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Dia do Produtor Rural

- Publicada em 27 de Julho de 2021 às 15:42

Milho vive situação oposta à da soja e tem quebra de 28% na safra

Redução na colheita do cereal afeta toda a produção de proteína animal

Redução na colheita do cereal afeta toda a produção de proteína animal


WENDERSON ARAUJO/CNA/DIVULGAÇÃO/JC
Eduardo Torres
Se a safra da soja empurrou para cima os números do agronegócio do Rio Grande do Sul, a situação do milho continua oposta. Pelo segundo ano consecutivo, a seca quebra a produção. Em 2020 a redução do milho foi de 33%, e agora, tende a ser de 28% em relação aos resultados já negativos na safra anterior.
Se a safra da soja empurrou para cima os números do agronegócio do Rio Grande do Sul, a situação do milho continua oposta. Pelo segundo ano consecutivo, a seca quebra a produção. Em 2020 a redução do milho foi de 33%, e agora, tende a ser de 28% em relação aos resultados já negativos na safra anterior.
Com a soja em alta, o produtor rural reduziu a área plantada de milho. Foram projetadas 4,3 milhões de toneladas do grão, mas não serão atingidas em virtude da seca de dezembro, mês em que mais de mil produtores acionaram o seguro do Proagro para suas lavouras de milho.
Não bastasse o prejuízo a quem planta, a quebra do cereal afeta os preços de toda a produção de proteína animal, com a escassez local no fornecimento de rações. A necessidade do Rio Grande do Sul é de 7 milhões de toneladas anuais de milho, mas há 20 anos o produtor gaúcho não atinge isso. "Desde que aumentou muito a tecnologia necessária neste plantio, a semente ficou muito onerosa e a área do milho foi reduzida. Temos um entrave para se conseguir irrigar no Estado, e sem isso, a secas afetam ainda mais esta cultura", explica o coordenador da comissão de grãos da Farsul, Elmar Konrad.
É por isso que a Farsul, em conjunto com a Embrapa, cooperativas e outras entidades rurais está desenvolvendo alternativas para suprir a demanda. Essencialmente, explica Konrad, há um movimento para se conseguir incentivo para um programa de duas safras de milho, e para alternativas, no inverno, como a cevada, aveia branca, trigo fit e braquiária.
"São duas linhas de pesquisa: o incremento do milho em pivô central e os plantios de inverno com fator energético proporcional ao milho. Para este ano, não temos mais o que mudar, mas é um trabalho para frearmos este sofrimento que, ano a ano, afeta a proteína animal", explica.
Neste ano, além dos mais de 6 milhões de hectares plantados com soja, o Estado vive o avanço da cultura do trigo, também exigente de tecnologias, mas altamente lucrativa, chegando a 1,2 milhão de hectares. O milho ficou para trás, com um máximo de 800 mil hectares.
"Na Metade Norte, por exemplo, temos muito solo que poderia ter intensificados os cultivos de aveia branca ou cevada", comenta Elmar Konrad.
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