Integrantes do Corpo de Bombeiros, da prefeitura do Rio de Janeiro, da Polícia Civil, da Defensoria Pública e do Ministério Público estaduais fizeram ontem uma vistoria no Centro de Treinamento George Helal, o Ninho do Urubu. O CT do Flamengo, na Zona Oeste da capital fluminense, pegou fogo na semana passada. Dez atletas das categorias de base morreram.
Foram mais de três horas de fiscalização para verificar se é necessária a interdição total do local. Com a vistoria, os especialistas esperam identificar possíveis irregularidades no local. As condições das instalações e os serviços oferecidos no local também seriam analisados. A 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) investiga a tragédia. Os especialistas chegaram por volta das 10h e deixaram o Ninho do Urubu depois das 13h. A imprensa não pôde acompanhar a vistoria.
A tragédia ocorreu por volta das 5h do dia 8 de fevereiro, momento em que a maioria dos jovens dormia. Três atletas conseguiram escapar com vida e foram hospitalizados com queimaduras e dificuldades para respirar.
A prefeitura do Rio informou que a área de alojamento atingida não consta do último projeto aprovado pela área de licenciamento cuja data é de 5 de abril de 2018. O documento diz ainda que "em nenhum pedido feito pelo Flamengo existe a presença de um alojamento na área em questão".
Ainda segundo a prefeitura, a área está descrita no projeto consta como um estacionamento de veículos e não como um alojamento. Não há registros de novo pedido de licenciamento da área para uso como dormitórios, nem do certificado de aprovação do Corpo de Bombeiros. De acordo com a prefeitura, a ausência do documento impede a concessão do alvará. Por conta disto, a prefeitura multou o Flamengo mais de 30 vezes.