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Dia da Indústria

- Publicada em 04 de Junho de 2019 às 15:54

Competitividade no exterior desafia o mercado brasileiro

Competitividade com países asiáticos é um dos dramas vividos pelo setor

Competitividade com países asiáticos é um dos dramas vividos pelo setor


ABICALÇADOS/DIVULGAÇÃO/JC
João Dienstmann
Conforme levantamento feito pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), o Brasil é o quarto maior produtor de calçados do mundo. No ano passado, as fábricas produziram 944 milhões de pares, sendo 113 milhões direcionados para a exportação (11,97% do total produzido). Antes da crise econômica, o País chegou a ter produção superior a um bilhão de calçados. As empresas movimentaram R$ 21,4 bilhões no período, valor menor que o auferido em 2017. Uma das justificativas foi a deflação no preço final ao consumidor e a impossibilidade de repassar custos de produção.
Conforme levantamento feito pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), o Brasil é o quarto maior produtor de calçados do mundo. No ano passado, as fábricas produziram 944 milhões de pares, sendo 113 milhões direcionados para a exportação (11,97% do total produzido). Antes da crise econômica, o País chegou a ter produção superior a um bilhão de calçados. As empresas movimentaram R$ 21,4 bilhões no período, valor menor que o auferido em 2017. Uma das justificativas foi a deflação no preço final ao consumidor e a impossibilidade de repassar custos de produção.
A competitividade com países asiáticos, como China, Hong Kong e Vietnã é um dos dramas vividos pela indústria coureiro-calçadista. Com capacidade de produção maior e preços substancialmente mais baixos, fruto da mão de obra mais barata, a guerra comercial entre as nações em busca de expandir o número de compradores traz mais vantagem a quem está do outro lado do balcão, recebendo as ofertas. Por isso, Rosnaldo da Silva entende que uma das formas para obter sucesso é a solidificação das marcas. “Nós trabalhamos forte na marca Bibi. Hoje, ela fala por si só, os clientes sabem da nossa qualidade e seriedade da empresa em conforto, materiais usados na fabricação e cuidado com detalhes que fazem a diferença no desenvolvimento das crianças”, aponta o diretor de competitividade. Ele cita, por exemplo, que a empresa evita colocar salto de mais de dois centímetros em sapatos infantis, pelo fato da elevação no solado causar algum tipo de problema no desenvolvimento da criança, sobretudo na coluna.
Outro ponto destacado é o material na produção. O couro ainda é a principal matéria prima de produção dos calçados nas fábricas da Bibi. Ainda que haja alternativas como o plástico ou o material sintético, Rosnaldo avalia a utilização do insumo animal como importante para dar identidade ao produto da empresa e sinalizar as preocupações da empresa, sobretudo com o conforto. “Não tenho nada contra quem use outro tipo de material para produção, mas, até pelo fácil acesso ao couro que temos, não mudamos nesse sentido. Entendemos que o nosso cliente busca qualidade e o nosso objetivo é entregarmos isso”, afirma.
Sobre o mercado externo, Rosnaldo vê que muitas empresas gaúchas direcionaram sua produção e suas vendas para o mercado externo, visto como um erro por ele. “Para competir lá fora, você precisa baixar o preço muitas vezes. As fábricas já tinham prejuízos com as vendas locais e precisavam ainda reduzir valor para tentar balancear as contas”, explica. Para tentar aumentar a competitividade também fora do Brasil – hoje, 30% da produção da Bibi é voltada ao mercado externo – a empresa fará investimentos nas duas plantas com o objetivo de acelerar a produção. A ideia é mudar o layout produtivo e acrescentar tecnologia para aumentar a eficiência nas plantas.
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