O advogado dos irmãos Ronaldinho Gaúcho e Roberto de Assis Moreira, Sérgio Queiroz, afirmou que a prisão dos dois em Assunção, no Paraguai, é "abusiva e ilegal". Em coletiva, concedida ontem na capital paraguaia, o defensor da dupla qualificou a decisão de sábado da juíza Clara Ruíz Díaz, que acatou o pedido do Ministério Público e determinou a prisão de ambos, como "rasgar a legislação paraguaia".
O ex-jogador e seu irmão e empresário foram detidos na última quarta-feira, portando passaportes paraguaios falsos. A dupla permanece detida no complexo da Agrupação Especializada da Polícia Nacional do Paraguai, onde estão desde sexta-feira, após pedido de detenção pela Procuradoria Geral.
Segundo o advogado, os passaportes teriam sido oferecidos à dupla como forma de facilitar negócios no país, e teriam sido aceitos de boa fé. Na visão de Queiroz, deveria estar sendo respeitada a primeira decisão da promotoria, ainda na quinta-feira, que havia considerado aplicável, para Ronaldinho e Assis, o chamado "critério de oportunidade". O recurso livra do processo suspeitos que admitem a infração, colaboram com a investigação e não têm antecedentes criminais.
Na sexta, porém, o juiz Mirko Valinotti, do Juizado Penal de Garantias de Assunção, não aceitou a recomendação. Com isso, o caso foi para a Procuradoria Geral, que pediu a prisão preventiva do astro do futebol e de seu irmão.
O promotor também solicitou a prisão da Dalia López, empresária paraguaia responsável pelo convite para Ronaldinho viajar ao Paraguai. Antes, Wilmondes Sousa Lira, brasileiro de 45 anos, foi preso por ter fornecido os documentos falsos aos ex-jogadores.