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Ind�stria

Not�cia da edi��o impressa de 03/10/2018. Alterada em 02/10 �s 23h22min

Mercopar leva inova��o aos pequenos neg�cios

Projeto une compradores e vendedores no evento

Projeto une compradores e vendedores no evento


/EDUARDO ROCHA/DIVULGA��O/JC
Roberto Hunoff, de Caxias do Sul
Um misto de otimismo e indignação marcou os discursos de abertura da 27ª Mercopar, Feira de Inovação Industrial, que teve início ontem, no Centro de Eventos do Parque da Festa da Uva, em Caxias do Sul. O diretor técnico do Sebrae-RS - entidade promotora da feira -, Ayrton Pinto Ramos, ressaltou que o ambiente da feira é propício ao setor metalmecânico e serve como termômetro do mercado.
Ainda destacou que, no cenário atual, é uma oportunidade de geração de negócios para pequenas e médias empresas. "Aqui, há a possibilidade de prospectar novos negócios, conhecer novas tecnologias e ter acesso a grandes empresas, propiciando a interface com as pequenas", exemplificou.
Enfatizou a realização de ações paralelas, como o Campus Party, com o foco na manufatura avançada; o Projeto Comprador, com 55 compradores e 235 vendedores, com a expectativa de realização de 1,5 mil reuniões de negócios; e o Salão de Inovação. De acordo com o diretor técnico, as ações desenvolvidas na Mercopar abrangem ferramentas com conectividade, Big Data e Internet das Coisas. "A pequena empresa acha que é um patamar muito alto, mas nosso trabalho é desmistificar isso. Não são só as grandes que podem trabalhar com essa melhoria de desempenho. A questão é que as pequenas empresas precisam estar aderentes a isso e capacitadas para atuarem com essas inovações", explicou. Ramos concluiu destacando que a feira teve início com notícias positivas, como a reserva feita por três expositores para a edição de 2019.
A secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Susana Kakuta, pediu para que todos fizessem uma reflexão. "A questão da crise tem afetado todos os setores, além de termos os desafios da globalização. Temos que pensar que, no futuro, a indústria terá que produzir muito mais com menos gente e agregando valores", projetou. Segundo ela, são dois os desafios: modernizar a indústria tradicional e ajudar no nascimento de empresas já alinhadas com este novo momento da economia, que requer muita tecnologia.

Presidente do Sebrae pediu uni�o para as mudan�as necess�rias

O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-RS, Gede�o Pereira, destacou que todos os setores econ�micos passam por dificuldades e que muitos pontos precisam ser trabalhados de forma conjunta. Segundo ele, o agroneg�cio segue sendo o grande indutor da economia brasileira, mas � preciso ganhar mais mercados no exterior para continuar a escalada de crescimento. Dos �rg�os p�blicos, o dirigente cobrou melhorias na infraestrutura, redu��o da carga tribut�ria e um Estado menor.

De acordo com Gede�o, o agroneg�cio seguir� investindo forte na amplia��o de seus mercados, especialmente no continente asi�tico. Mas, para isso, convocou a ind�stria a participar das negocia��es. Frisou que os dois setores precisam trabalhar juntos. "� sabido que, para exportar mais, precisamos abrir mais o nosso mercado. E o Brasil ter� de se abrir diante dos avan�os dos neg�cios globais", enfatizou.

Crescimento vir� pelo empreendedorismo, diz empres�rio

Mercopar 2018, Campus Party Foto de Bernardo Varone
Mercopar 2018, Campus Party Foto de Bernardo Varone
/BERNARDO VARONE/DIVULGA��O/JC

� o empreendedorismo que mudar� o Brasil. A afirma��o � de Sandro Cortezia, fundador e CEO da Aceleradora Ventiur, que abriu o ciclo de palestras da terceira edi��o da Campus Day Empreendedorismo, iniciativa do Instituto Campus Party e do Sebrae.

A palestra Descubra o que as startups podem fazer pela ind�stria integrou a programa��o do Sal�o da Inova��o, espa�o organizado para disseminar e promover a��es voltadas � inova��o e � tecnologia. A explana��o de Cortezia reafirma a ideia de que s�o os empreendedores os principais atores em um cen�rio atualmente t�o atormentado por d�vidas. Mas diz que investir em startups � uma forma de colocar em pr�tica o conceito da inova��o, que hoje j� n�o pode ser op��o. "O empres�rio que n�o inova, n�o evolui, e o investimento em novas empresas e novas ideias passa por a�", afirmou. Para Cortezia, poder falar sobre o tema em uma feira como a Mercopar estimula as conex�es entre as empresas e chega como proposta de inova��o para quem precisa de est�mulo, seja para colocar sua ideia em pr�tica ou para quem quer investir em neg�cios que ainda n�o s�o independentes. Outro aspecto � a revolu��o digital, que ocorre a cada segundo, e s�o justamente os novos e potenciais empreendedores que se imp�em a esse desafio.

Espa�o � adequado para estreitar relacionamentos

Participar da Mercopar � sin�nimo de visibilidade, encaminhamento e fechamento de neg�cios. E os expositores se mostraram preparados para buscar novas oportunidades. A Sul Corte acredita que o cen�rio econ�mico est� melhorando e que participar da feira � fundamental para se manter em evid�ncia. De acordo com o diretor Gustavo Spanholi, a Mercopar serve para estreitar a rela��o com clientes e fornecedores. "A proje��o � que os neg�cios ocorram nos meses ap�s a feira."

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