As marcas da pandemia do novo coronavírus no futebol vão ficando mais claras à medida que os números são contabilizados pelos clubes. O Inter fechou os números do primeiro quadrimestre do ano e cravou déficit de R$ 51 milhões. Os números e o futuro do clube foram detalhados em live no
Instagram do Jornal do Comércio pelo vice-presidente colorado, Alexandre Chaves Barcellos.
O valor estava no plano orçado em 2019 para este ano, mas a diretoria buscava reduzir em até R$ 8 milhões."Com a pandemia, foi tudo por água abaixo", resumiu o vice-presidente colorado, Alexandre Chaves Barcellos.
O dirigente fez a
primeira rodada do Grenal da Pandemia. Nesta quinta-feira (18), às 19h,
o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Junior, participa da segunda live, para abordar também a situação financeira do clube, além da expectativa pelo retorno dos jogos.
O período do primeiro quadrimestre provavelmente ainda não traz o rombo maior que deve se seguir no ano. Barcellos observa que a cifra já estava no plano orçamentário para a largada de 2020, pois o ano começa mais fraco para os times. Os campeonatos principais que geram mais receita geram mais retorno no segundo semestre e reta final do ano.
Mas o Colorado, comenta o vice-presidente, buscava reduzir o rombo ainda no primeiro quadrimestre. Até março, o desempenho vinha bem, diz ele. "Orçamos R$ 51 milhões, mas o déficit seria menos de R$ 43 milhões ou R$ 44 milhões, com os ingressos que vinham bem", contabiliza.
A pandemia que provocou suspensão de campeonatos interrompeu o fluxo de dinheiro de transmissões e bilheteria (o Inter detém a gestão do beira-Rio) e comprometeu a renda dos sócios.
O balanço foi avaliado na noite dessa segunda-feira (15) em reunião do Conselho Deliberativo. A peça não precisa ser votada. Apenas o balanço anual é submetido aos conselhos do clube.
A volta dos jogos, como a tentativa de terminar o campeonato Gaúcho, ainda tem data incerta devido à situação da pandemia no Rio Grande do Sul. Os times, como Inter e Grêmio, estão fazendo treinos individuais ou duplas, mas sem contato e aplicando controles sobre exposição de jogadores e demais integrantes da comissão técnica, com testagens periódicas.