A principal característica do Pacto Porto Alegre é a união de forças pelo bem comum da cidade, buscando romper com a narrativa do isolamento e substituí-la pelo fazer coletivo.
“É o momento que a cidade ficou madura o suficiente isso. Criou-se uma espécie de consciência, um caldo cultural que se formou nos últimos 30 anos, por meio dos primeiros movimentos que surgiram nessa área e que tinham explicitamente o objetivo de transformar Porto Alegre em uma referência de inovação. Agora, o Pacto Alegre segue como um fruto desse acúmulo, dessa bagagem toda que se criou ao longo desses anos”, afirma Jorge Audy, da Pucrs.
A união dos reitores de Pucrs, Unisinos e Ufrgs, algo inédito no Estado e que deu origem a Aliança pela Inovação, e o engajamento da prefeitura são vistos como outros fatores determinantes para o desenvolvimento do Pacto neste momento.
“Tá mais do que na hora de a sociedade porto-alegrense deixar a ‘grenalização’ de fora, essa visão individualista, para a gente pensar em algo mais colaborativo. Mesmo trabalhado em um mercado que nos vê como concorrentes, temos que trabalhar juntos. É um desafio cultural, de todos nos despojarmos um pouco da nossa vaidade institucional e pessoal para ter mais humildade e trabalharmos de forma colaborativa. A colaboração é racional e econômica, e traz mais ganhos do que o trabalho individual. O Pacto representa uma mudança na forma de pensar a cidade”, afirma o pró-reitor acadêmico e de relações internacionais da Unisinos, Alsones Balestrin.
A construção desse novo ecossistema e o início de uma mudança na forma de enxergar o papel de todos os atores sociais da cidade já são vistos como grandes contribuições da iniciativa para toda a população da Capital.
“Existe uma expectativa muito grande de aproveitar essa janela de oportunidade que criamos, e talvez esse seja o maior desafio do Pacto. A gente conseguiu construir coletivamente algo que é maior do que cada uma das entidades e que pertence a todos. Agora, é continuar essa trajetória para a gente fazer as entregas, conseguir fazer uso dessa energia que foi gerada e efetivamente achar os projetos mais transformadores. Sabemos que, se hoje o Pacto não conseguir entregar nada mais, ele já fez uma transformação no ecossistema que é muito valiosa” conclui o coordenador do Pacto Porto Alegre, Luiz Carlos Pinto da Silva Filho.