Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Dia da Indústria

- Publicada em 24 de Maio de 2019 às 03:00

Setor da construção pesada está em retração, mas acredita no crescimento

Segmento sente a falta de  investimentos públicos em infraestrutura

Segmento sente a falta de investimentos públicos em infraestrutura


/CNI/DIVULGAÇÃO/JC
Diretamente atingido pela crise, o setor da construção pesada ainda sente seus efeitos. A falta de investimentos públicos em infraestrutura, principalmente em função da emenda do teto de gastos do governo federal, acerta em cheio o setor, que é muito dependente dessa área. Mesmo com o cenário ainda desfavorável, a projeção é de crescimento para o ano de 2019.
Diretamente atingido pela crise, o setor da construção pesada ainda sente seus efeitos. A falta de investimentos públicos em infraestrutura, principalmente em função da emenda do teto de gastos do governo federal, acerta em cheio o setor, que é muito dependente dessa área. Mesmo com o cenário ainda desfavorável, a projeção é de crescimento para o ano de 2019.
De acordo com Ricardo Lins Portella Nunes, presidente do Sindicato da indústria de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem em Geral (Sicepot-RS), o setor teve redução de 20% nos últimos anos. A boa notícia fica por conta da priorização em concluir a duplicação da BR-116 no Estado, o que deve trazer mais investimentos para o Rio Grande do Sul. Além disso, ainda segundo Nunes, a concessão da Rodovia Integração do Sul trouxe verba do setor privado e aumentou a expectativa para o próximo.
Mas a falta de investimentos do governo estadual traz efeitos diretos para o setor. De acordo com o presidente do Sicepot-RS, a previsão é de que as verbas sejam ainda menores do que as do ano passado. "No governo estadual, está muito parado. Tem várias obras importantes paradas, como a ERS-118. A conservação e a manutenção dos trechos no interior do Estado também estão paradas. As estradas estão virando um caos generalizado", critica Nunes.
De acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Construção Pesada - Infraestrutura (Sinicon), o PIB do setor de construção (civil e pesada) acumulou queda de 27,5% entre 2014 e 2018. No ano passado, a retração foi de 2,22%.
Desde dezembro de 2014, o emprego na área acumula saldo negativo de 1,025 milhão de postos formais. A retomada do mercado de trabalho tem sido mais lenta do que o esperado pelo setor e voltou a apresentar queda em março, após dois meses de alta. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a construção pesada fechou 4.804 postos de trabalho, uma queda de 0,75%.
A perspectiva de crescimento para o ano está baseada principalmente na aprovação da reforma da Previdência. O setor acredita que a economia do País deve retomar um ritmo mais intenso a partir desse processo. "O ponto de partida para reverter a situação é fazer as reformas, começando pela reforma da Previdência. Isso é básico. Quanto mais forte ela for, mais redenção vai haver. Hoje, os governos gastam só em passado e presente: gastam com aposentados e com manutenção da sua máquina, e pouco se faz para o futuro, que são investimentos", conclui o presidente do Sicepot-RS.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO