Ao contr�rio dos registros hist�ricos, em 2018, reboques e semirreboques est�o impulsionando o mercado de implementos rodovi�rios no Brasil, que totaliza, at� novembro, incremento de 53%, com a venda de 82 mil unidades. O segmento de rebocados tem participa��o de 50%, com mais de 40 mil emplacamentos, bem acima da m�dia hist�rica de 35%. A alta chega aos 80% sobre os 11 meses de 2017. O desempenho deve-se ao resultado positivo do agroneg�cio brasileiro, um dos principais compradores destes produtos. A expectativa para este ano � a venda de 85 mil unidades, dentre pesados e leves - estes acumulam alta de 32,5%, com 41,4 mil unidades.
Em 2019, na avalia��o de Norberto Fabris, presidente da Associa��o dos Fabricantes de Ve�culos Rodovi�rios (Anfir), a situa��o deve retomar os �ndices hist�ricos normais, com maior participa��o do segmento leve, formado por carrocerias sobre chassi. "Com a rea��o do mercado e da volta do emprego, ainda que n�o nos �ndices satisfat�rios, a popula��o tende a elevar o consumo, o que vai gerar demanda por ve�culos leves para entregas nos centros urbanos", projeta. Tamb�m acredita na retomada das vendas para a constru��o civil. "Para o pr�ximo ano, o setor poder� atingir crescimento entre 10% e 15% acima do volume deste ano, seguindo o caminho da recupera��o", estima Fabris.
Ele, alerta, no entanto, que o desempenho da ind�stria depende muito do ritmo da economia brasileira, que ser� influenciada pelas estrat�gias do novo governo. O dirigente ainda observa que a retra��o das vendas nos �ltimos quatro anos repercutiu nas condi��es da frota, que precisa ser renovada. "Estamos confiantes, mas com os p�s no ch�o, sem espa�o para aventuras", acrescenta.
Desta vis�o, segundo Fabris, decorre a posi��o do setor de evitar grandes investimentos, exceto os necess�rios para adequa��es ou moderniza��o. Ele indica que o n�vel de ocupa��o da capacidade ainda � muito baixo, com espa�o generoso para produzir mais com o que j� existe. Tamb�m alerta para uma situa��o de dif�cil equa��o e ponto-chave para a sustentabilidade dos neg�cios. "Teve empres�rio vendendo seu produto, no primeiro semestre de 2018, a pre�os de 2013. N�o repassou a infla��o e ainda absorveu aumentos de fornecedores. � uma situa��o delicada e preocupante", refor�ou.
Em rela��o ao mercado externo, Fabris destaca a��es em conjunto com a Apex-Brasil. Em tr�s de vig�ncia do Programa de Internacionaliza��o da Ind�stria de Implementos Rodovi�rios (MoveBrazil), as mais de 50 empresas participantes somam valores acima de US$ 40 milh�es em neg�cios. "J� abastecemos parte expressiva da Am�rica Latina, principalmente Am�rica do Sul e Am�rica Central. Uma boa meta � conseguirmos exportar algo em torno de 20% do que se produz no pa�s", projeta. Atualmente, este n�mero gira em torno de 8%. Em 2018, at� novembro, as vendas externas somam 3,2 mil unidades, expans�o de 10,5%. As exporta��es s�o, basicamente, de ve�culos rebocados.
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