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Entidade médica

- Publicada em 15 de Outubro de 2021 às 22:01

Simers comemora 90 anos de atuação

Marcelo Matias cita a proximidade com estudantes e profissionais

Marcelo Matias cita a proximidade com estudantes e profissionais


SIMERS/DIVULGAÇÃO/JC
No início da década de 1930, a falta de regulamentação da profissão de médico permitia que pessoas que se declarassem atuantes na Medicina fossem reconhecidas como tal. A desvalorização e os problemas decorrentes da inexistência de normas levaram os profissionais a se mobilizarem e, e em 20 de maio de 1931, nascia o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers).
No início da década de 1930, a falta de regulamentação da profissão de médico permitia que pessoas que se declarassem atuantes na Medicina fossem reconhecidas como tal. A desvalorização e os problemas decorrentes da inexistência de normas levaram os profissionais a se mobilizarem e, e em 20 de maio de 1931, nascia o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers).
Àquela época, a primeira conquista da instituição sindical foi garantir o exercício da Medicina apenas por profissionais habilitados, o que ficou regulamentado por decreto em 11 de janeiro de 1932. "Conseguimos a determinação de que os médicos que viessem do exterior precisassem passar por uma prova de conhecimentos, chamada Revalida. Passadas nove décadas, o mesmo tema voltou à tona porque a regulamentação da profissão sempre foi um tema difícil e que envolve muitos interesses", afirma o presidente do Simers, Marcelo Matias.
Considerado hoje o maior sindicato médico da América Latina, o Simers oferece plantão 24h por dia para atender seus mais de 15 mil associados de todo o Estado, sejam estudantes de Medicina, médicos residentes ou profissionais experientes. O médico pode acionar os serviços a qualquer momento e terá à disposição assessorias política, jurídica e de comunicação.
A entidade também descentralizou a prestação de serviços. A atual gestão conseguiu implementar 34 delegacias no Interior, atuando diretamente em 111 municípios gaúchos, contando com o médico delegado, advogado, jornalista e assessor jurídico, equipe formada para dar o melhor atendimento possíveis aos associados e estabelecer a comunicação com a categoria e a sociedade em cada uma dessas localidades.
"Antigamente, o Simers 'morava' em Porto Alegre e recebia as demandas do Interior. Agora, o sindicato tem casas no Interior também", comemora Matias, ao enfatizar a importância de o sindicato estar próximo de estudantes e profissionais para prestar o auxílio necessário de acordo com cada realidade. "Temos muito orgulho deste trabalho, que foi feito a muitas mãos", completa o presidente, referindo-se à atuação de gestões anteriores do Simers.
Outro avanço, conta o dirigente, diz respeito à formação dos núcleos de especialidades (Acadêmico, Combate ao Exercício Ilegal da Medicina, Combate à Precarização do Trabalho Médico, Médico Jovem, Obstetrícia e Psiquiatria).
Os profissionais também contam com serviços jurídicos caso necessite em qualquer instância - cível ou penal - que envolva a atuação de médico. "Nenhum profissional está livre de sofrer processo e, aqui, os associados sabem que não terão custos com isso. É como se fosse um seguro", exemplifica Matias, enfatizando que todas as filiações são espontâneas e dão condições ao sindicato de ampliar a gama de alternativas criadas para contemplar as demandas da categoria cada vez mais e melhor.
Muitas das situações sobre falta de estrutura de trabalho que vieram à tona sobre a rotina dos médicos em hospitais em função da disseminação da Covid-19 não são novidade para o Simers e categoria. "A pandemia desnudou uma realidade que surpreendeu a sociedade, mas que, infelizmente, é nossa velha conhecida e foco da luta contra a precarização do trabalho", destaca Matias.
O dirigente explica que havia uma falsa sensação de que o Sistema Único de Saúde (SUS) estava pronto e que era só fazer uso dele, mas que, na verdade, ele carece de muitos recursos para ter o funcionamento adequado. Foi o que aconteceu com a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para profissionais de saúde, que sequer tinham máscaras adequadas no início da pandemia, assim como de equipamentos essenciais, como respiradores, oxigênio e kits de intubação.
"O SUS é fundamental para a população e isso ficou mais do que evidente em função do novo coronavírus", completa Matias, ao destacar que o Simers participa da luta para que o SUS tenha o financiamento adequado e que os profissionais possam atuar de forma segura, com os EPIs adequados. "Espero que tenhamos aprendido lição."
Foi o sindicato, aliás, que liderou a luta pela inclusão de todos os médicos como profissionais prioritários para aplicação da vacina contra a Covid-19. Em um primeiro momento, a decisão do governo federal foi de que apenas os médicos que estavam na linha de frente, atendendo pacientes contaminados ou com suspeita de contaminação pelo novo coronavírus estivessem entre os primeiros na fila de imunização.
No entanto, profissionais de outras áreas, como os que atuam em consultórios médicos, corriam o mesmo risco ao estarem frente a frente com os pacientes e suscetíveis à contaminação da mesma forma. "Com um trabalho quase individual, com as secretarias de Saúde dos municípios gaúchos, fomos negociando para inverter esta situação de forma pontual, até que se encontrasse a solução macro, o que acabou acontecendo mais tarde", ressalta o vice-presidente do Simers, Marcos Rovinski.
Mas a luta não se encerrou por aí. Recentemente, o sindicato também precisou atuar em várias frentes para que os médicos recebessem a terceira dose de reforço contra a Covid. "A categoria médica nunca se omitiu durante o combate à pandemia. Muitos ficaram doentes, outros morreram, e alguns ainda estão em recuperação, porque a doença deixa sequelas importantes. Mesmo assim, a categoria não abriu mão da prerrogativa de atender seus pacientes", afirma Rovinski, ao esclarecer que o impacto também foi financeiro, com redução drástica da procura por atendimento em consultórios.
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