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agronegócios

- Publicada em 24 de Maio de 2019 às 03:00

Estado terá safra recorde de soja e segunda melhor nas demais culturas

Rio Grande do Sul está colhendo sua maior safra de soja, cerca de 18,74 milhões de toneladas

Rio Grande do Sul está colhendo sua maior safra de soja, cerca de 18,74 milhões de toneladas


WENDERSON ARAUJO/TRILUX/CNA/DIVULGAÇÃO/JC
O Rio Grande do Sul está colhendo sua maior safra de soja, cerca de 18,74 milhões de toneladas, resultado levemente acima das 18,71 milhões de toneladas produzidas em 2017, até então o melhor resultado, segundo dados da Emater-RS. No total de grãos, o volume deverá ser de 34,78 milhões de toneladas, o segundo melhor resultado. No País, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deve fechar 2019 com 230,1 milhões de toneladas, um crescimento de 1,6% (mais 3,6 milhões de toneladas) em relação a 2018, segundo estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A área colhida estimada é de 62,3 milhões de hectares, ou seja, 2,3% maior do que a de 2018 e 0,6% superior ao total previsto em fevereiro.
O Rio Grande do Sul está colhendo sua maior safra de soja, cerca de 18,74 milhões de toneladas, resultado levemente acima das 18,71 milhões de toneladas produzidas em 2017, até então o melhor resultado, segundo dados da Emater-RS. No total de grãos, o volume deverá ser de 34,78 milhões de toneladas, o segundo melhor resultado. No País, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deve fechar 2019 com 230,1 milhões de toneladas, um crescimento de 1,6% (mais 3,6 milhões de toneladas) em relação a 2018, segundo estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A área colhida estimada é de 62,3 milhões de hectares, ou seja, 2,3% maior do que a de 2018 e 0,6% superior ao total previsto em fevereiro.
Favorecida pelo clima seco, a previsão é de que a colheita esteja totalmente finalizada ao longo do mês de maio. "Esta é uma safra altamente satisfatória aos olhos do produtor, com relação ao preço e à produção, especialmente da metade Norte do Estado. Apesar de um pouco mais de dificuldade na Metade Sul, a safra foi compensada pelos fatores já consolidados de produção no Estado", destaca o diretor técnico da Emater, Alencar Rugeri. Ele salienta que o profissionalismo dos produtores, associado às condições ambientais, deram esse patamar de produção, principalmente em relação ao milho e a soja. O impacto econômico da safra de grãos, calculado pela Emater, é de R$ 31,9 bilhões, considerando as cotações atuais.

Soja- Mesmo com colheita maior, futuro é incerto para a produção

Setor reclama da falta de competitividade com o Mercosul

Setor reclama da falta de competitividade com o Mercosul


/JOSÉ SCHAFER/DIVULGAÇÃO/JC
Segundo a Associação de Produtores de Soja do Rio Grande do Sul (Aprosoja-RS), o clima colaborou para a safra do grão, mesmo com algumas áreas sendo mais prejudicadas pelas chuvas, como a Metade Sul. "Apesar do histórico de atraso do plantio, do replantio, e de problemas localizados, a safra é considerada muito boa", aponta o presidente da Associação, Luis Fernando Fucks.
No entanto, o prognóstico dos produtores é de preocupação com o futuro da soja, pois, para atender o mercado internacional, especialmente a China, é preciso levar em conta as expectativas de demanda e de preço. "Essa guerra comercial entre os Estados Unidos e China aponta para a dependência do Brasil com relação à China, nosso maior comprador. Precisamos urgentemente desenvolver mercado na Ásia. Nesse cenário, temos que saber se vamos fazer frente e expandir fronteiras agrícolas ou se vamos conseguir atender essa demanda de produção com os custos elevados que temos".
Assim como o clima, a guerra comercial vai ser um dos fatores que devem ditar os preços do mercado daqui para a frente. Outra barreira imposta aos produtores brasileiros é a falta de competitividade com relação aos parceiros do Mercosul. Na avaliação da Aprosoja, entraves como a alta carga tributária para a aquisição de insumos e de logística precisam ser resolvidos para o mercado expandir.

Milho - Estado precisa ampliar investimentos em busca da autossuficiência do grão

Cereal deve obter desempenho 22,3% superior ao registrado em 2018

Cereal deve obter desempenho 22,3% superior ao registrado em 2018


/JOSÉ SCHAFER/DIVULGAÇÃO/JC
O milho é o segundo maior cultivo do País, atrás apenas da soja, e o Rio Grande do Sul está entre os principais estados produtores. O destaque deste ano, segundo a Emater, é justamente o cereal, que deve ter um desempenho 22,3% superior ao ciclo passado, interrompendo uma sequência de quedas na produção. O volume estimado é de 5,5 milhões de toneladas. O desempenho foi influenciado pelo aumento de área (7,4%) e de produtividade (13,8%). "O resultado é considerado eficiente, especialmente pelas condições do solo e o manejo adequado desse ano", alerta Rugeri.
Hoje, cerca de 12% da área atual é irrigada, o que explica parte do sucesso obtido na safra atual. "Existe um tripé de sustentação para que o processo seja eficiente, que inclui solo, irrigação e armazenagem", disse ele, lembrando que é necessário ampliar investimentos para atingir a autossuficiência.

Arroz - Conjuntura complexa inviabiliza competitividade para o rizicultor gaúcho

Caderno Dia da Indústria- matéria arroz- Credito  Sergio Pereira Divulgação Irga

Caderno Dia da Indústria- matéria arroz- Credito Sergio Pereira Divulgação Irga


/SERGIO PEREIRA/IRGA/DIVULGAÇÃO/JC
Com quebra significativa na atual safra de arroz, devido ao excesso de chuvas na Fronteira Oeste e Campanha, responsáveis por 45% da produção gaúcha, aliada à baixa luminosidade no período reprodutivo e a alta do dólar, o Rio Grande do Sul registra uma produtividade menor este ano, equivalente a mais de um R$ 1 milhão em perdas na lavoura. O volume colhido deve ser de aproximadamente 7,2 milhões de toneladas, comparado à safra anterior, que fechou em 8,7 milhões.
No final de abril, a colheita da safra 2018/2019 atingiu 837.518 hectares, ou 85,1% do total semeado de 984.081 hectares de arroz. "O cenário atual não é nada promissor. Os produtores estão endividados, a cada safra eles vêm diminuindo suas áreas de produção, devido ao alto custo, e também enfrentam dificuldades de acesso às linhas de créditos", explica o presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Guinter Frantz.
O vice-presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Fedearroz), Alexandre Velho, defende a busca por novas alternativas de renda e a necessidade de medidas governamentais que incentivem a cadeia orizícola, com políticas públicas mais eficientes, onde temas como endividamento, preço mínimo, tributação e Mercosul sejam reavaliados. A Federarroz defende ainda a reconversão de arroz para soja, milho e pecuária. 
Nesse sentido, o presidente da Associação de Arrozeiros de Uruguaiana, Roberto Ghigino, reforça os prejuízos da atual safra e relata que houve uma redução de área produzida de arroz em 5 mil hectares na região. "O cenário é muito preocupante devido a descapitalização dos nossos produtores e os alagamentos em quase 6 mil hectares da nossa lavoura", disse.

Trigo - Cultivo tem grande potencial produtivo e tecnológico

Trigo vem apresentando produtividade um pouco abaixo das últimas estimativas

Trigo vem apresentando produtividade um pouco abaixo das últimas estimativas


KÁTIA MARCON/DIVULGAÇÃO/JC
Encerrada em dezembro a colheita de milho, o trigo vem apresentando produtividade um pouco abaixo das últimas estimativas, e a qualidade média apenas regular, segundo dados da Emater. Para o futuro, há uma boa expectativa de investimentos, avalia o diretor técnico da Emater, Alencar Rugeri , principalmente pelos avanços do manejo do solo no Estado.
Neste sentido, o presidente da a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (Fecoagro), Paulo Pires, também ressalta que o Estado tem um grande potencial produtivo e tecnológico, aliado à assistência técnica que agrega valor à produção industrial e das cooperativas. Porém, a entidade não prevê grandes investimentos no Estado. "Temos avançado com o marco regulatório para o setor produtivo, empreendedores, nas questões de legislação trabalhista e ambiental, por outro lado temos bastante desafios frente a atual conjuntura", disse ele,