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Meio Ambiente

- Publicada em 03 de Junho de 2021 às 21:00

Parques eólicos gaúchos geram mais de 1 milhão de ativos de carbono

Complexo de energia eólica em Osório, no litoral gaúcho, foi registrado na modalidade Mecanismo de Desenvolvimento Limpo na ONU

Complexo de energia eólica em Osório, no litoral gaúcho, foi registrado na modalidade Mecanismo de Desenvolvimento Limpo na ONU


MARCELO G. RIBEIRO/arquivo/JC
Pedro Carrizo
Os gigantescos “cata-ventos” de Osório são o sinal de que a praia já está perto. E mais do que isso: depois de quase duas décadas de operação, são a prova de que a energia eólica dá certo e gera créditos. Administrado pela Enerfín do Brasil, filial da espanhola Elecnor, os parques de Osório e de Palmares são grandes geradores de créditos de carbono. Com os parques eólicos no Rio Grande do Sul, mais de 1 milhão de créditos foram registrados pela Enerfín, sendo 25% comercializados desse montante.
Os gigantescos “cata-ventos” de Osório são o sinal de que a praia já está perto. E mais do que isso: depois de quase duas décadas de operação, são a prova de que a energia eólica dá certo e gera créditos. Administrado pela Enerfín do Brasil, filial da espanhola Elecnor, os parques de Osório e de Palmares são grandes geradores de créditos de carbono. Com os parques eólicos no Rio Grande do Sul, mais de 1 milhão de créditos foram registrados pela Enerfín, sendo 25% comercializados desse montante.
Com a crescente preocupação do mundo para com os combustíveis fósseis, a matriz eólica tem sido barateada – possui o menor custo entre as renováveis – e difundida cada vez mais. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), no início do ano o Brasil teve aumento de 55,2% na geração de energias movidas a vento.
A geração eólica cresce sistematicamente em todo mundo desde 2008, segundo dados da rede REN21, grupo que controla a adoção de energias limpas no mundo. No Rio Grande do Sul, o Parque Eólico de Osório é o segundo maior da América Latina.
Como explica o diretor da Enerfín do Brasil, Felipe Ostermayer, o processo de certificação começou em 2006 e envolveu a contratação de uma consultoria que prestou serviços para registro do Projeto de Osório junto à ONU, na modalidade Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Posteriormente, em 2018, a empresa retomou o processo e optou por buscar a certificação internacional I-REC Standard, um sistema de reconhecimento menos burocrático e desenvolvido para facilitar a contabilidade de carbono, mas que também é compatível com vários padrões internacionais.
Conforme o consultor Eduardo Baltar, diretor da Ecofinance, os projetos, desde sua concepção até a aprovação, levam no mínimo um ano no caso dos Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), emitidos com o aval da ONU. Já no mercado voluntário, o registro demora de seis a nove meses.
No caso do Parque Eólico de Osório foram quatro meses de auditoria, o que é relativamente rápido, afirma Ostermayer. “O processo de comercialização é uma atividade contínua, a empresa mantém contato frequente com agentes comercializadores (brokers) no país e exterior. A procura para aquisição dos certificados cresce, assim como o universo de clientes interessados para mitigar os seus impactos de emissões de GEE”, afirma Ostermayer.
Embora o valor dos créditos tenha caído desde o boom do mercado, em meados de 2006, quando chegou a custar US$ 15, o diretor da Enerfín do Brasil acredita que o custo benefício da certificação é válido pelo acréscimo na renda e pela questão ambiental.
“Desde o princípio das atividades, reconhecemos a importância da redução de gases formadores do efeito estufa associadas à geração de energia eólica. Além disso, há uma expectativa de valorização dos créditos para os próximos anos com a crescente ampliação de interessados em participar deste mercado”.
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