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campeonato brasileiro

- Publicada em 25 de Abril de 2019 às 22:15

Hegemonia financeira contra a criatividade

Em um campeonato cada vez mais dividido entre os que têm dinheiro e os que precisam ser criativos para formar elencos competitivos, o Brasileirão 2019 se apresenta com dois blocos bem distintos. De um lado, dez clubes brigam por uma vaga na Libertadores, podendo, quem sabe, surpreender na ponta de cima da tabela, com alguns deles postulando ao título. No outro lado, um grupo formado por elencos medianos, sem muita receita, que luta para ser manter entre os grandes. Neste cenário, 20 clubes iniciam neste final de semana a disputa pelo título ou pela permanência na elite do futebol nacional.
Em um campeonato cada vez mais dividido entre os que têm dinheiro e os que precisam ser criativos para formar elencos competitivos, o Brasileirão 2019 se apresenta com dois blocos bem distintos. De um lado, dez clubes brigam por uma vaga na Libertadores, podendo, quem sabe, surpreender na ponta de cima da tabela, com alguns deles postulando ao título. No outro lado, um grupo formado por elencos medianos, sem muita receita, que luta para ser manter entre os grandes. Neste cenário, 20 clubes iniciam neste final de semana a disputa pelo título ou pela permanência na elite do futebol nacional.

Grêmio

Nas mãos de Renato Portaluppi, o Tricolor até cometeu alguns deslizes neste início de ano, mas rapidamente acertou o foco e já desponta como candidato a título em toda competição que disputar. Alicerçado com a melhor defesa da América do Sul - Geromel e Kannemann -, o grupo foi mantido para 2019, com a saída de peças que não vinham acrescentando. Além disso, teve o reforço de Felipe Vizeu e Diego Tardelli para o ataque.

Athletico-PR

Atual campeão da Sul-Americana, o Furacão destoa nos demais, já que disputou o regional com o time sub-23. Mesmo assim, conquistou o título, e o time principal faz um bom início de ano na Libertadores. Após perder o atacante Pablo, a direção buscou Marco Ruben na Argentina, além de manter boa parte do time campeão na última temporada. Destaque para o comando técnico de Tiago Nunes.

Avaí

Com o objetivo de se manter na elite e dar fim ao "efeito ioiô", em que fica oscilando entre as séries A e B, o time de Florianópolis confia na experiência do técnico Geninho. O clube foi atrás do meia Douglas, dispensado pelo Grêmio, para ser seu camisa 10. Na zaga, o rodado e experiente Betão. Na frente, o atacante Daniel Amorim vem se destacando na artilharia, entre os maiores do Brasil.

Inter

Após um surpreendente 3º lugar na última edição, o Colorado chega para brigar na ponta de cima. Com Odair Hellmann no comando do time há quase um ano e meio, a direção tenta reforços pontuais, somados a alguns jogadores mais jovens (casos de Sarrafiore e Nonato), além dos experientes Paolo Guerrero e Rafael Sobis. A única dúvida que fica é se o grupo conseguirá se manter em alto nível em mais de uma competição.

Atlético-MG

O Galo teve um início de ano conturbado. Demitiu o treinador Levir Culpi, perdeu o regional para o maior rival e foi eliminado ainda na fase de grupos da Libertadores. Em busca de um novo comandante, contratou Rui Costa como gerente de futebol. Com um elenco envelhecido e com jogadores que ainda são promessas, a equipe depende da inspiração do meia Elias e do experiente Ricardo Oliveira.

Botafogo

Entre os cariocas, o Fogão é o que mais preocupa. Sem conseguir decolar no regional, o técnico Zé Ricardo foi demitido e a opção foi caseira: Eduardo Barroca, da base, foi anunciado como novo treinador. Eliminado na Copa do Brasil, o clube voltará o foco totalmente para o Nacional e ainda está no mercado em busca de reforços para não ter mais problemas. Diego Souza é o destaque técnico do elenco.

Goiás

A aposta no jovem técnico Maurício Barbieri, ex-Flamengo, foi por água abaixo após a perda do Campeonato Goiano. Para o seu lugar, foi contratado o esforçado Claudinei Oliveira, reconhecido por recuperar elencos. Dentro de campo, nomes que participaram do acesso se somam a atletas com rodagem pelo País, como o meia Marlone, o lateral Marcelo Hermes e o atacante Giovanni Augusto.

Cruzeiro

A Raposa também surge como uma das principais forças do Brasil. Ainda invicta na temporada, se mantém há alguns anos sob a tutela de Mano Menezes. A única baixa neste ano foi Arrascaeta, vendido ao Flamengo. Entretanto, o elenco segue forte com o goleiro Fábio, o meia Thiago Neves e o atacante Fred, um dos artilheiros do País em 2019. Recentemente, a direção buscou Pedro Rocha no futebol russo.

São Paulo

Depois de um início de temporada claudicante, a chegada do técnico Cuca parece ter dado um Norte para o Tricolor do Morumbi. Mesmo que tenha perdido a final do Paulistão, o time se consolidou com a entrada de alguns jovens da base que já conquistaram espaço na equipe. Somam-se a eles o experiente capitão Hernanes e Alexandre Pato, vindo do futebol chinês.

Bahia

O time baiano decidiu mudar o comando técnico neste início de ano. Após alguns vacilos de Enderson Moreira, a direção foi em busca de Roger Machado, de perfil tático e futebol propositivo. A dúvida que fica é se ele terá peças para colocar em prática o seu estilo. No elenco, nomes com passagens por diversos clubes que ainda buscam afirmação. O experiente atacante Gilberto se destaca.

Corinthians

O retorno do técnico Fábio Carille parece ter devolvido o espírito aguerrido e a capacidade de saber sofrer tão aplicados nos últimos anos. Assim, o Timão conquistou o Paulistão e promete muita entrega neste Brasileirão. Com um elenco enxuto e nomes sem muito brilho, o clube aposta no entrosamento de atletas que atuam juntos há um bom tempo - casos de Fágner, Ralf, Jadson -, na experiência de Vagner Love e no faro de Gustagol.

Flamengo

O rubro-negro conquistou o Carioca sem fazer esforço. Mesmo que Abel Braga ainda não tenha encontrado a formação ideal, não faltam peças para construir um time forte. Com reforços como Arrascaeta, Gabigol e Bruno Henrique para o ataque, o setor defensivo ainda parece frágil. Mesmo assim, o Mengão desponta com elenco qualificado para disputar mais de uma competição paralelamente.

Palmeiras

Um dos mais fortes e valiosos elencos do País: assim o Verdão chega mais vez como principal postulante ao título nacional. Atual campeão, o time comandado pelo experiente Luiz Felipe Scolari manteve a mesma base de 2018 e ainda se reforçou com peças como Ricardo Goulart, vindo do milionário futebol chinês. Bruno Henrique, Felipe Melo e Dudu são nomes fortes do grupo alviverde.

Santos

Reconhecido por apostar em pratas da casa, o Peixe ousou e foi atrás do técnico argentino Jorge Sampaoli. Após um bom trabalho no Paulistão, o treinador já deu sua cara à equipe, encontrando boas peças dentro do elenco. Além disso, foi em busca do lateral-esquerdo Jorge, formado pelo Flamengo, e que não se adaptou ao futebol francês. Já vendido ao Real Madrid, Rodrygo faz sua última temporada no clube.

Fortaleza

O grande nome do Tricolor de Aço está no banco de reservas. Após devolver o time para a Série A no ano do centenário do clube, Rogério Ceni renovou seu vínculo e promete uma equipe aguerrida para se manter na elite do futebol nacional. Dentro do elenco, uma mescla de jogadores do grupo que ascendeu à primeira divisão e a chegada de experientes jogadores, como os atacantes Wellington Paulista e Osvaldo.

CSA

O Azulão retorna ao convívio dos grandes após 31 anos. A direção do atual campeão alagoano buscou reforços para o técnico Marcelo Cabo, responsável pela subida à Série A no ano passado. Entre os contratados estão jogadores com rodagem pelo País, como o lateral Apodí e o meia Madson. O grande objetivo do time de Maceió é se manter na Série A - para isso, conta com o meia Didira, que participou dos três acessos do clube em sequência.

Vasco

A derrota na final do Carioca para o Flamengo provocou a demissão do técnico Alberto Valentim, que ainda não tem substituto. Sem grandes contratações, a direção trouxe o meia-atacante Valdívia, ex-Inter, para repor a saída de Thiago Galhardo. Destacam-se no elenco a qualidade de Leandro Castán, a dedicação de Yago Pikachu e a experiência do argentino Maxi López.

Chapecoense

Os últimos dois anos foram difíceis para o Índio Condá. Ainda buscando o equilíbrio na reconstrução após a tragédia de 2016, o clube brigou contra o rebaixamento nas últimas duas edições. Para tentar uma campanha mais digna, buscou o experiente técnico Ney Franco. O rodado zagueiro Gum, ex-Fluminense, o meia Márcio Araújo, ex-Flamengo, e o atacante Rildo, ex-Vasco, são nomes que podem agregar ao elenco.

Ceará

A grande campanha comandada pelo técnico Lisca na manutenção do Vovô na Série A não resistiu à derrota na final do Campeonato Cearense para o rival Fortaleza. O folclórico treinador foi demitido e o escolhido para substituí-lo foi Enderson Moreira. A base do ano passado foi mantida. Para tentar marcar mais gols, a direção investiu em Roger, ex-Corinthians, Inter e Ponte Preta.

Fluminense

Depois de um início de ano desacreditado, o Tricolor das Laranjeiras resgatou um pouco de brilho com a chegada do meia Paulo Henrique Ganso. À beira do gramado, o técnico Fernando Diniz, reconhecido por um estilo de futebol que valoriza a troca de passes e não faz ligação direta, parece ter se encaixado bem. Outro nome que agrega ao time é o retorno do atacante Pedro, que volta após grave lesão.