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Dia do Produtor Rural

- Publicada em 27 de Julho de 2021 às 15:40

Cuidar do solo pode ajudar o agricultor a economizar com insumos


FERNANDO DIAS/DIVULGAÇÃO/JC
Investir na melhoria do solo é a principal recomendação do engenheiro agrônomo e consultor da Aprosoja/RS, José Domingos, ao produtor rural da soja no Rio Grande do Sul neste momento de boas notícias do setor. "O lucro desta safra precisa estar relacionado com o planejamento e, verdadeiramente, quem está com rentabilidade mesmo são, no máximo, 20% dos produtores, que ainda estão com produto estocado e aproveitando os preços. Boa parte já vendeu e precisa garantir a sua terra bem preparada para a próxima safra. Com o custo dos insumos em elevação, garanti-los o quanto antes é o mais recomendável", conta.
Investir na melhoria do solo é a principal recomendação do engenheiro agrônomo e consultor da Aprosoja/RS, José Domingos, ao produtor rural da soja no Rio Grande do Sul neste momento de boas notícias do setor. "O lucro desta safra precisa estar relacionado com o planejamento e, verdadeiramente, quem está com rentabilidade mesmo são, no máximo, 20% dos produtores, que ainda estão com produto estocado e aproveitando os preços. Boa parte já vendeu e precisa garantir a sua terra bem preparada para a próxima safra. Com o custo dos insumos em elevação, garanti-los o quanto antes é o mais recomendável", conta.
Os relatos da Aprosoja/RS, da Farsul e da Fecoagro são uniformes quanto à elevação dos custos sem precedentes. A alta dos fertilizantes é estimada, em alguns casos, em até 60%; de herbicidas, até 55%; e as sementes apresentam uma alta superior a 18%. Isso sem contar a variação dos combustíveis, e ainda há a perspectiva de que alguns produtos químicos esgotem no mercado, em virtude da paralisação temporária da produção no exterior durante a pandemia.
De acordo com o presidente da Aprosoja/RS, Décio Teixeira, já se estima que o custo da próxima safra varie de 24 sacas por hectare para o proprietário que tenha consigo os insumos a até 34 sacas por hectare àqueles que ainda precisam ir ao mercado. Para que se tenha uma ideia, a produção média desta supersafra foi de 58 sacas por hectare no Rio Grande do Sul.
Um importante aliado do produtor rural para garantir maior eficiência na adubação é o calcário. E a corrida por este produto está intensa. De acordo com o diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Calcário do Rio Grande do Sul (Sindicalc), Roberto Zamberlan, se antes a fila de espera para carregar um caminhão em Caçapava do Sul, onde se concentra 85% da produção gaúcha, era em torno de oito horas, agora, ultrapassa as 24 horas. E há falta do produto para atender à demanda, não pela baixa quantidade produzida, mas pela impossibilidade de garantir a pronta entrega.
"Acredito que a supersafra fará o produtor entender o que sempre alertamos: da importância de comprar o insumo na entressafra, para estocar. Porque a nossa produção é constante, mas a procura acaba sendo concentrada, e aí falta calcário para entregar. Neste ano, dobrou a procura, mas com a quantidade de calcário que sempre temos nesta época. O produtor capitalizado tende a antecipar o preparo para o próximo ciclo. Esperamos que eles incluam a compra do calcário também nesta antecipação", explica Zamberlan.
Segundo ele, é cultural a demanda concentrada de calcário entre abril e novembro, e as filas somem entre dezembro e março, mesmo com a produção permanente. O Rio Grande do Sul tem capacidade instalada para produção de seis toneladas de calcário por ano, exatamente o volume necessário para o setor agrícola gaúcho - contudo, a demanda concentrada em poucos meses limita a venda a pouco mais de três toneladas por ano.
Assim como os demais insumos da produção, o calcário também teve alta nos preços estimulada pela supersafra da soja. Em média, a tonelada custa, hoje, R$ 90,00 no Estado, 40% superior ao ano anterior. "Estávamos com os preços congelados há cinco anos. Com o aquecimento na safra, foi possível revisar os valores", aponta Roberto Zamberlan.
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