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reportagem cultural

- Publicada em 05 de Agosto de 2021 às 19:47

O legado de Gerd Bornheim para a Filosofia e a crítica teatral no Brasil

Professor universitário, Gerd Bornheim deixou obra que, para pesquisadores, professores e colegas, segue atual

Professor universitário, Gerd Bornheim deixou obra que, para pesquisadores, professores e colegas, segue atual


Acervo Grupo Crítica e experiência estética/UFES/DIVULGAÇÃO/JC
Há meio século, Gerd Bornheim perdeu dois empregos de uma vez por um canetaço. Filósofo, professor, com passagens pelas universidades de Sorbonne e Oxford, foi expurgado de seus cargos na Ufrgs e na Pucrs, onde dava aulas de Filosofia, por um decreto do presidente Arthur da Costa e Silva, publicado no Diário Oficial em 29 de agosto de 1969. Bornheim passou por dificuldades, acabou se autoexilando no exterior e voltou para o Brasil com a reabertura política. Refez a vida nas universidades do Rio de Janeiro e, ao morrer, há quase 20 anos, deixou um importante legado para a filosofia e para a crítica teatral do País. Para pesquisadores, professores e colegas, sua obra permanece atual.
Há meio século, Gerd Bornheim perdeu dois empregos de uma vez por um canetaço. Filósofo, professor, com passagens pelas universidades de Sorbonne e Oxford, foi expurgado de seus cargos na Ufrgs e na Pucrs, onde dava aulas de Filosofia, por um decreto do presidente Arthur da Costa e Silva, publicado no Diário Oficial em 29 de agosto de 1969. Bornheim passou por dificuldades, acabou se autoexilando no exterior e voltou para o Brasil com a reabertura política. Refez a vida nas universidades do Rio de Janeiro e, ao morrer, há quase 20 anos, deixou um importante legado para a filosofia e para a crítica teatral do País. Para pesquisadores, professores e colegas, sua obra permanece atual.
Longeva, a carreira acadêmica de Bornheim começou nos anos 1940. Nascido em Caxias do Sul, Bornheim veio para a Capital ainda adolescente e, em 1949, foi estudar Filosofia na Pucrs, que recém havia sido criada, funcionando nas dependências do Colégio Rosário. A filosofia dos irmãos Maristas se baseava no tomismo, escola filosófica que estudava os escritos de São Tomás de Aquino. Após concluir a graduação, Bornheim partiu para a França, onde estudou na Universidade de Sorbonne, com uma bolsa do governo francês. A cidade natal festejou. "Caxias está na Sorbonne", afirmou o jornal Pioneiro.
Bornheim chegou novinho a Paris, com 25 anos incompletos, e encontrou um ambiente intelectual diferente do que conhecera em Porto Alegre. Na Pucrs, os maristas estavam imersos no tomismo de séculos atrás, a França vivia o apogeu do existencialismo, totalmente contemporâneo. "Conheci e estudei com a nata do pensamento francês do início do século XX - com exceção de Sartre, que não dava aula", escreveu décadas depois.
Na Europa, Bornheim passaria ainda por Inglaterra e Alemanha. Ao retornar para o Brasil pela primeira vez, voltou como professor e logo apresentou sua tese de livre-docência, em 1961, que virou livro pouco tempo depois. Introdução ao filosofar - O pensamento filosófico em bases existenciais (Globo, 1969) seria editado e reeditado durante décadas pela Editora Globo e até hoje compõe o currículo de vários cursos universitários Brasil afora. Ao longo de sua carreira, Bornheim escreveu 12 livros sobre filosofia, teatro e arte, e inúmeros ensaios e textos acadêmicos.
Bornheim não era um filósofo como imagina o estereótipo coletivo, que pensa os filósofos como se fossem tipos pernósticos, afastados do povo em cátedras e pedestais. Nada disso. Os alunos encontravam um mestre generoso, desses que dividem seu conhecimento sem pedir reverência, apesar do reconhecimento internacional que Bornheim possuía. "Era uma pessoa generosa, que topava tudo", afirma o filósofo e professor aposentado da Universidade Federal Fluminense (UFF), Ronaldo Rosas Reis, que foi orientado por Bornheim em seu mestrado.
Demitido da Ufrgs e da Pucrs ao mesmo tempo em 1969, passou a sobreviver como professor de cursinho pré-vestibular até que, em 1971, embarcou para a Alemanha, onde esteve um período na Universidade de Frankfurt, e passou ainda pela França. Ao voltar para o Brasil, pousou no Rio de Janeiro, de onde nunca mais saiu, e passou a lecionar na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1979.
Em 1991, após se aposentar na UFRJ, passou a dar aulas na UERJ. Em seus últimos anos, publicou vários livros de crítica teatral. Permaneceu lecionando até o final. Após apresentar lapsos de memória, Gerd Bornheim descobriu dois tumores malignos no cérebro e morreu semanas depois, aos 72 anos, em 5 de setembro de 2002, no Rio de Janeiro. Confessou aos amigos pouco antes de morrer: "Eu ainda teria muitas coisas a dizer".

Diretor do Centro de Arte Dramática por acaso

Ainda jovem, Gerd Bornheim atuou na Ufrgs e viveu na França e Alemanha

Ainda jovem, Gerd Bornheim atuou na Ufrgs e viveu na França e Alemanha


/Acervo Grupo Crítica e experiência estética/UFES/DIVULGAÇÃO/JC
As primeiras contribuições de Gerd Bornheim no teatro começam ainda nos anos 1950, em Porto Alegre. Na época, o dramaturgo italiano Ruggero Jacobi, que havia emigrado para o Brasil na década anterior, estava passando uma temporada na cidade, à frente do Centro de Arte Dramática da Ufrgs - futuro Departamento de Arte Dramática - ligado à Faculdade de Filosofia na ocasião.
De repente, em 1960, Bornheim viu-se diretor do dia para a noite. "Ruggero simplesmente desapareceu do Brasil, sem se despedir de ninguém, sumiu. Então comecei a dar aula sobre teoria do teatro e acabei diretor da escola", resumiu Bornheim em entrevista.
Apesar da passagem efêmera de Jacobi por Porto Alegre, a influência do italiano foi determinante para que Bornheim se inserisse na crítica de teatro. "Ruggero obrigou-me a fazer uma série de conferências sobre Goethe e Schiller, e com isso fiquei também no teatro", afirmou. Bornheim permaneceu dirigindo o centro até ser demitido da Ufrgs.
Como crítico teatral, Bornheim tomou um caminho diferente de outros contemporâneos seus como Yan Michalski, que fez carreira no Jornal do Brasil, e Sábato Magaldi, de O Estado de S. Paulo. Apesar de ter escrito textos e ensaios para jornais e revistas ao longo dos anos, não fez carreira na imprensa, tampouco se ateve à resenha das peças do momento. Bornheim apresentava sua crítica em livros como Teatro: a cena dividida (L&PM, 1982), O sentido e a máscara (Perspectiva, 1969) e Brecht: a estética do teatro (Graal, 1992).
Bornheim tinha um interesse especial no dramaturgo alemão Bertolt Brecht, que deixou a Alemanha quando da ascensão de Adolf Hitler. Escreveu diversos materiais sobre o dramaturgo, mas preferia afastar a pecha de brechtiano, como alguns insistiam em lhe classificar. "Escrevi um livro sobre Brecht de umas 400 páginas, uma porção de artigos, ensaios etc., mas isso não quer dizer que eu seja brechtiano, entendem? Absolutamente! Eu sou um pragmático. Quando vou ao teatro, quero ver o espetáculo, Brecht ou não Brecht", afirmaria em uma conferência, em 1998.
Para o professor Gaspar Paz, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que mantém um grupo de pesquisa sobre a obra de Bornheim e lançou o livro Interpretações de linguagens artísticas em Gerd Bornheim, em abril, o interesse de Bornheim pela obra de Brecht era pautado pela preocupação estética e de linguagem que o dramaturgo alemão demonstrava em suas peças. "Brecht lidava com a perspectiva formal, própria da pesquisa do Gerd, de explorar a linguagem artística, quanto com a perspectiva social. Brecht era muito crítico. Gerd dava muita valorização a essa trajetória", afirma.
Bornheim percebia que a obra de Brecht não poderia ser eternamente refeita, e sim deveria servir como campo de exploração e de inovação da linguagem artística do teatro. "Brecht é um ponto de partida. Um ponto de pesquisa que forçosamente leva a uma espécie de reinvenção do teatro. Se eu imito Brecht, repito Brecht, estou condenado a fazer um museu", disse. Outro ponto levantado pelo filósofo é de que, ao inverso da teoria corrente, Brecht fazia um teatro social, mas não político.
No Rio de Janeiro, Bornheim passou a conviver mais de perto com a cena teatral, sendo elogiado não apenas pelas personalidades do teatro, mas também por intelectuais e poetas, caso de Carlos Drummond de Andrade. "Estou certo de que seu substantivo trabalho atrairá a atenção e o aplauso dos que, entre nós, se consagram ao estudo dos temas filosóficos, tornando-se em todos os seus méritos, obra instigadora de reflexão e aprofundamento cultural brasileiro", escreveu para Bornheim em uma troca de correspondências.
Bornheim escrevia de forma tão clara que parecia transitar do Rei da Vela, de Oswald de Andrade, para a Antígona, de Sófocles, com muita facilidade. Na realidade, essas conexões eram um desafio para Bornheim: sua mensagem deveria ser concisa, clara e profunda ao mesmo tempo.
Lia muito as obras de Machado de Assis e as crônicas de Rubem Braga para absorver a linguagem de ambos. "Para poder recriar na palavra um quadro, uma escultura, uma peça, uma música e um filme, ele também teve de fazer um esforço, um exercício de linguagem", escreveu a professora associada da UERJ Rosa Maria Dias, que foi orientanda, colega e amiga de Bornheim.
As ligações intelectuais que Bornheim fazia trouxeram perenidade à sua obra, de acordo com os colegas que conviveram com ele. "Se ele estava se referindo aos gregos, isso só faria sentido, para ele, se ele colocasse aqueles conceitos pensando na reverberação daqueles problemas hoje. Isso faz da obra dele peculiar - e atual", diz Gaspar Paz. "Sua obra permanece muito atual. Mas não sei se teríamos espaço para Gerd Bornheim hoje", adverte o professor Ronaldo Rosas. "Não com a indigência intelectual da atualidade."

Expurgo, exílio e retorno

Listagem de atividades supostamente ideológicas de Gerd Borheim elaborada pelo SNI de Porto Alegre

Listagem de atividades supostamente ideológicas de Gerd Borheim elaborada pelo SNI de Porto Alegre


/Acervo Fundo SNI/Arquivo Nacional/REPRODUÇÃO/JC
Gerd Bornheim não foi filiado a partidos políticos. Mas só o fato de estar à esquerda e de estimular o pensamento crítico na sala de aula bastou para que fosse alvo da ditadura militar. Em agosto de 1969, a agência gaúcha do Serviço Nacional de Informações - o aparelho de inteligência da ditadura - remeteu à agência principal, em Brasília, uma listagem com os antecedentes ideológicos dos professores da Ufrgs. Bornheim suspeitava - algo que nunca conseguiu comprovar - que colegas da Filosofia haviam o denunciado como comunista. Coincidência ou não, a maioria dos professores investigados pelo SNI acabaram entrando na lista publicada dias depois no Diário Oficial da União.
A Faculdade de Filosofia da Ufrgs estava sendo vigiada pelos agentes do governo desde o ano anterior, quando foi promulgado o AI-5, que restringiu as liberdades civis no Brasil e, na prática, instaurou um regime de censura. No caso de Bornheim, sua criticidade pode ter sido decisiva para o expurgo. Uma prova disso é que o informe de "antecedentes ideológicos" apontava somente assinaturas de Bornheim em abaixo-assinados da oposição. Mesmo assim, ele entrou no balaio de professores expurgados.
Depois de ser demitido, Bornheim ainda chegou a dar aulas em um cursinho pré-vestibular. Além disso, todo mês precisava ir ao prédio da Polícia Federal, na avenida Paraná, para prestar depoimentos. Em 1971, ao ser convidado para lecionar na Universidade de Frankfurt, não hesitou em embarcar para a Alemanha. A jornalista Ivette Brandalise, que o conhecera na Arte Dramática da Ufrgs nos anos 1950, lamentou a partida de Bornheim. "O País promove o afastamento de Gerd quando deveria estar procurando pelo mundo e contratando um Gerd para cada universidade brasileira", escreveu Ivette em sua coluna na extinta Folha da Manhã.
Descendente de alemães, Bornheim permaneceu no país europeu durante apenas seis meses. "Naquele tempo, eu detestava a Alemanha. Achava Frankfurt e Freiburg horríveis." Partiu para a França, onde morou durante quatro anos. Teve experiências interessantes - quando montou o acervo de uma galeria de arte - mas também passou por tempos bicudos. "Em Paris, ele chegou até a ser porteiro de um hotel", afirma Gaspar Paz. "Mas isso não foi problema, dizia ele, porque, como porteiro, teria mais tempo para ler os livros que precisava", completa. Encontrou uma Europa diferente dos anos 1950. Na França, percebeu um clima estranho na Sorbonne, de apatia. Na Alemanha, não havia se ambientado ao cotidiano ensimesmado dos burgos alemães. Restou a Bornheim consumir cultura, de uma forma que não poderia exercer no Brasil. "Minha política era a de assistir aos cursos mais importantes e não abandonar o teatro, os concertos e as boates", disse ao livro Conversas com filósofos brasileiros (Editora 34, 2000).
Bornheim retornou ao Brasil em 1976. Primeiro, foi cuidar do pai, em Caxias do Sul. Aproveitou o período para escrever O idiota e o espírito objetivo (Globo, 1980).
No fim da década, radicou-se no Rio de Janeiro, sendo muito bem recebido por seus pares na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde passou a lecionar.
 

Pororoca intelectual na filosofia

Gerd Bornheim em registro dos anos 1990; viveu no Rio de Janeiro até a morte

Gerd Bornheim em registro dos anos 1990; viveu no Rio de Janeiro até a morte


/Acervo Grupo Crítica e experiência estética/UFES/DIVULGAÇÃO/JC
Gerd Bornheim poderia ter sido um tomista, se dependesse da vontade dos irmãos Maristas que davam aulas de Filosofia na Pucrs, no começo dos anos 1950. Escola filosófica do século XII, o tomismo - que tem esse nome por estudar as ideias de São Tomás de Aquino - era a principal corrente entre padres e teólogos ligados à Igreja Católica, mas estava distante do espírito da época. Bornheim via o tomismo sob duas perspectivas. "Com ele, tive a vantagem de ter uma espécie de formação clássica, e a desvantagem de ter um tipo de ensino completamente alheio aos problemas contemporâneos", afirmaria décadas depois.
Sua primeira viagem à Europa, em 1953, foi o principal fator para a virada de chave. Na Universidade de Sorbonne, na França, Bornheim começa a descobrir o pensamento contemporâneo, que o marcaria pelo resto de sua carreira. O existencialismo de Jean Paul Sartre e Martin Heidegger, em especial, era recorrente em suas aulas, como recorda um de seus primeiros alunos na Filosofia da Ufrgs, o jornalista e roteirista Luiz Carlos Maciel, morto em 2017. "Fui da primeira turma dele. O Gerd me influenciou muito porque me aproximou da filosofia existencial, do chamado Existencialismo", disse à revista Bravo! em 2016.
A ênfase em Sartre e outros pensadores do existencialismo trouxe problemas para Bornheim, que entrou em choque com os padres tomistas da época. "As coisas eram muito provincianas, a universidade era muito provinciana e eu consegui romper com tudo isso", afirmaria, meio orgulhoso. Mas engana-se quem imaginar que Bornheim era um sartreano. Ele mesmo fazia questão de desmentir isso. "Muita gente pensa que sou sartreano, talvez pelo fato de nunca ter escrito um livro sobre Heidegger", afirmou. "Mas sempre gostei mais de Heidegger".
O ideário de Bornheim era uma verdadeira pororoca. "Eu sou meio marxista, meio hegeliano, heideggeriano e sartreano. Faço um jogo à minha maneira", disse. "Ele procurava atuar muito mais como perito em Sartre, em Heidegger e outros pensadores do que como admirador ou algo do tipo", confirma o professor Gaspar Paz.
Bornheim fazia um trânsito intelectual entre diversas áreas da filosofia, sempre procurando incorporar a cultura, o teatro, as artes plásticas e as diferentes expressões artísticas ao filosofar. Às vezes, até mesmo uma conversa informal que ouvira na rua rendia alguma ideia. "No Rio, ele andava muito de ônibus e tinha uma mania de anotar tudo o que via e ouvia no caminho. Depois, ele usava essas anotações nas aulas e conferências, fazendo conexões da realidade com a filosofia", recorda o professor Ronaldo Reis. "Acredito que tenha sido uma influência do Sartre, que via o homem de igual para igual", completa.
Outra característica de Bornheim era provocar e estimular o pensamento crítico - um dos prováveis motivos que explicariam seu expurgo da Ufrgs. Ao contrário do que sugere o título, Introdução ao filosofar (Globo, 1969), por exemplo, não é um livro introdutório aos estudantes de Filosofia. "Era, na verdade, justamente uma investigação do que motiva as pessoas ao ato de filosofar, o que faz as pessoas a se introduzirem na filosofia, daí o título", afirma Gaspar Paz.
"Quem se resolve, ou se sente condenado a fazer filosofia, assume, pelo simples fato dessa resolução, uma certa responsabilidade", diz Bornheim em Introdução ao filosofar. Esse compromisso com a filosofia, de certa forma, simbolizava um acerto de contas de Bornheim com a cultura brasileira. Apesar de perceber a consciência política de seus contemporâneos com a cultura do País, ele próprio não carregava essa preocupação. Culpa do tomismo. Segundo Bornheim, a escola de Tomás de Aquino não tinha um senso de responsabilidade por ser uma teoria abstrata e descompromissada - e um tanto desconectada da vida contemporânea. "Sempre me sinto em déficit com a cultura brasileira. Não fui educado para isso, esse é o problema", confessaria.
 

A trajetória de Gerd Bornheim

 Ilustração de Gerd Borheim

Ilustração de Gerd Borheim


/Italo Bertão Filho/DIVULGAÇÃO/JC
1949 - Entra no curso de Filosofia da Pucrs, em Porto Alegre
1953 - Viaja pela primeira vez à França, passando pela Universidade de Sorbonne
1954 - Retorna a Porto Alegre como professor da Ufrgs e da Pucrs
1960 - Assume o Curso de Arte Dramática da Ufrgs
1961 - Apresenta sua tese de livre docência
1969 - É expurgado da Ufrgs e deixa também a Pucrs
1971 - Embarca para um autoexílio na Europa, passando por Alemanha, Itália e França
1975 - Retorna ao Brasil
1978 - Passa a residir no Rio de Janeiro, onde leciona na UFRJ
1991 - Aposenta-se, por tempo de serviço, da UFRJ e passa para a UERJ
2002 - Falece, aos 72 anos, vítima de câncer no cérebro
 

Principais livros de Gerd Bornheim

Livro

Livro "Brecht, a estética do teatro" de Gerd Borheim


/Editora Graal/Reprodução/JC
O sentido e a máscara (Perspectiva, 1969)
Introdução ao filosofar - O pensamento filosófico em bases existenciais (Globo, 1969)
Sartre: metafísica e existencialismo (Perspectiva, 1971)
Dialética: teoria e práxis (Globo, 1977)
O idiota e o espírito objetivo (Globo, 1980)
Teatro: a cena dividida (L&PM Editores, 1982)
Brecht: a estética do teatro (Graal, 1992)
Páginas de filosofia da arte (UAPÊ, 1998)
 

Italo Bertão Filho é jornalista de Porto Alegre, radicado no Rio de Janeiro. Foi finalista do Prêmio ARI de Jornalismo.