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Sustentabilidade

- Publicada em 03 de Junho de 2022 às 03:00

Produção de MDP em Taquari usa apenas água reutilizada

Nos últimos seis anos, empresa deixou de captar água diretamente de rio

Nos últimos seis anos, empresa deixou de captar água diretamente de rio


/dexco taquari/divulgação/jc
Eduardo Torres
Nos último seis anos, a produção de chapas de MDP pela Dexco, em Taquari, já não retira água diretamente do Rio Taquari. Tampouco lança seus efluentes, mesmo tratados, no manancial que garante o abastecimento da região. A água utilizada na produção é 100% tratada e reaproveitada nos seus processos internos. Uma iniciativa pioneira entre as 16 fábricas da companhia no Brasil.
Nos último seis anos, a produção de chapas de MDP pela Dexco, em Taquari, já não retira água diretamente do Rio Taquari. Tampouco lança seus efluentes, mesmo tratados, no manancial que garante o abastecimento da região. A água utilizada na produção é 100% tratada e reaproveitada nos seus processos internos. Uma iniciativa pioneira entre as 16 fábricas da companhia no Brasil.
"É claro que, em um primeiro momento, a experiência gera um aumento no custo dos insumos para garantir que aquela água que servirá para o reuso esteja nas condições necessárias para os nossos processos e também como água tratada pela Corsan, destinada ao consumo humano", esclarece o gerente industrial, Luis Gustavo Giangrossi.
"Mas temos um ganho muito grande na imagem da empresa e, por consequência, no valor da nossa marca. Em um momento em que se fala muito sobre os problemas ambientais com o descarte de resíduos e a poluição da água, estamos evoluindo para manter a produção em novas condições ambientais", segue o executivo.
Da planta de Taquari saem, em média, 600 mil m² de painéis em madeira. Para garantir esta produção, com a formulação de insumos e resinas sintéticas, o consumo médio industrial diário de água é de até 65 m³ por dia. E diariamente, metade deste volume torna-se efluente, que agora é tratado diversas vezes, retornando aos processos de produção.
"Nosso maior desafio foi adaptar a estrutura que já tínhamos, bastante antiga, de estações de tratamento para os nossos novos objetivos. A estação mais recente era de 2013, com tratamento biológico. Foi naquele período, há quase dez anos, que começamos a planejar a fábrica que conseguisse o máximo de eficiência no uso da água", diz o engenheiro sênior, Daniel Marques, que foi um dos mentores do projeto.
Em dezembro de 2016, foi possível dar o start nas ações de reuso total da água. Naquele mesmo ano, a empresa foi premiada pelo seu pioneirismo.
"Todo o trabalho que fizemos em três anos, desde 2013, foi fundamental para garantir a estabilidade para a mudança. Desde as adaptações estruturais até a conscientização do nosso pessoal. Todos precisavam compreender a importância deste processo e as mudanças que seriam necessárias no dia a dia", explica Marques.
O modelo de reutilização 100% da água em Taquari, que agora é reproduzido em outras unidades da Dexco, não é uma ação isolada na mudança do modelo de produção da empresa. Em 2020, foi medida uma taxa interna de 145% de reuso de água em relação às captações da empresa, ou seja, havia mais água em circulação nas indústrias do que sendo retirada do meio ambiente. A meta é chegar até 2030 com um balanço positivo de carbono, em relação a 2020.
Para isso, todos os resíduos da planta também são reaproveitados para a queima de biomassa. Os resíduos orgânicos, ao invés de serem levados para aterros, já têm boa parte destinada à compostagem e ao coprocessamento. Conforme a Dexco, este produto destinado à compostagem torna-se adubo das florestas plantadas para gerar novos painéis de madeira, fechando assim um ciclo produtivo.
"Até mesmo o óleo usado na produção, que é também filtrado no tratamento da água, é re-refinado, tornando-se outro tipo de lubrificante", explica Giangrossi.
A estimativa da Dexco é de que entre 2009 e 2020, sua produção de painéis em madeira (que envolve todas as unidades) estocou, deixando de emitir para a atmosfera, 29 milhões de toneladas de CO².
Segundo Giangrossi, as metas de ESG implantadas pela Dexco seguem três eixos: manejo consciente de florestas, ações ecoeficientes e reformas de baixo impacto ambiental. Até 2025, a o setor tem como meta chegar a 100% da sua madeira certificada, originária de florestas manejadas ou plantadas.
Os painéis de MDP que saem de Taquari abastecem, na sua maior parte, o polo moveleiro do Rio Grande do Sul, mas também são distribuídos para o varejo e a indústria em São Paulo e Paraná. Uma parte da produção ainda é enviada às plantas da Dexco para novos processos produtivos na Colômbia e Peru.
 
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