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Esportes

- Publicada em 17 de Junho de 2020 às 03:00

Times da Serra reavaliam o planejamento de retorno

Campeão do primeiro turno, Caxias busca repetir o feito para faturar o Estadual

Campeão do primeiro turno, Caxias busca repetir o feito para faturar o Estadual


/CAXIAS/FACEBOOK/DIVULGAÇÃO/JC
Deivison Ávila
Incerteza é a principal palavra que acompanha os clubes do Interior do Estado em meio à pandemia do novo coronavírus, visando a volta do Campeonato Gaúcho. Com o anúncio da mudança da bandeira laranja para a vermelha feito pelo governador Eduardo Leite, no último final de semana, na Serra gaúcha, os clubes da região precisaram parar ou reprogramar o planejamento de retomada das atividades. O Caxias, por exemplo, já havia reiniciado os treinamentos e teve que suspendê-los. O Esportivo estava programado para voltar nesta semana, assim como o Juventude, que já havia testado o elenco para a Covid-19 e retomaria os trabalhos nesta segunda-feira.

Incerteza é a principal palavra que acompanha os clubes do Interior do Estado em meio à pandemia do novo coronavírus, visando a volta do Campeonato Gaúcho. Com o anúncio da mudança da bandeira laranja para a vermelha feito pelo governador Eduardo Leite, no último final de semana, na Serra gaúcha, os clubes da região precisaram parar ou reprogramar o planejamento de retomada das atividades. O Caxias, por exemplo, já havia reiniciado os treinamentos e teve que suspendê-los. O Esportivo estava programado para voltar nesta semana, assim como o Juventude, que já havia testado o elenco para a Covid-19 e retomaria os trabalhos nesta segunda-feira.

Decreto anunciado, planos suspensos. Assim está sendo os últimos três meses dos gestores dos principais clubes do Rio Grande do Sul. Para o presidente do Esportivo, Laudir Piccoli, as alterações frequentes atrapalham qualquer tipo de ação para que as equipes retornem às atividades. Em tom de desabafo, o mandatário da equipe de Bento Gonçalves acredita que o futebol possa ser liberado no contexto atual. "É só seguir todos os protocolos médicos e critérios sanitários definidos, como alguns clubes já vem adotando. E com os portões fechados quando os jogos voltarem", cita.

O Esportivo dispensou os jogadores, manteve o pagamento de 30% dos salários de todo o elenco e teve a baixa de apenas três atletas. As categorias de base e os funcionários do clube estão com as atividades suspensas. "Com os atletas espalhados por todo o País, estamos aguardando uma decisão precisa para chamar os jogadores de volta. Imagina o custo com passagens para convocar todos os atletas e não poderem treinar", conta Piccoli.

Já o presidente do Caxias, Paulo Cesar Santos, lamenta ter que suspender os treinos que haviam sido retomados há menos de uma semana até o anúncio feito pelo governador. Com todos os atletas com resultados negativos para o coronavírus, o elenco campeão do primeiro turno já havia iniciado os treinamentos físicos para a retomada do Gauchão. "O planejamento fica bem prejudicado. A gente acreditava que com 45 dias de trabalho, estaríamos com o condicionamento próximo da normalidade. Somado ao conhecimento de jogo do grupo, poderia ser o grande diferencial do Caxias. Agora, estamos aguardando as nossas forças políticas para saber os próximos passos. Seria imprescindível a retomada do trabalho na próxima semana", afirma o mandatário grená.

Santos diz não ter dúvidas que haverá um desequilíbrio físico e técnico com a dupla Grenal tendo retomado os treinamentos a mais de seis semanas. Em relação às finanças do clube, a direção vem elaborando juntamente com antigos presidentes, soluções que possam incrementar os cofres. "Estamos trabalhando com um planejamento de três em três meses. Negociamos salários com os atletas e conversamos com os funcionários que entenderam o atual momento. Hoje (terça-feira), estive reunido com o ex-presidente Nelson D'Arrigo e estamos lançando a campanha 'Honradores da História', na qual torcedores poderão participar doando de R$ 20,00 a R$ 20 mil para auxiliar às finanças", adianta. Santos acredita que é possível sim, um retorno do futebol seguindo todos os protocolos propostos pela FGF.

O Juventude deveria ter retomado os treinos nesta segunda-feira, mas a mudança do Distanciamento Controlado vetou os planos da Papada. O presidente Walter Dal Zotto Júnior diz que compreende e acata a decisão, ficando no aguardo de uma melhora para voltar aos treinamentos. Ele crê que é viável o retorno do Gauchão dentro dos rigorosos critérios e protocolos de saúde acordados entre a FGF, clubes e governo estadual.

"Com muita cautela acima de tudo e preservando a vida de atletas e profissionais. Se comprovar que tem condições de fazer um campeonato, já que se precisa só de uma semana para terminar a fase classificatória, eu acho viável", aponta. A ideia do clube é que logo que se encerre o Estadual, se inicie a disputa da Série B, competição mais importante do ano de acordo com o mandatário.

"Neste momento não temos quer pensar em desequilíbrio físico ou técnico. Temos que pensar apenas em concluir a competição da forma mais viável que se encontrar. Se a forma for essa, na qual alguns clubes terão menos tempo de preparação, é a forma que se encontrou, infelizmente. Nesse momento, temos que pensar no todo e não no individual", pondera Dal Zotto.

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