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Esportes

- Publicada em 21 de Dezembro de 2018 às 01:00

MP identifica organização criminosa na administração de Vitorio Piffero

Pellegrini (e), Piffero (c) e Affatato tiveram documentos apreendidos em suas casas e empresas

Pellegrini (e), Piffero (c) e Affatato tiveram documentos apreendidos em suas casas e empresas


MARCO QUINTANA/JC
O Ministério Público do Rio de Grande do Sul (MP-RS) cumpriu 20 mandados de busca e apreensão em residências e empresas de Porto Alegre, Eldorado do Sul e Viamão ligadas a ex-dirigentes do Inter, entre eles o ex-presidente Vitorio Piffero. Os cartolas são investigados por suspeitas de desvio de recursos e diversos outros crimes durante a gestão Piffero, nos anos de 2015 e 2016.

O Ministério Público do Rio de Grande do Sul (MP-RS) cumpriu 20 mandados de busca e apreensão em residências e empresas de Porto Alegre, Eldorado do Sul e Viamão ligadas a ex-dirigentes do Inter, entre eles o ex-presidente Vitorio Piffero. Os cartolas são investigados por suspeitas de desvio de recursos e diversos outros crimes durante a gestão Piffero, nos anos de 2015 e 2016.

Em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira, representantes do MP gaúcho qualificaram a ação dos dirigentes como uma organização criminosa, com braços nos principais setores do clube e com participação direta do ex-presidente. Também são investigados o ex-vice de finanças Pedro Affatato, o ex-vice de administração Alexandre Limeira, o ex-vice de patrimônio Emídio Marques Ferreira, o ex-vice de futebol Carlos Pellegrini e o ex-vice jurídico Marcelo Domingues de Freitas e Castro.

Segundo o MP, as irregularidades englobam desvio de recursos para obras que nunca foram realizadas, superfaturamento de gastos, como a compra de passagens aéreas, e pagamento de propina na contratação de jogadores, além de acordos trabalhistas com jogadores prejudiciais ao clube em favorecimento de terceiros. As suspeitas se tornaram públicas em 2017, após um relatório de uma auditoria contratada pelo clube apontar indícios de irregularidades nas contas.

"O Inter, além de colaborar durante a investigação inteira, é vítima de todos esses fatos. Estávamos diante de uma organização criminosa", afirmou o promotor Flávio Duarte, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

"Não se imagina que cada um dos dirigentes estivesse agindo por conta própria, sem a ciência. Principalmente um presidente que era participante. Participava do futebol, chegou a exercer o cargo na própria gestão. Tinha participação em todas as esferas em que constatamos as fraudes", reforçou o representante do MP.

A atual direção, por meio de uma nota oficial, manifestou apoio às investigações. "Se houver a comprovação dos fatos por ora investigados, a direção irá em busca das medidas legais para o ressarcimento dos recursos aos cofres", acrescentou o clube, através de seu presidente, Marcelo Medeiros.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, o ex-presidente Vitorio Piffero negou as irregularidades. "Eu me dediquei de corpo e alma ao Inter e ser tratado desta maneira pelo clube é um absurdo. Quero que provem qualquer ato da minha gestão que eu tenha praticado e tenha sido desabonatório. Espero que o MP me chame logo. Porque, se eu depender da minha defesa no Inter, não tenho a menor chance", afirmou.

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