Futuro das cooperativas do agro no Rio Grande do Sul passa pela união dos negócios

A incorporação da Coagrisol pela Cotrijal foi um marco na história do cooperativismo gaúcho. O movimento fez com que a Cotrijal entrasse na lista das 10 maiores cooperativas do País. Processos de incorporações, fusões e uniões devem ser cada vez mais comuns no Rio Grande do Sul.

"Vamos ver cada vez mais esses arranjos regionais. Integração de negócios, incorporações, parcerias. Nós temos esse processo nas empresas, mas no sistema cooperativo não é diferente", afirma o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro-RS), Paulo Pires.

Ele acredita não apenas que o futuro das cooperativas está na ação que partiu da Cotrijal e da Coagrisol, mas que incorporações dessa natureza é o caminho que as cooperativas gaúchas devem tomar rumo ao crescimento.

No mais recente exemplo no Estado do Rio Grande do Sul, a Cotrijal passou a ter uma perspectiva de faturamento de R$ 5,6 bilhões. À época, o presidente da cooperativa, Nei Mânica, já esperava que a incorporação trouxesse maior poder de negociação para a entidade. "O objetivo é fortalecer o sistema cooperativo, e é o produtor quem vai ganhar mais. Nossa visão é de que, no Rio Grande do Sul, deverá haver mais uniões de cooperativas como aconteceu em outros estados. A história mostra isso. O mercado viu com bons olhos a incorporação e o sistema cooperativista está nos parabenizando", disse Mânica após a oficialização da incorporação.