Porto Alegre, sexta-feira, 23 de novembro de 2018.

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INOVA��O

23/11/2018 - 16h28min. Alterada em 23/11 �s 17h39min

Projeto pretende tornar Lajeado uma cidade inteligente

C�ntia refor�a compromisso do projeto e da Univates em gerar retorno para a comunidade

C�ntia refor�a compromisso do projeto e da Univates em gerar retorno para a comunidade


LUCAS GEORGE WENDT/UNIVATES/DIVULGA��O/JC
Jo�o Dienstmann
Uma parceria entre a prefeitura de Lajeado, no Vale do Taquari, a Associação Comercial e Industrial (Acil) da cidade e a Universidade do Vale do Taquari (Univates) pretende transformar a cidade em um polo de inovação nos próximos anos. A iniciativa, chamada de Rota da Inovação, quer revolucionar Lajeado e tornar o município uma cidade inteligente, com capacidade de criar novos ambientes de empreendedorismo para toda a região. A área já desenhada seguirá do Tecnovates, parque tecnológico da universidade, até o centro do município, e promete entregar aos futuros ocupantes da rota um cenário inovador, com novas empresas, mas também com espaço para as tradicionais que buscam se reinventar.
A coordenadora do Tecnovates, Cíntia Agostini, conta que a inspiração veio a partir da observação do Porto Digital, iniciativa que congrega 300 empresas dos setores de Tecnologia da Informação e Comunicação, Economia Criativa e Tecnologia para Cidades em uma região de Recife, capital de Pernambuco, que passou por revitalização para receber esses investimentos. Além disso, a equipe de trabalho também viajou à Espanha para conhecer os movimentos feitos no país. A partir das observações, foram traçadas as diretrizes do projeto, cuja implementação deve começar a partir do próximo ano.
Criado em 2010 e instalado desde 2014 no atual cenário, o Tecnovates é um dos pilares para transformar a Rota da Inovação em realidade. Hoje, o parque conta com 29 empresas encubadas no Inovates e outras seis voltadas ao suporte e incentivo. Cíntia observa que essas startups e as organizações já consolidadas ajudarão a colocar as ideias em prática para desenvolvimento da área. “Queremos instigar as pessoas a se instalarem na Rota e gerar contrapartidas para a comunidade. Precisamos conjugar os esforços e mostrar perspectivas de inovação a partir desse projeto”, explica a coordenador.
Como uma universidade “comunitária”, segundo afirma a coordenadora, a Univates passou a tratar o tema inovação como uma questão institucional. No Tecnovates, há o trabalho junto às empresas para que elas forneçam bolsas de estudo aos alunos e estabeleçam parcerias, a fim de oportunizar aos estudantes a chance de trabalhar junto ao parque tecnológico. “É um objetivo nosso, tratar da qualificação do aluno e dar a ele a oportunidade de se inteirar, de se interessar pelo ambiente e pelo que está sendo desenvolvido”, afirma. Levantamento feito pela universidade identifica que 85% dos projetos criados no Tecnovates se mantêm no mercado.
Além dessas iniciativas, a Univates trabalha há cinco anos juntamente com as escolas de Ensino Médio da região – tanto particulares como municipais e estaduais – no ensino de disciplinas diferenciadas, como empreendedorismo e finanças pessoais. Outra ação foi gerar projetos destinados às camadas mais pobres da comunidade, à ressocialização de presos através de oportunidades de trabalho e renda e às mulheres, para que obtenham qualificação e possam criar seus próprios negócios. “Nosso intuito é gerar negócio com propósito. Criamos uma diretoria de inovação na universidade, pois queremos gerar retorno para a comunidade. A universidade é parceira nesse crescimento”, ressalta a coordenadora Cíntia Agostini.

Dispositivo desenvolvido na UPF ajuda a melhorar o solo para o plantio

Klein revela que o objetivo é produzir o aparelho em escala, para atender as demandas regionais e de outros Estados
Klein revela que o objetivo é produzir o aparelho em escala, para atender as demandas regionais e de outros Estados
UPF/DIVULGAÇÃO/JC
Uma das principais fontes da economia do Rio Grande do Sul, a agricultura é alvo frequente de estudos voltados à inovação. Para aumentar a produção por hectare e tornar o solo mais rico para as próximas semeaduras, pesquisadores da Universidade de Passo Fundo (UPF), no Planalto Médio, criaram um dispositivo que ajuda o produtor no plantio, sobretudo por permitir que o solo absorva mais a água da chuva e evite o uso excessivo de fertilizantes.
Colocado na parte frontal do trator, o aparelho orienta o operador a seguir em nível pela lavoura para a colocação das sementes. A prática de plantação em nível, conforme explica o professor do curso de agronomia da UPF e um dos idealizadores do dispositivo, Vilson Klein, ajuda a reter nutrientes e a água no solo, além de preservar o meio ambiente. “Há vários benefícios. Além de manter a qualidade da terra, evita problemas de erosão, algo frequente na nossa região. Também exige menos do trator e evita o uso em excesso de fertilizantes, levados pela chuva para rios e outras propriedades”, explica o docente.
Klein conta que o diagnóstico de plantio equivocado foi feito por ele e a equipe de pesquisadores, mas precisava de suporte para transformar suas ideias em soluções. Uma das dificuldades era apresentar um dispositivo capaz de ajudar os agricultores com custo reduzido. “O que está disponível no mercado custa, em média, R$ 50 mil. O nosso aparelho, com uma boa tecnologia, deve ser comercializado por R$ 1 mil”, revela. O desenvolvimento foi feito por uma empresa incubada no Parque Científico e Tecnológico da universidade, o UPF Parque.
A Inelca, responsável pela produção, fez protótipos e realizou os testes com a ajuda de estudantes da instituição e professores responsáveis. A primeira aparição do produto foi em 2017, na Expodireto, tradicional feira agrícola de Não-Me-Toque. Após o pedido de patente, o objetivo é produzir em escala para atender as demandas da região e ampliar para outros estados do Brasil. Contudo, o professor alerta. “Esse dispositivo não será para todos os setores da agricultura, mas ajudará muito os terrenos com alta declividade, onde é imprescindível ter essa forma de plantio”, afirma.
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