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Jornal da Lei

- Publicada em 24 de Maio de 2021 às 20:43

Alexandre de Moraes pede vista e suspende julgamento sobre letalidade policial no Rio

O julgamento no STF foi pautado depois que uma operação na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro, deixou 28 mortos

O julgamento no STF foi pautado depois que uma operação na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro, deixou 28 mortos


NELSON JR./SCO/STF/DIVULGAÇÃO/JC
Um pedido de vista (mais tempo para análise) do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu o julgamento iniciado na sexta-feira (21) sobre a letalidade em operações policiais no Rio de Janeiro.
Um pedido de vista (mais tempo para análise) do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu o julgamento iniciado na sexta-feira (21) sobre a letalidade em operações policiais no Rio de Janeiro.
Aberto no plenário virtual, o julgamento estava previsto para ser encerrado na próxima sexta-feira (28), mas agora não tem nada para ser retomado. A plataforma digital permite aos ministros incluírem os votos no sistema online sem necessidade de reunião presencial ou por videoconferência.
O assunto foi levado ao STF pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), que pede a intervenção do tribunal para obrigar o governo fluminense a implementar medidas voltadas à redução da violência policial no Estado. Foi no âmbito desta ação que os ministros determinaram a suspensão das operações em favelas durante a pandemia do coronavírus, salvo em situações "excepcionais".
O julgamento foi pautado depois que uma incursão na favela do Jacarezinho, na zona Norte do Rio de Janeiro, deixou 28 mortos. Na ocasião, o ministro Edson Fachin, relator do processo, afirmou ver indícios de "execução arbitrária" na operação e pediu a abertura de uma investigação pela Procuradoria Geral da República.
Até o momento, Fachin foi o único a votar. Ele sugeriu que o governo do Rio encaminhe, dentro de até 90 dias, um plano de metas e políticas para a área da Segurança Pública, com foco na redução da letalidade policial e no controle de violações de direitos humanos pelas tropas fluminenses. Em seu voto, propôs ainda que o Ministério Público Federal investigue se o governo do Rio de Janeiro descumpriu a ordem do STF para restringir as operações policiais na pandemia, o que a gestão Cláudio Castro (PSC) nega.
No mês passado, Fachin chegou a convocar uma audiência pública para debater a política de Segurança Pública fluminense, classificada por ele como "um estado de coisas complemente contrário à Constituição".
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