Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Varejo

- Publicada em 20 de Agosto de 2019 às 03:00

Redução de perdas e desperdícios desafia empresas

Longo reforça que ações e qualificações promovidas aos associados buscam evitar mais danos

Longo reforça que ações e qualificações promovidas aos associados buscam evitar mais danos


MARCELO G. RIBEIRO/JC
A maior preocupação do setor supermercadista é oferecer produtos com diversidade por um preço que encaixe no bolso do cliente. Segundo o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, existe uma grande variação de estilo de vida entre os consumidores e todos precisam ser atendidos.
A maior preocupação do setor supermercadista é oferecer produtos com diversidade por um preço que encaixe no bolso do cliente. Segundo o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, existe uma grande variação de estilo de vida entre os consumidores e todos precisam ser atendidos.
Como não existe mais espaço para lucrar em aumento de margem das mercadorias, um dos focos para impulsionar o rendimento dos produtos é no manejo. A chamada "quebra operacional", usada para definir desperdício, somou 2% do faturamento bruto do setor supermercadista. Segundo a Associação Brasileira dos Supermercados (Abras), em 2016, essa porcentagem chegou a R$ 338,7 bilhões.
No ranking por segmento, o FLV (frutas, legumes e verduras) lidera, mas a perda é alta também em itens de padaria, comida pronta e carnes em geral. De acordo com a Abas, o desperdício representou 28,6% das perdas totais em 2016, superando os furtos externos e internos, os erros de inventário e administrativos, e a devolução de produtos ao fornecedor.
As perdas somaram R$ 6,4 bilhões do faturamento bruto do setor em 2017, ante R$ 7,11 bilhões registrados na última edição da pesquisa (2016).
Longo salienta que a Agas tem feito ações e qualificações dos seus associados para evitar que esses números aumentem, trabalho desenvolvidos pelos comitês técnicos da entidade. 
Outro dado mostra que as perdas somaram, em 2017, R$ 6,4 bilhões do faturamento bruto do setor, ante
R$ 7,11 bilhões registrados no ano anterior. Longo salienta que a Agas tem feito ações e qualificações dos seus associados para evitar que esses números aumentem, trabalho desenvolvidos pelos comitês técnicos da entidade.
Diariamente, os supermercados gaúchos recebem 4 milhões de pessoas em suas lojas. Para proteger os mercados, incluindo câmeras, guardas particulares e outros meios antifurtos, o principal obstáculo é a falta de renda. "Investir em segurança tem um custo, fora o pequeno comerciante, que acaba não conseguindo ficar aberto até mais tarde", lamenta o presidente da Agas. 
Para valorizar o modelo cooperativista, Longo cita a entrega da Medalha Don Charles Bird, dedicada, neste ano, a um fornecedor do varejo, o presidente da Cooperativa Santa Clara, Rogério Bruno Sauthier.  

Estabelecimentos gaúchos cresceram acima da média brasileira

Ramo foca em soluções para que os consumidores visitem e permaneçam mais tempo nas lojas

Ramo foca em soluções para que os consumidores visitem e permaneçam mais tempo nas lojas


MARIANA CARLESSO/JC
No último ano, os supermercados registram o crescimento nominal de 5,2%. De acordo com o Ranking Agas 2018, o ramo está mais focado em encontrar soluções para que os consumidores visitem e permaneçam mais tempo dentro de suas lojas. O estudo, realizado desde 1991 pela entidade, coletou dados de 245 empresas supermercadistas gaúchas de 114 municípios e apurou que, ao todo, as lojas somaram um faturamento de R$ 31,7 bilhões em 2018 - com 4,7 mil lojas e 99,8 mil empregos diretos em suas operações.
O segmento recebe quatro milhões de clientes em suas lojas somente no Rio Grande do Sul diariamente e está presente na vida de 100% dos consumidores. Para o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, a essencialidade do setor, a praticidade e conveniência oferecidas e as estratégias de redução de custos e de aproximação com os consumidores foram alguns dos principais fatores que contribuíram para um resultado acima das expectativas em 2018. O crescimento real para o setor no Estado foi de 1,5% em 2018. "No atual cenário, costumamos dizer que a tendência é não ter tendência, já que o varejista precisa criar atrativos diariamente para o consumidor e esperar sua resposta para entender o que este cliente necessita. O setor supermercadista é um grande jogo de xadrez", exemplifica Longo.
Um dos fatores mais determinantes para esse crescimento foi a conveniência da abertura diária, incluindo domingos e feriados. "Após ser reconhecido como atividade essencial a partir de decreto presidencial em 2017, os supermercados tiveram maior segurança jurídica para operar aos domingos", sublinha Longo. O Ranking Agas 2018 confirma isto. Enquanto 17,6% dos supermercados informaram não abrir aos domingos em 2017, o número de lojas fechadas aos domingos caiu para 14,3% em 2018.
Em relação aos investimentos nas lojas, 32,7% dos empresários pretendem investir em reformas e 12,2% vão abrir novas unidades. Tendência no início dos anos 2000, as marcas próprias também voltaram a crescer no Estado, com 17,6% dos supermercados trabalhando com produtos de sua bandeira.
Segundo Longo, esse crescimento do setor é uniforme no País. "Dificilmente haverá algo fora da curva. Estamos, entretanto, otimistas que a Expoagas alavanque oportunidades para o segundo semestre, contribuindo para este crescimento acima da média para os supermercados gaúchos", relata.