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saúde

- Publicada em 15 de Outubro de 2021 às 19:01

Procura por cuidados estéticos supera período pré-pandemia

Bagatini, do Hospital Ernesto Dornelles, vê busca por bem-estar

Bagatini, do Hospital Ernesto Dornelles, vê busca por bem-estar


/ANDRESSA PUFAL/JC
Karen Viscardi, especial para o JC
Karen Viscardi, especial para o JC
Restrições de circulação e participação em videochamadas, reuniões ou conferências por vídeo levaram as pessoas a ficar mais atentas aos cuidados estéticos e com aparência. Com isso, aumentou o movimento de clínicas de dermatologia e a procura por cirurgias plásticas. Os dados mais recentes da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) são de 2018, mas a percepção dos médicos é de que os agendamentos de procedimentos superam, inclusive, o ano de 2019.
No Hospital Ernesto Dornelles, o número de plásticas este ano foi o que mais cresceu entre as cirurgias eletivas realizadas. Para se ter uma ideia, levando em consideração apenas setembro de 2021, a alta foi de 22% sobre o mesmo mês de dois anos atrás, em período pré-pandêmico. "A pandemia fez as pessoas pararem e pensarem em cuidar mais de si, a buscar bem-estar", ressalta Airton Bagatini, Coordenador da Perspectiva Assistencial do Hospital Ernesto Dornelles.
A unidade Carlos Gomes do Hospital Mãe de Deus também registra o fenômeno de aumento de cirurgias plásticas. "Nos primeiros dias de outubro e o bloco já está lotado para todo o mês", informa Euler Manenti, diretor médico do Mãe de Deus, lembrando que a unidade é basicamente dedicada a cirurgias, com destaque para as plásticas.
Nos consultórios, a dermatologista Analupe Webber considera que a procura aumentou após um período de represamento. "O foco agora é a pessoa. De maneira geral, os pacientes estão mais atentos com a saúde da pele. Este autocuidado e a confiança a partir da vacinação deve aumentar a procura por médicos, em geral", afirma a dermatologista.
Outro fator que favorece o movimento nas clínicas de dermatologia e de cirurgia plástica é o fato de parte da população ter deixado de desembolsar com viagens, considera Analupe. Assim, recursos vêm sendo usados em procedimentos dermatológicos estéticos e plásticas. A percepção é compartilhada pelo cirurgião plástico Giuliano Borille. "As viagens competem em determinado grau com a cirurgia", avalia.
Aliado a isso, muitos deixaram de fazer exercícios, mudaram os hábitos alimentares, o que favoreceu o ganho de peso durante o confinamento. "O número de procedimentos de contorno corporal, como lipo, combinada ou não com retirada de pele, cresceu 30% em relação a anos anteriores à pandemia", conta Borille.
A combinação pandemia, ansiedade e aumento de peso é considerada ruim para a tomada de decisão por um procedimento. "Frequentemente, explicamos que ainda não é momento de operar. Melhor antes regularizar hábitos de saúde e exercícios. Caso contrário, os problemas irão se perpetuar. As pessoas têm urgência de resolver como se cirurgia sanasse tudo o que aconteceu durante dois anos. Primeiro, o paciente deve voltar ao autocuidado para depois a gente entrar com procedimento", orienta Borille.
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