A inovação por meio da utilização de startups também foi tema discutido no Encadear Summit. O secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Luis da Cunha Lamb, apresentou projetos de encadeamento produtivo entre empresas âncoras e micro e pequenas organizações. Salientou a necessidade da mudança cultural dentro das organizações.
O executivo do Instituto Hélice, Thomas Job Antunes, explicou a forma de trabalho da organização na região da Serra Gaúcha, quando quatro grandes empresas (Randon, Marcopolo, Soprano e Florense) realizam trabalho de conexão com startups. Coube ao Instituto Hélice apresentar as condições para a parceria. "Partiu-se da lógica da escassez para a lógica da abundância, em um movimento colaborativo em que todos atuam em conjunto, criando uma nova forma de pensar". Na palestra, Antunes explicou que a utilização de startups na criação de ideias e soluções economiza tempo e recursos das empresas, e cria uma fonte de receita para os pequenos empreendedores da área digital. O sucesso do projeto foi reconhecido e, com isso, o Instituto Hélice já conta com 13 empresas associadas que procuram por novas ideias por meio de incubadoras de startups, como a TecnoUCS, em Caxias do Sul.
Alexandre Gewehr, gestor de Tecnologia da Informação da AGCO, falou da importância da inovação no processo de crescimento da empresa. "Somos grandes, mas há certa lentidão no processo de criação dentro da estrutura interna. Por isso, a necessidade de inovarmos, dando aos colaboradores a oportunidade de questionarem as regras existentes".
O Sindicato das Indústrias Metalmecânicas e Eletroeletrônicas de Canoas e Nova Santa Rita (Simecan) participa, mais uma vez, da Mercopar. Neste ano, a Ilha Simecan reúne 11 empresas e o Instituto Empresarial de Incubação e Inovação Tecnológica, mantido pelo sindicato. A participação na Mercopar conta a parceria da Prefeitura de Canoas. As empresas expositoras aproveitam a feira para a divulgação de seus produtos e serviços para um público formado por empresários, diretores e técnicos que têm poder de decisão, com a perspectiva de alavancar novos negócios. "Participamos da Mercopar por ser um evento já tradicional, onde muitos contatos são realizados e negócios encaminhados", observa o presidente Roberto Machemer.
Satisfeito. Assim, o diretor executivo do Simecan, Sergio Welter, avalia a participação da entidade na Mercopar. No ano passado, lembra Welter, um esboço de recuperação econômica começou a surgir. "Mas, agora, as perspectivas são as melhores possíveis. Se continuarmos assim, no ano que vem vamos comemorar ainda mais", afirma. A possibilidade de prospectar novos negócios, conhecer novas tecnologias e ter acesso a grandes empresas, permitindo a interface com as pequenas é um dos propósitos da presença da Ilha Simecan na Mercopar. Estão na feira as empresas Balanças Saturno, Biometal, Bucher Hidráulica, Casenote Montagens Industriais, Cutelaria Vargas, Fratec Industrial Mecânica, Inelbra, Omnitec Automação, Sold, Telas Rio Branco e Vênus, além do instituto.
O segundo dia da Mercopar, em Caxias do Sul, foi de grande movimento desde o início da tarde, com a abertura dos pavilhões à visitação. No meio da tarde, filas enormes eram registradas para o cadastramento de visitantes e, no interior dos pavilhões, a circulação, em alguns pontos, chegou a ser difícil. A maioria dos 315 estandes está montada nos dois pisos do Centro de Eventos. No pavilhão 1 se destacam os espaços para as programações paralelas, que têm atraído a atenção dos visitantes. Nestes locais são tratados temas sobre inovação e indústria 4.0, além das rodadas de negócios, com mesas e cadeiras sempre lotadas. Para o último dia da feira é esperada a visita do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Ele fará uma visitação guiada a algumas empresas expositoras e espaços como o Salão de Negócios e o Salão de Inovação. O funcionamento da feira é das 13h às 20h.