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Esportes

- Publicada em 05 de Fevereiro de 2020 às 20:38

Inter quer fazer da paixão da torcida uma fonte de recursos

Para Pires, é graças ao quadro social que o time consegue ser competitivo

Para Pires, é graças ao quadro social que o time consegue ser competitivo


MARCO QUINTANA/JC
Deivison Ávila
Aproximar o Inter ainda mais do torcedor. Este é um dos principais desafios da atual gestão do clube. Depois de tempos nebulosos com a queda para a segunda divisão, em 2016, o Colorado volta a se consolidar como time dentro de campo e como marca no mercado. Conforme o vice-presidente de Marketing, Nelson Pires, a existência do clube se deve única e exclusivamente à participação da torcida. "A gente só tem o tamanho que tem e consegue ser competitivo graças ao quadro social", destaca.
Aproximar o Inter ainda mais do torcedor. Este é um dos principais desafios da atual gestão do clube. Depois de tempos nebulosos com a queda para a segunda divisão, em 2016, o Colorado volta a se consolidar como time dentro de campo e como marca no mercado. Conforme o vice-presidente de Marketing, Nelson Pires, a existência do clube se deve única e exclusivamente à participação da torcida. "A gente só tem o tamanho que tem e consegue ser competitivo graças ao quadro social", destaca.
A principal novidade neste início de ano foi a chegada da nova fornecedora de material esportivo. A Adidas desembarca pela terceira vez no Beira-Rio com um contrato de três anos, com a possibilidade de extensão por mais dois. E, desta vez, com uma composição nova de negócio. No antigo modelo, o Inter recebia um valor fechado. Agora, a alemã fornece 40 mil peças/ano para todas as categorias, além de royalties em cima de cada venda.
"A projeção para esse ano foi feita em cima das vendas do ano passado. Foram 270 mil peças. Trouxemos esse número para 2020, achamos um valor médio e multiplicamos pelo royalty. Isso gera uma quantia que se soma as 40 mil peças e se tem um novo valor", explica Pires. Por ser uma marca nova, a tendência é de uma performance melhor.
"A coleção é linda e oferece ao torcedor 27 novos produtos, mais seis itens. Além das camisas 1 e 2, calções, meias e agasalhos, a Adidas inclui bolas, mochilas, bonés, entre outros produtos. Somos conservadores no orçamento e não fomos agressivos nas projeções, mas estamos otimistas nas vendas", acrescenta.
Uma novidade nas camisas da Adidas é que o material utilizado pelo atleta é o mesmo vendido nas lojas. A terceira camisa deve ser lançada em setembro, e Pires avisa que o clube será levemente disruptivo, mas sem fugir de sua história e cultura. As vendas dos novos itens tiveram início em 6 de janeiro e foram vendidas mais de 25 mil camisetas e calções adultos e infantis, superando em 30% os números do lançamento de 2019.
O futebol feminino também prevê crescimento em 2020. No ano passado, as gurias renderam um Top of Marketing da ADVB. Para Pires, o futebol praticado pelas mulheres será um dos maiores crescimentos do ponto de vista do marketing, na medida em que, a cada ano, aumenta o número de pessoas nos estádios. "Ano passado, conseguimos captar três novos patrocínios para as gurias e, neste ano, já temos movimentações. As marcas descobriram o futebol feminino", revela. Para ele, as mulheres atraem famílias com mais facilidade. É um tamanho de público diferente, mas fiel e engajado.
Primeiro clube brasileiro a atingir e superar a marca de 100 mil sócios, o Inter segue em busca de novas marcas no quadro associativo. Hoje são 120.880 associados. Deste total, 27.523 são mulheres, com 81 no exterior. Os homens são 93.230, sendo 421 fora do País. A ideia da direção é aumentar cada vez mais estes números para que o departamento de futebol possa formar equipes ainda mais competitivas.
"O torcedor colorado é apaixonado e fiel. Ele é uma referência nacional. Se conseguirmos ampliar um pouco mais nosso quadro social, que seja para 150 mil, nós teremos R$ 40 milhões a mais nos cofres. O torcedor precisa conectar a ideia de que a cada cinco mil sócios é mais dinheiro para a chegada de um craque e para montar um time competitivo. Se conseguirmos encaixar essa engrenagem, elevamos o Inter a um patamar entre os principais clubes do País sempre", projeta.
Dentro deste contexto de ações para aproximar o torcedor da instituição, no ano passado, o marketing colorado redesenhou a relação com o sócio. O clube de Vantagens não é uma novidade, mas, desta vez, o Inter quis pensar algo maior e mais sólido. "A ideia é retribuir o amor que o torcedor tem pelo clube. Sabemos que não é fácil pagar uma mensalidade todo mês. Então, pensamos uma forma de o torcedor pagar ganhando descontos. Foi feita uma parceria com uma plataforma de empresas, a mesma detentora do Rock in Rio, com mais de três mil estabelecimentos comerciais conectados, disponibilizando descontos e cupons que podem chegar até 30% do valor das mercadorias", explica Pires.
"O Clube de Vantagens transformou o investimento em ser sócio em uma oportunidade de colaborar com o Inter e ganhar dinheiro", resume. Além disso, o sócio pode acumular pontos e trocar por produtos ou experiências. Aliás, em breve, o Inter passará a criar material exclusivo para o associado. Serão câmeras ligadas quase que 24 horas para acompanhar os atletas e aproximar a torcida da vivência diária do Inter.
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