Porto Alegre, quinta-feira, 19 de dezembro de 2019.

Jornal do Com�rcio

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BIENAL DO MERCOSUL

Not�cia da edi��o impressa de 19/12/2019. Alterada em 19/12 �s 03h00min

O feminino no cora��o da arte na Capital

Visita de alunos surdos no Margs foi uma das atividades do projeto Territ�rio Kehinde

Visita de alunos surdos no Margs foi uma das atividades do projeto Territ�rio Kehinde


THI�LI ELISSA/DIVULGA��O/JC
Igor Natusch
A partir de 16 de abril de 2020, Porto Alegre será, uma vez mais, o coração da criação contemporânea no continente. A 12ª edição da Bienal de Artes Visuais do Mercosul terá como tema Feminino(s). Visualidades, ações e afetos e deverá dar espaço a diferentes sensibilidades ligadas à feminilidade e aos feminismos, trazendo as propostas de artistas mulheres para o centro dos debates. Espaços como o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), o Memorial do Rio Grande do Sul, a Praça da Alfândega, o Centro Histórico-Cultural Santa Casa e a Fundação Iberê Camargo terão atividades da mostra, até 5 de julho.
A partir de 16 de abril de 2020, Porto Alegre será, uma vez mais, o coração da criação contemporânea no continente. A 12ª edição da Bienal de Artes Visuais do Mercosul terá como tema Feminino(s). Visualidades, ações e afetos e deverá dar espaço a diferentes sensibilidades ligadas à feminilidade e aos feminismos, trazendo as propostas de artistas mulheres para o centro dos debates. Espaços como o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), o Memorial do Rio Grande do Sul, a Praça da Alfândega, o Centro Histórico-Cultural Santa Casa e a Fundação Iberê Camargo terão atividades da mostra, até 5 de julho.
A curadoria da Bienal 12 está a cargo da escritora, professora e pesquisadora argentina Andrea Giunta. Para ela, a classificação feminino-masculino entrou em crise, mas, por outro lado, continua sendo definidora para os sistemas administrativos do Estado - e, em quase todos eles, as mulheres são submetidas a um papel subalterno em relação aos homens. "No mundo da arte, isso é particularmente evidente, uma vez que aquelas que foram classificadas como mulheres representam, na melhor das hipóteses, 30% do mundo da arte. A Bienal propõe tornar visível a arte que realizam, (e abrir espaço para) artistas que não aderem a uma identidade binária e que, em seus trabalhos, com seus visuais, investigam um universo de afeições."
De acordo com a curadora, a seleção de artistas está praticamente concluída, e a produção de várias obras já se encontra adiantada, além do projeto arquitetônico bem encaminhado. "Exploramos os espaços (de exposição), imaginamos como as obras de artistas de partes tão distantes do mundo dialogarão, numa época em que o mundo passa por uma imensa crise, uma intensa incerteza. Queremos que a bienal imagine outros mundos", resume ela, que forma a equipe curatorial com a polonesa Dorota Biczel e os brasileiros Fabiana Lopes e Igor Simões.
A preparação da Bienal 12 vem praticamente desde o encerramento da edição anterior, em 2018. Foi realizado, por exemplo, o Território Kehinde, projeto pedagógico com debates e rodas de conhecimento em Porto Alegre, Caxias e Pelotas. As atividades foram importantes, diz Andrea, para situar a abordagem do feminino a guiar a mostra, bem como trabalhar aspectos como a projeção de artistas descendentes de afro-latino-americanos e as conexões entre feminismo e ecologia.
A Bienal 12, é claro, também tem o papel de marcar uma posição diante do cenário artístico atual que, na visão da curadora, é marcado por um processo de superficialização. "Parece que o mundo da arte está determinado a verificar quantos milhares e milhões de dólares podem ser pagos, por exemplo, por bananas presas com uma fita na parede", critica ela. "A curadoria que me interessa, e na qual estou trabalhando com uma equipe maravilhosa, é uma resposta a um mundo cujas estruturas de poder visam reduzir conhecimentos e afetos. Na Bienal 12, o oposto é proposto: a arte como uma maneira de expandir a sensibilidade e (criar) formar expandidas de entrar em contato com o mundo."
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