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Especiais#SIAL

conjuntura

- Publicada em 26 de Outubro de 2018 às 17:20

Entidades projetam desafios para mercado de alimentos e bebidas no Rio Grande do Sul

Encontro de Petry com o embaixador reforçou necessidade de valorizar imagem gaúcha

Encontro de Petry com o embaixador reforçou necessidade de valorizar imagem gaúcha


PATRÍCIA COMUNELLO /ESPECIAL/JC/
O Salão Internacional da Alimentação (Sial) mal terminou e as entidades já projetam desafios e mais trabalho em busca de mercados e qualificação de produtos. Da França, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e o Sebrae-RS trazem na bagagem modelos como o francês, que combina impulso a qualidade, certificações e desenvolvimento de potenciais locais, tanto para gerar divisas como para reforçar as redes locais de produção.
O Salão Internacional da Alimentação (Sial) mal terminou e as entidades já projetam desafios e mais trabalho em busca de mercados e qualificação de produtos. Da França, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e o Sebrae-RS trazem na bagagem modelos como o francês, que combina impulso a qualidade, certificações e desenvolvimento de potenciais locais, tanto para gerar divisas como para reforçar as redes locais de produção.
As empresas brasileiras realizaram 13,3 mil contatos com compradores de diversos países, somando US$ 2,3 bilhões ou quase R$ 9 bilhões, segundo a Apex-Brasil. No resultado estão exportadores de carne bovina, frango, doces e chocolates, biscoitos e massas, arroz, frutas, cachaça, mel, laticínios, café, e vinho, assim como produtos orgânicos e étnicos brasileiros.
O presidente da Fiergs, Gilberto Petry, avaliou que a participação do Estado e do Brasil na edição do Sial foi a melhor em 20 anos, desde a primeira participação brasileira. O salão ocorre a cada dois anos. "O estande brasileiro coletivo estava muito bonito, com sinalizações indicando os vários pontos onde estavam as empresas”, observa Petry. Este ano foram 166 expositores, em parceria com Apex-Brasil e Confederação Nacional da Indústria (CNI) e as federações. Quarenta e cinco empresas participaram, além de iniciativas com segmentos de carnes, que fazem uma ação específica.
Petry citou que muitas empresa gaúcha indicaram contatos para abrir mercado na África e no Oriente Médio. “Há boas perspectivas de mercado e ampliação para quem já está no comércio internacional”, afirma o dirigente. Após a Sial, o presidente da Fiergs começa a focar a feira de Hannover, que é a principal em tecnologia industrial, mas antes devem ser intensificadas as ações de promoção para buscar mais relacionamento.
“Quem vem para o salão volta com ideias que podem mudar produtos mesmo que seja para o mercado interno”, projeta Petry. Na Hannover, que vai ser mais cedo, em abril, a Fiergs deve organizar a missão brasileira.
A necessidade de valorizar a imagem gaúcha foi reforçada em encontro de Petry com o embaixador do Brasil na França, Paulo de Oliveira Campos, em meio à Sial. “É importante a ação dos diplomatas, e a ideia é promover um evento com os gaúchos na França, como fizemos no primeiro semestre deste ano na Holanda, que foi o Brazilian Networking Day. A ideia é fazer um evento em abril de 2019 para promover o Brasil”, diz o dirigente. Segundo a embaixada, são 900 empresas francesas no Brasil.

Sebrae-RS vai lançar dois projetos para turbinar base local

Para Klafke, meta é tornar o Rio Grande do Sul referência nos dois setores

Para Klafke, meta é tornar o Rio Grande do Sul referência nos dois setores


PATRICIA COMUNELLO/DIVULGAÇÃO/JC
O coordenador de alimentos e bebidas do Sebrae-RS, Roger Klafke, diz que a meta a ser intensificada é tornar o Rio Grande do Sul referência nos dois setores, com duas apostas.
 
Uma é buscar alto valor agregado para mercados no Brasil, reforçando o Estado “como polo de produção e consumo, a partir da atração de turistas”. “A gastronomia tem operadores e insumos de alta qualidade no Estado, além de serviços bem diferenciados com culinária local, participação de pequenos produtos”, disse Klafke.
 
O outro movimento é gerar divisas abrindo mercado fora. "Este é um grande desafio”, admite o coordenador do Sebrae-RS. Serão dois projetos que serão colocados em marcha em 2019.
 
O primeiro será voltado para o mercado, direcionado a empresas de alimentos e bebidas, com apoio de consultoria, para levar às principais feiras, como o Sial e mesmo as nacionais, de supermercados, por exemplo. "Nesta ação, vamos englobar desde as cervejarias a orgânicos e produtos com alto valor”, lista Klafke.
 
O outro projeto é voltado para a inovação, pesquisa e desenvolvimento. ”Temos de ir ao mercado, verificar as tendências e ver as demandas dos consumidores para inovar em embalagem, apresentação e P&D”, anima-se o coordenador do Sebrae-RS. A interface com centros tecnológicos e instituições de pesquisa e universidade está no plano. “Vamos prototipar proposta e terra antes de ir ao mercado."
 
Cada projeto abrirá vagas para cem empresas. Os editais devem ser lançados no começo de 2019, e contarão com parte de subvenção do organismo de apoio a micro e pequenas empresas. “Vamos atuar com vinhos, cachaça e cerveja, linhas de orgânicos e de itens de alto valor agregado, como os de origem animal, chocolate e produtos livres de conservantes, lactose, glúten, etc”, lista Klafke.
 
Uma banca de especialistas fará a seleção das propostas. O lançamento dos projetos será em 13 de novembro no evento de alimentos que o Sebrae-RS promove na sede da Fiergs.
 
Klafke diz que o Sial fortaleceu as apostas que o Sebrae-RS vai colocar em operação as estratégias. “Tudo muito conectado com uso de tecnologias, como smartphones, QCode, rastreabilidade, saudabilidade, tecnologia e mais valor ligado à certificação, insumos de qualidade e denominação de origem geográfica”, enumera o coordenador do Sebrae-RS. No salão, um dos aspectos que chamou a atenção foi a substituição de proteínas, com alternativas a que é de origem animal.
 
“Este ano foi chuva de alternativas, não é mais tendência. Já tem consumidor para isso, o que é um sinal de alerta”, ressalta. Uma das alternativas é usar insetos, e os grilos foram uma das opções com lançamento de produtos. “Temos uma matriz (local) muito dependente de proteína animal. Vamos ter de ver o impacto e como essas tendências podem agregar valor. Não vamos deixar de consumir proteína animal”, pondera Klafke.