusula fraudulenta, no montante de R$ 138.750,00, supostamente a ser paga ao jogador, mas destinada a um intermediário, induzindo o clube em erro a fim de propiciar que a referida quantia fosse, em um momento posterior, repassada, por meio de terceiro, a empresas administradas pelo próprio Castro.
Além disso, conforme o MP-RS, entre 31 de janeiro e 22 de fevereiro de 2018, Marcelo Castro, Henrique Gershenson e Leonardo Laporta Costa embaraçaram a investigação, levada a efeito pelo órgão, sobre possível organização criminosa estabelecida na gestão do Inter, em 2015 e 2016, ao utilizar artifícios fraudulentos, como a falsificação e posterior utilização de recibo falso (para tentar justificar a fraude efetivada com os acordos trabalhistas).

Caso Christian

Outro caso que gerou as denúncias envolvem uma reclamatória trabalhista do ex-centroavante Christian. Segundo o MPR-RS, entre os dias 10 de junho e 7 de agosto de 2015, Marcelo Castro e o empresário e ex-jogador Christian Correa Dionísio induziram o clube ao erro nos autos de uma reclamatória trabalhista movida pelo próprio ex-atleta. Nesta ação fraudulenta, Marcelo Castro, agindo em concurso com o ex-atleta, obteve para si, em prejuízo ao Internacional, R$ 70 mil, em desvio similar ao que envolveu o acordo firmado com o atleta Danny Morais.
Neste mesmo caso, a lavagem de dinheiro se deu por meio do gerente de empresa Georgio Chies. Para que o valor obtido de maneira ilícita não integrasse diretamente o patrimônio do ex-dirigente e nem transitasse de forma imediata por contas bancárias a ele vinculadas, Marcelo Castro incumbiu Christian a repassar os R$ 70 mil para Georgio Chies, que redirecionou o montante à empresa vinculada a Marcelo Castro.

Caso Lorenz & Fonseca Advogados Associados

Entre 1° de abril de 2015 e 9 de março de 2016, Marcelo Castro e as advogadas Sinara Farias Lorenz e Kelly Cristina Rodrigues Fonseca, por meio de acerto prévio e da inclusão de cláusula e artifícios financeiros no contrato de prestação de serviços de consultoria jurídica ao Internacional, induziram o clube em erro. Nesta ação, Marcelo Castro obteve pelo menos R$ 52.160,00 em prejuízo do Sport Club Internacional ao concretizar uma espécie de "rachadinha". Dos honorários recebidos pelas advogadas, parte era direcionada ao então dirigente como contrapartida pela indicação.
Mais uma vez, era por meio do gerente de empresas Georgio Chies que o dinheiro retornava para Freitas e Castro. “O denunciado Georgio Chies contribuiu para a prática delituosa ao agir, de forma deliberada e combinada, como operador financeiro de Marcelo Domingues de Freitas e Castro, utilizando a conta corrente pessoal para, em um primeiro momento, receber os valores repassados por Sinara Farias Lorenz e Kelly Cristina Rodrigues Fonseca, e, ato contínuo, redirecioná-los a empresas vinculadas a Marcelo”, escreveu o promotor de Justiça da Promotoria Especializada Criminal, Flávio Duarte.
Diante dos fatos, o Ministério Público ofereceu denúncia contra Marcelo Domingues de Freitas e Castro e Leonardo Laporta Costa por estelionato, lavagem de dinheiro e embaraço a investigação relacionada a organização criminosa. Henrique Gershenson vai responder por lavagem de dinheiro e embaraço a investigação relacionada a organização criminosa. Christian Correa Dionísio, Sinara Farias Lorenz e Kelly Cristina Rodrigues Fonseca foram denunciados por estelionato e lavagem de dinheiro. Pesa contra Georgio Chies o crime de lavagem de dinheiro.
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