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Vinhos e Espumantes

- Publicada em 11 de Novembro de 2021 às 17:11

Enoturismo ganha força no RS e atrai novos visitantes

Perfil do turista que procura as vinícolas gaúchas mudou com a pandemia

Perfil do turista que procura as vinícolas gaúchas mudou com a pandemia


FERNANDO ZANCHETTI/DIVULGAÇÃO/JC
Diego Nuñez
O Brasil se reencontrou com a enologia gaúcha. Não que especialistas espalhados pelo País não conheçam vinhos e espumantes produzidos no Rio Grande do Sul e premiados pelo mundo. A questão é que os recentes eventos mundiais modificaram os hábitos de consumo em diversas cadeias produtivas. Na viticultura não é diferente.
O Brasil se reencontrou com a enologia gaúcha. Não que especialistas espalhados pelo País não conheçam vinhos e espumantes produzidos no Rio Grande do Sul e premiados pelo mundo. A questão é que os recentes eventos mundiais modificaram os hábitos de consumo em diversas cadeias produtivas. Na viticultura não é diferente.
As vinícolas da Serra têm atraído olhares de diversos tipos de turistas: desde o amante e especialista até quem não fazia parte da cultura do vinho. Dentre os produtores locais, o sentimento é unânime: um otimismo latente que escapa pelo brilho dos olhos, pela empolgação nas palavras, pela avidez nos gestos e também pelo crescer dos números.
A pandemia mudou, em maior ou menor grau, a forma com que as pessoas se comportam. A partir de março de 2020, quando foram decretadas, no Brasil, as primeiras medidas contra o coronavírus, as pessoas passaram a ficar mais tempo em casa. Mesmo com as prateleiras cheias após a grande vindima de 2020 - por muitos batizada de 'a safra das safras' - as vinícolas se viram vaziam de visitantes.
A partir do terceiro trimestre de 2020, porém, o cenário mudou. As pessoas começaram a deixar, pouco a pouco, o isolamento social. O distanciamento controlado, mais tarde institucionalizado através de protocolos do governo gaúcho foi, inicialmente, praticado conforme o bom senso de cada um.
Ali havia uma demanda turística reprimida. O turista, confinado, ansiava pela rotina de viagens, de conhecer lugares, pessoas e, principalmente, experiências. Em um contexto de pandemia, passou a se priorizar destinos com roteiros a céu aberto, com menos pessoas e espaços amplos. Foi então que começou o 'boom' no enoturismo da Serra.
"Antes da pandemia, em março do ano passado, nós recebíamos de 600 a 800 pessoas por mês. Agora, a partir de junho de 2021, recebemos até 3,5 mil. Teve um final de semana que eu fui para a vinícola, enquanto ainda estava tudo meio parado, e encontrei um mar de carros na frente. Já ao meio-dia tivemos que fechar para novos visitantes. Longe de querer comemorar qualquer coisa, mas os últimos tempos foram fantásticos para o setor do vinho e para o enoturismo da região. Em um, dois anos, conseguimos evoluir o que teríamos levado 20 para atingir", afirma Daniel Panizzi, diretor da vinícola Don Giovanni, de Pinto Bandeira.
O público não apenas aumentou, como se diversificou. A serra gaúcha, após o início da pandemia, passou a receber dois novos tipos de público. Um é o turista que já está inserido no mundo viticultor, conhece e ama vinhos e espumantes, mas que tinha como principal destino outros países do mundo - em se tratando de vinhos, nações europeias produtoras, como Espanha, França, Itália e Portugal - e, com o fechamento das fronteiras ao redor do mundo, se viu obrigado a encontrar novas rotas.
"A gente percebeu crescimento e retomada do turismo de forma gradativa. Um dos movimentos é não só local, das pessoas que já moram próximas, que tiveram um olhar de descoberta para as coisas da própria terra, que eventualmente nunca tinham percebido. Mas muitas pessoas também, não só daqui, mas do Brasil, que por essa questão de limitação geográfica por conta da Covid-19 tiveram que descobrir algo à altura, encontraram aqui" afirma Patricia Carraro, da vinícola Lidio Carraro, que fica no Vale dos Vinhedos.
Outro tipo de público é formado por aqueles que estavam de fora da cultura do vinho, não especialistas, mas que se interessaram e passaram a visitar a Serra, seja por excursões, de carro, vindos de todo o Rio Grande do Sul ou mesmo de localidades fora do Estado.
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