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Mercado Digital

- Publicada em 17 de Dezembro de 2021 às 03:00

5G, enfim, chega ao Brasil no primeiro semestre

Operadoras correm contra o tempo para finalizar infraestrutura e oferta até próximo ano

Operadoras correm contra o tempo para finalizar infraestrutura e oferta até próximo ano


Adobe Stock/Divulgação/JC
Até o final do primeiro semestre de 2022, o 5G deverá se tornar uma realidade nas principais capitais do Brasil. Essa é a meta com a qual as operadoras de telefonia estão trabalhando para atender as demandas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Passado o leilão, as atenções se voltam agora, justamente, para a preparação da oferta. 
Até o final do primeiro semestre de 2022, o 5G deverá se tornar uma realidade nas principais capitais do Brasil. Essa é a meta com a qual as operadoras de telefonia estão trabalhando para atender as demandas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Passado o leilão, as atenções se voltam agora, justamente, para a preparação da oferta. 

O leilão ofereceu quatro faixas de radiofrequências - 700 MHz; 2,3 GHz; 3,5 GHz; e 26 GHz. Claro, Vivo e TIM arremataram o lote principal do leilão, de abrangência nacional, pelo valor de
R$ 1,1 bilhão. Além delas, Sercomtel e Algar Telecom, de atuação regional, também levaram lotes e seis novas operadoras entrarão em operação no mercado: Winity II, Brisanet, Consórcio 5G Sul, Neko, Fly Link, Cloud2u.

O prazo é curto, mas as empresas já estavam se organizando. A TIM Brasil, por exemplo, está trabalhando com dois fornecedores há dois anos, a Huawei e a Ericsson. A Claro já contabiliza um investimento acumulado no leilão superior a R$ 1,7 bilhão, sem computar os compromissos de investimento em cobertura e limpeza das faixas leiloadas. A Vivo afirma que está pronta para cumprir com o edital, que contempla a cobertura das capitais no meio do ano que vem, até 31 de julho, mas está se preparando para antecipar isso na medida que a Empresa Administradora da Faixa (EAF) for constituída e as frequências liberadas.
O 5G deverá se tornar a geração móvel mais rápida implantada até o momento no mundo. A perspectiva é chegar a 660 milhões de assinaturas 5G até o final de 2021 - devido a uma demanda mais forte do que a esperada na China e na América do Norte. "A comunicação móvel teve um impacto incrível na sociedade e nos negócios nos últimos 10 anos. Quando olharmos para 2027, as redes móveis serão mais essenciais do que nunca para a forma como interagimos, vivemos e trabalhamos", comenta o vice-presidente executivo e chefe de redes da Ericsson, Fredrik Jejdling.
De acordo com as últimas previsões do Relatório de Mobilidade da Ericsson, o 5G está a caminho de se tornar a tecnologia de acesso móvel dominante por assinaturas globalmente, até 2027. Além disso, deve representar cerca de 50% de todas as assinaturas móveis em todo o mundo - cobrindo 75% da população mundial e transportando 62% do tráfego global de smartphones, até 2027. "O ritmo das mudanças está se acelerando, com a tecnologia desempenhando um papel crucial nisso", reforça Jejdling.
Isso está ajudando a alimentar um crescimento exponencial do tráfego de dados móveis. No terceiro trimestre de 2021, respondeu por aproximadamente 78 exabytes (EB). Novas previsões revelam que o tráfego total de dados da rede móvel deve atingir 370EB, até o final de 2027.
Mais dados, rodando em uma velocidade nunca antes vista em uma rede móvel significa uma infinidade da novos serviços sendo oferecidos, e rodando a partir de tecnologias como Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT), Blockchain, Realidade Virtual e Aumentada, entre outras.
As previsões apontam, por exemplo, para uma rápida aceleração de implementações massivas de IoT nos próximos anos, abrangendo casos de uso como e-health wearables, rastreamento de ativos logísticos, monitoramento ambiental e medidores inteligentes.

Experiência na Indústria 4.0 será potencializada

Manutenção preventiva mais eficiente será uma realidade para empresas

Manutenção preventiva mais eficiente será uma realidade para empresas


AdobeStock/Divulgação/JC
Pilar importante da Indústria 4.0, o 5G deverá elevar a outro nível a experiencia das fábricas conectadas, com sensores cada vez realizando análises de dados com confiabilidade e, por meio da Inteligência Artificial, ajustando continuamente a produção e antecipando problemas.
Tudo graças à latência próxima de zero, confiabilidade de 99,99% e alta taxa de transmissão. "O 5G possibilitará um monitoramento 24 horas por dia, ininterruptamente, otimizando o desempenho e a segurança. Além disso, tornará possível realização de uma manutenção preventiva eficiente", explica o diretor Industrial da Bosch, Julio Monteiro.
Uma das líderes globais no fornecimento de tecnologias baseadas em AIoT (junção da Inteligência Artificial com a Internet das Coisas), a empresa conta com experiências em 5G em diversas fábricas no mundo. "O objetivo é desenvolver tecnologias para que, nas fábricas do futuro, apenas as paredes, pisos e tetos não possam ser reconfigurados em tempo real", ressalta Monteiro.
No Brasil, várias soluções da Indústria 4.0 já são utilizadas nas cinco plantas industriais da Bosch em operação, o que torna a interação entre dados e pessoas uma realidade. Além de acompanhar os projetos e testes realizados na nossa matriz, a Bosch iniciará projetos pilotos junto a potenciais parceiros com o intuito de estar devidamente preparada para a utilização do 5G no ambiente produtivo.

Cidades brasileiras começam a se preparar para receber tecnologia

Apenas sete das 27 capitais brasileiras estão totalmente preparadas para a quinta geração: Porto Alegre, Boa Vista, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Palmas e Porto Velho. É o que aponta a Conexis Brasil Digital, associação que representa as principais empresas de telecom do País.
E a capital gaúcha lidera. Porto Alegre saiu do 84º para o primeiro lugar entre as capitais brasileiras no ranking Cidades Amigas da Internet. Uma preparação, focada essencialmente na desburocratização, que iniciou em 2018 e que conta com avanços como o lançamento do novo modelo de licenciamento para instalação ou renovação de antenas para transmissão de sinais de internet. Com isso, a autorização passou a ser na hora, algo inédito no País.
Também contempla a possibilidade de implantação de antenas nos 42 mil pontos de placas de rua da cidade pelo Grupo Imobi, detentor da concessão da sinalização de placas de ruas na Capital.