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- Publicada em 03 de Junho de 2022 às 03:00

Atitudes que respeitam o meio ambiente chegam às indústrias

Existem cada vez mais incentivos para que a indústria adote práticas sustentáveis. Desde a pressão do próprio mercado, com o consumidor que dá preferência para produtos ambientalmente comprometidos e a cadeia produtiva que exige métricas de sustentabilidade, até a oferta de financiamentos e incentivos tributários", explica a coordenadora do MBA em Gestão de Projetos e Sustentabilidade Ambiental da Pucrs, Cibele Vieira.
Existem cada vez mais incentivos para que a indústria adote práticas sustentáveis. Desde a pressão do próprio mercado, com o consumidor que dá preferência para produtos ambientalmente comprometidos e a cadeia produtiva que exige métricas de sustentabilidade, até a oferta de financiamentos e incentivos tributários", explica a coordenadora do MBA em Gestão de Projetos e Sustentabilidade Ambiental da Pucrs, Cibele Vieira.
Trata-se da sustentabilidade lucrativa. Além do lucro, a empresa deve buscar o respeito ao meio ambiente e à sociedade em que está inserida. A conclusão dos principais estudiosos do assunto é de que empresas ecologicamente comprometidas têm mais chances de aumentar sua receita, se não imediatamente, como aconteceu com a Sílex, a médio e longo prazo, criando um ciclo benéfico para todos os envolvidos em sua cadeia produtiva.
"Quem aposta nos conceitos de sustentabilidade na produção, conquista uma diferenciação em meio ao mercado e na conquista de novos clientes", aponta Cibele.
Isso porque os novos investimentos farejam as ações ambientalmente corretas. De acordo com um relatório da Itaú Asset, empresas que adotam práticas ESG (sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e governamentais) conseguem aumentar sua receita, reduzir custos, minimizar problemas legais, aumentar a produtividade e ainda otimizar seus investimentos. A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) divulgou recente pesquisa mostrando que 85,4% dos gestores de investimentos no Brasil sabem o que é ESG e usam esses critérios para tomar decisões sobre as suas ações.
Braskem, BRF e Dexco, com importantes iniciativas de sustentabilidade em suas plantas no Rio Grande do Sul, por exemplo, estão entre os principais investimentos do Índice de Sustentabilidade Empresarial da [B]³.
"Existe, por exemplo, uma economia baseada no efeito bumerangue. Ao encaminhar materiais para reaproveitamento, por exemplo, a empresa economiza ali na frente, ao cortar o custo para obtenção daquela matéria-prima. O encaminhamento para reaproveitamento movimenta toda uma cadeia produtiva e retorna à sua origem de maneira direta ou indireta", explica Cibele Vieira.
De acordo com a pesquisadora, a transformação necessária em uma empresa precisa começar com uma boa gestão combinada à consciência do estágio em que estamos no mundo, que ela chama de passo um.
"É preciso analisar como é possível evoluir para colocar em prática as métricas de ESG. A sensibilização das pessoas dentro das empresas é muito importante, assim como saber conciliar as mudanças produtivas com o consumidor. Ele também precisa mudar os seus hábitos. O certo é que produzir novos padrões nunca é barato, mas se o mercado induz a mudança, ela se torna mais fácil. É melhor sensibilizar a produção e os padrões de consumo agora do que daqui a dez anos, quando poderemos ter uma alteração muito mais grave no clima do planeta", aponta Cibele.
Na sua unidade de Gravataí, onde são empregadas 20 pessoas, a Sílex faz este processo. Ali são produzidas barreiras de contenção para vazamentos de óleo a partir da recuperação de plásticos. A empresa deve voltar a produzir na cidade também óleo e energia a partir de resíduos.
"Toda a nossa energia usada na fábrica é autossustentável. A partir de plásticos, papéis e papelão, por exemplo, é possível se obter energia elétrica, óleo ou carvão combustível", diz Luiz Gilberto Lauffer.
Há bastante tempo a planta da Sílex em Gravataí tem pegada de carbono negativa."Os resíduos são matéria-prima para os processos, e ainda há o reaproveitamento até mesmo do calor, que sairia pelas chaminés. Ele é coletado e vira energia", completa ele.
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