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Esportes

- Publicada em 29 de Junho de 2020 às 20:36

Inter recebe com estranhamento pedido de revisão de área doada em Guaíba

Iluminação da fachada do CAFF já faz parte das contrapartidas do clube

Iluminação da fachada do CAFF já faz parte das contrapartidas do clube


/PRISCILA ELY/ASCOM/SGGE
Deivison Ávila
O pedido de investigação sobre a doação de uma área no município de Guaíba ao Inter causou estranheza à direção do clube. De acordo com a bancada do Partido Novo, que enviou documento com a solicitação ao Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), o objetivo é apurar se houve irregularidade na transferência da área pública. A ideia da direção colorada é juntar esforços para o início da construção de um novo centro de treinamentos no terreno no município vizinho.
O pedido de investigação sobre a doação de uma área no município de Guaíba ao Inter causou estranheza à direção do clube. De acordo com a bancada do Partido Novo, que enviou documento com a solicitação ao Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), o objetivo é apurar se houve irregularidade na transferência da área pública. A ideia da direção colorada é juntar esforços para o início da construção de um novo centro de treinamentos no terreno no município vizinho.
O processo de transferência da área teve início em 2014, e foi concretizado no ano passado. Os deputados Fábio Ostermann e Giuseppe Riesgo, do Novo, apresentaram um ofício ao MP que aponta indícios de irregularidades na operação, aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador Eduardo Leite em novembro de 2019. Uma das alegações da bancada é o valor da área de 90 hectares. Na proposta inicial, o imóvel estava avaliado em R$ 16,6 milhões. Na última auditoria contratada pelo Colorado, a área foi avaliada em R$ 56,9 milhões.
O valor agregado ao terreno não condiz com o estipulado no início do processo, em 2014. Desde lá, o clube passou por três gestões - Giovanni Luigi, Vitorio Piffero e Marcelo Medeiros.
João Patrício Hermann, vice-presidente colorado, faz questão de enfatizar que esse assunto já foi explicado à exaustão e que a área recebida pelo clube não pode ser vendida. "Não me interessa se ele vale R$ 1 milhão ou R$ 100 milhões. O terreno não pode ser vendido. Essa doação de área passou por três governos, Tribunal de Contas, Assembleia Legislativa, em diversas instâncias. Esse assunto está muito bem resolvido no clube, inclusive já foram pagas as contrapartidas acordadas em contrato", afirma, Hermann.
Segundo o documento firmado entre o Inter e o Estado, o clube deve aplicar 20% do valor do imóvel - R$ 3,3 milhões - na reforma de escolas públicas, além de fornecer novos equipamentos de iluminação e mão de obra para as fachadas do Palácio Piratini e do Centro Administrativo (CAFF).
De acordo com o vice-presidente de Patrimônio do Inter, Marcelo Poloni, já foram executadas as obras referentes à iluminação de duas fachadas do CAFF, e alguns testes na fachada do Piratini. "A escolha das escolas será feita pelo governo do Estado. A partir daí, vamos orçar e executar as obras. Outra contrapartida será a melhoria de campos de futebol em Guaíba, no valor de R$ 250 mil", conta.
Hermann explicou, também, que o Inter já investiu cerca de R$ 4 milhões no terreno em projetos e liberações, já realizou algumas das contrapartidas, e arcou com aluguéis no valor de R$ 75 mil até o final do passado. "O Inter contratou uma auditoria que fez uma avaliação dos ativos do clube. A partir desta vistoria e quando o clube estiver usando realmente o local, a pleno vapor, este valor será o apontado no balancete", explica o vice-presidente.
A direção lembra, ainda, que nos 90 hectares cedidos por lei, o Inter pode construir em apenas 20%, por se tratar de uma região preservada. O terreno fica na mesma linha do CT Parque Gigante, do outro lado do lago.
Segundo a assessoria de imprensa do MP-RS, o pedido está sob análise de dados na secretaria do órgão. O próximo passo é a distribuição para alguma promotoria, que definirá se a pauta realmente merece ter sequência.
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