Jurema dos Reis Pacheco, 50 anos, chega a embargar a voz ao falar sobre os produtos que emolduram seu estande, no pavilh�o da Agricultura Familiar. Avizinhando salames, queijos e cucas, seu neg�cio � vender rosas-do-deserto - flor origin�ria do Leste da �frica.
Ela trabalha com flores h� sete anos, em Cara�, perto de Santo Ant�nio da Patrulha, onde tem um viveiro. "At� me emociono, � maravilhoso. Quando a gente entra no viveiro, � como se as flores nos abra�assem, como se fossem nossas filhas", descreve.
A esposa de seu s�cio, Kamily Fagundes da Silva, que divide a tarefa de atender o p�blico na Expointer, compartilha do sentimento. "Tem gente que chega aqui e come�a a conversar com as rosas. Passa uma energia muito boa", afirma a jovem.
Gra�as � tecnologia, a empresa de Jurema, chamada de Adenium Cara� Rosa do Deserto, n�o depende s� das feiras para comercializa��o. Mudas s�o vendidas para todo o Brasil. Chegam pedidos de fora tamb�m, mas � imposs�vel a exporta��o desse tipo de produto.
Em Esteio, as pessoas podem comprar pe�as que ainda nem come�aram a florir por R$ 10,00 ou at� um exemplar de 10 anos por R$ 1,5 mil. O diferencial da planta � que ela bebe pouca �gua. No ver�o, deve ser molhada semanalmente; enquanto, no inverno, uma vez a cada 15 dias.